QUEM CONSEGUE ATRAIR O OLHAR DE DEUS?
“Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra”. Is. 66.2.
Hoje é comum ouvirmos celebridades se
dizendo cristãs, mas são poucas as que têm um testemunho digno de ser seguido. A
cruz de Cristo tem sido relegada a um plano secundário, periférico, ninguém
quer carregar a sua cruz, quando muito vemos a tentativa de colocar rolimãs no
pé da cruz e almofadá-la para livrar-se de qualquer tipo de sofrimento. O que
temos visto em nossos dias já fora previsto por Isaías setecentos anos antes de
Jesus vir em sua primeira vinda: uma religião de resultados, mas que exclui a
cruz. O sacrifício da cruz tem sido banalizado e tem faltado quebrantamento de
espírito pela própria falta de consciência de pecado, aliás, a palavra pecado é
pouco usada porque não é politicamente correto. O desejo de Deus é se
relacionar intimamente com o homem e o vínculo desse relacionamento é a cruz de
Cristo. Em seu plano para relacionar-se com o homem não está apenas seu Filho
crucificado, mas Jesus se torna cabeça de homens e mulheres crucificados com
ele, andando em novidade de vida.
E
ele se faz primogênito entre muitos irmãos. Se não tivermos esse nível de
percepção, se não abraçarmos a cruz radicalmente jamais impactaremos o mundo
com as nossas doutrinas vazias de significado. No Reino de Deus não há lugar
para celebridades mundanas, porque a única preeminência aceitável é atribuída
exclusivamente à Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito Santo). Por que será que
o Senhor traz este assunto exatamente em um texto escatológico escrito há
tantos anos atrás? Ouso responder: Porque a presença da falsa religião
descomprometida com a cruz seria uma marca dos dias que antecederiam a Segunda
Vinda de Cristo. Nos dias de João Batista quando ele pregava às margens do
Jordão, algumas celebridades religiosas como fariseus e saduceus foram a ele
para serem batizadas, sem a menor consciência de pecado e muito menos
arrependimento. João Batista ao contrário de muitos líderes de nossos dias
disse de forma contundente: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira
vindoura?”. Podemos ver claramente essa tendência em nossos dias.
Muitos acham que podem fugir da ira
vindoura se filiando a uma igreja local ou professando uma religião de
aparência, sem quebrantamento de espírito. Qual o perfil do homem que atrai o
olhar de Deus? Esse homem tem o coração
quebrantado; e Esse homem treme diante da Palavra do Senhor. As duas perguntas
feitas pelo Senhor remetem ao que ele pretendia fazer no futuro: transformar o
coração do Homem no seu verdadeiro santuário. Aqui ele propõe não um templo
feito pelo homem, de pedra e cal, mas uma tenda viva. Esse Tabernáculo Vivo
primeiro se cumpriu em Cristo por ocasião de sua encarnação, depois do
Pentecostes, em seus discípulos de todas as épocas. Há algo que me chama a
atenção de forma particular em nossos dias, é a falta de reverência a Palavra
viva de Deus. E essa falta de reverência não se dá apenas pelo escárnio, mas,
sobretudo por não se levar a sério essa Palavra de vida eterna. O Senhor
conhece o nosso coração e deseja que nos quebrantemos em sua santa presença.
Tem faltado choro no meio do povo de Deus, não um choro por causa das dores que
a vida impõe, mas um choro de quebrantamento pelos nossos pecados. Não temos
chorado pelos nossos próprios pecados porque estamos ocupados demais julgando e
condenando nossos irmãos. Precisamos voltar a tremer diante da palavra viva de
Deus para que ela faça a diferença em nossas vidas em nome de Jesus Cristo a
Palavra Viva de Deus. Nadia Malta
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