SEJAMOS PERDOADORES E VIVAMOS COM LEVEZA!
“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém’. Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas". Mateus 6.12-15.
Neste texto da chamada mais completa das
orações, o Senhor traz uma instrução preciosa acerca da ordenança de perdoar:
Ele nos leva a condicionar seu perdão a nós à medida que perdoamos os nossos
devedores. Ele nos leva a pedir livramento do mal e das tentações. De que mal e
de que tentações especificamente ele fala aqui? Da tentação de não perdoar e do
mal decorrente desse perdão retido. Uma advertência séria! Assisti certa vez um
documentário comovente de uma sobrevivente do campo de Concentração de
Auschwitz. Aquela mulher chamada Eva, uma nonagenária de muita fibra conta seu relato
como cobaia do chamado “anjo da morte” Joseph Mengele. Esse médico nazista
fazia experiências terrivelmente desumanas com gêmeos judeus e ela e sua irmã
Miriam foram vítimas dele. Anos mais tarde foram libertadas pelo exército
soviético, mas as seqüelas ficaram e a irmã de Eva acabou morrendo em
conseqüência daquelas experiências.
Depois da libertação daquele cativeiro, os
anos seguintes não foram fáceis para Eva e num dado momento da sua história ela
resolveu romper as cadeias que ainda restavam perdoando seus algozes. Como
assim? Há perdão para tão grande atrocidade? Claro que sim, à luz da ação do
Espírito Santo sempre há! E no final do seu emocionante relato ela diz: Que o
perdão gera auto-cura, auto-libertação e auto-empoderamento! E aqui descobrimos
mais uma vez que o perdão é um ato da vontade, não simplesmente algo emocional.
E quando damos o passo de fé neste sentido algo começa a se mover em nosso
favor no sentido de transformar aquele passo de fé em algo real e
transformador! Os versículos citados no inicio fazem parte da conhecida oração
do Pai Nosso ensinada por Jesus aos seus discípulos. Esta é considerada a
oração mais completa por abranger todas as áreas da vida humana com suas
necessidades peculiares.
O trecho citado fala do perdão. Jesus
deseja que sejamos libertos e a falta de perdão é uma das maiores prisões que
podemos sofrer. Mesmo que sejamos libertados das piores masmorras externas, se
não perdoarmos os nossos ofensores estaremos irremediavelmente aprisionados
pelas cadeias da mágoa e do ressentimento. Quando perdoamos os nossos ofensores
o fazemos mais por nós mesmos que por eles. O que aprendemos aqui? Deveríamos
ter medo de proferir as palavras dessa oração. Será que realmente podemos
desejar que o Senhor nos perdoe como perdoamos? De que tipo de tentação ele
fala aqui? Da tentação de não perdoar e do mal decorrente dela, que aprisiona e
adoece! Misericórdia Senhor! Dá-nos corações perdoadores para a glória do teu
santo nome! Perdoar (dores), em Cristo podemos sim! Nadia Malta
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