sábado, 11 de junho de 2016

Meditação/Nadia Malta/NEM TUDO ESTÁ IRREMEDIAVELMENTE PERDIDO!

NEM TUDO ESTÁ IRREMEDIAVELMENTE PERDIDO!

                                                                                               

 “Por que saí do ventre materno? Só para ver dificuldades e tristezas, e terminar os meus dias na maior decepção?”.  Jeremias 20.18.

                                                                                          


Nos dias do profeta Jeremias o povo de Deus enfrentou o duro cativeiro de Babilônia. A visão da realidade daqueles dias era aterradora sob todos os aspectos. O povo deixou de adorar o Deus vivo. Voltou-se para outros deuses praticou toda sorte de atrocidade, inclusive assassinato e canibalismo. Por causa da infidelidade do povo, Babilônia foi usada como vara de Deus sobre o povo rebelde. Jeremias chega a amaldiçoar o dia do seu nascimento. O peso na alma do profeta era grande demais por tudo que ele estava testemunhando. Certamente os especialistas nas doenças da alma enxergariam aqui uma depressão profundíssima. Creio que eles estariam certos, não tem como não se deprimir!

A pergunta do profeta tem reverberado nos lábios de muitos de nós, por tudo que temos visto e ouvido à nossa volta. Há perplexidade e angústia por toda parte. A desesperança parece contaminar mesmo os cristãos mais fiéis. Isto não é sinal de fraqueza, mas de humanidade à flor da pele. Parece que há um complô das trevas para entristecer e roubar o viço e a alegria. O que fazer diante de tudo isto? Esta é outra pergunta que não quer calar! Ah, se o Senhor fendesse os céus e descesse como ansiaria outro profeta!

A tristeza e a decepção que esmagaram o coração do profeta parecem atingir em cheio os nossos corações nos últimos tempos.  Será que há saídas? Recorremos à fonte que é a Santa Palavra de Deus, a nossa única regra de fé e prática. No livro das lamentações deste mesmo profeta encontramos uma declaração de Jeremias que norteia a saída que esperamos. Do fundo do poço Jeremias olha para cima e brada: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança”. Sim, busquemos essa Esperança viva que não decepciona, nem entristece jamais.


 Façamos o mesmo. Busquemos em nossos depósitos espirituais o que nos pode trazer esperança. E o que nos pode trazer essa esperança de que tanto precisamos? Primeiro as misericórdias do Senhor que se renovam a cada manhã e são a razão de não sermos consumidos. Lembremo-nos da fidelidade do Senhor. Sim, Ele é Fiel e não desampara as obras de suas mãos. O Senhor era a porção do profeta e é a nossa. Ele é o que temos de fato. Nele esperamos confiantemente como o salmista no salmo quarenta. Lembremo-nos também da bondade do Senhor. Jeremias diz: “Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca”. O livro das Lamentações apesar de ser considerado um poema fúnebre para o funeral nacional traz essa nota de alento para os entristecidos e decepcionados de todos os tempos. Ergamos as nossas cabeças, a nossa redenção se aproxima! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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