É SEMPRE BENDITO QUEM CONFIA NO SENHOR!
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta seu coração do Senhor! Porque será como um arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar frutos”. Jr. 17.5-8.
O
livro do profeta Jeremias trata da situação espiritual do povo de Deus durante
o cativeiro em Babilônia. O texto lido fala especificamente a nação de Judá, o
reino do sul cuja capital era Jerusalém, a idolatria do povo feria o coração de
Deus, o povo confiava mais nas habilidades humanas que no Senhor. A nação
prestava culto a deuses estranhos nos lugares altos, através de postes-ídolos
ou debaixo de árvores sagradas onde oferecia as suas oferendas em troca dos
favores dos “deuses”. A opressão e a adversidade revelam a fidelidade ao Senhor
ou a falta dela. Mesmo o profeta se dirigindo ao povo chamado pelo nome do
Senhor, ele percebe que nem todos que faziam parte da nação visível poderiam
ser contados entre os fiéis. Ele então estabelece um contraste de certa forma
até contundente entre os fiéis e os infiéis. Com os olhos espirituais Jeremias
descobre que mesmo em meio a tanta idolatria e infidelidade havia um
remanescente fiel que continuava firme no Senhor mesmo apesar do cativeiro
opressor. Isso acontecia no passado e acontece também hoje em nossos dias.
Quantas
vezes temos ferido o coração de Deus por não confiar inteiramente nele?
Aprendemos que para a nossa fé gerar fidelidade precisa estar alicerçada sobre
uma rocha. Não uma rocha qualquer, mas a ROCHA ETERNA, que se chama CRISTO
JESUS, nosso Senhor e Salvador. Mesmo que muitas vezes as nossas emoções
(coração enganoso) destruam o nosso corpo físico (homem exterior), o nosso
homem interior (nosso espírito) se renova de dia em dia porque sabe em quem
crê. O que anda em fidelidade (fé + obediência) enxerga Aquele que é invisível.
Gostaria de chamar atenção aqui para certas teologias ufanistas que descartam a
possibilidade da dor e dos estreitos pelos quais precisamos passar para
alcançar nossas vitórias mais retumbantes. Muitos em nosso meio por causa
dessas teologias, não compreendem o agir soberano de Deus nas situações à nossa
volta em meio às dores mais atrozes. Mas de uma coisa temos absoluta certeza:
Ainda que o caminho para nossas vitórias nos faça atravessar uma tormenta ou
mesmo o vale da sombra da morte, “O
Senhor estará conosco, sua vara e o seu cajado nos consolarão”.
Aprendemos
aqui que: Há um contraste visível aos
olhos do Senhor entre o ímpio e o justo. Não devemos nos deixar enganar por
palavras bem articuladas ou piedade exterior. Deus sonda e esquadrinha mentes e
corações e não se impressiona com a nossa aparência. O ímpio por mais piedoso
que aparente ser, não confia verdadeiramente no Senhor e será sempre um arbusto
solitário e infrutífero. Ele pode até ter dons, mas é facilmente desmascarado
por não ter frutos. Os justos são chamados de benditos porque alem de confiar
incondicionalmente no Senhor tem o coração inclinado à obediência, por isso é
bem-aventurado no que realizar. Ele é
frutífero até em lugares áridos porque as suas raízes espirituais procuram
beber das águas profundas do Espírito Santo de Deus. Nadia Malta
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