QUANDO PASSAMOS PELO “FOGO ARDENTE”.
“Amados, não estranheis o fogo ardente que
surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa
extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida
em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na
revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois
injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória
e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou
malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como
cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome.
Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se
primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de
Deus? E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio,
sim, o pecador? Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus
encomendem a sua alma ao fiel Criador, na prática do bem”. I Pedro 4.12-19.
Despertemos e nos encorajemos uns aos
outros quanto às duras provas que nós estamos sujeitos a passar por sermos
cristãos! Toda a epístola do apóstolo
Pedro tem como tema central a esperança em meio ao sofrimento. Essa epístola
foi enviada aos cristãos dispersos da Ásia Menor devido às perseguições que
estavam se levantando contra a igreja e que acabou resultando no martírio de
muitos crentes. O próprio Pedro foi martirizado sendo crucificado de cabeça pra
baixo, “por não se achar digno de morrer como o seu Senhor”. No início da
epístola Pedro fala de um tipo de perseguição normal, que numa escala maior ou
menor, todos nós sofremos, quando entregamos a nossa vida a Jesus Cristo, por
parte de parentes e amigos. Somo alvos de retaliações e perseguições de toda
sorte.
No entanto, o texto lido fala de uma
perseguição muito mais séria e específica, a qual Pedro chama de “fogo
ardente”. Essa perseguição estava
prestes a vir sobre a igreja como um todo. Essas palavras do apóstolo tanto se
aplicam aqueles dias, quanto aos dias que estamos vivendo. Hoje já podemos ver
a realidade das palavras do apóstolo na igreja Oriental. Ele não estava falando
de uma perseguição ocasional e local por parte das pessoas com quem os cristãos
conviviam, mas sim, algo oficial institucionalizado proveniente das autoridades
constituídas. Hoje em nosso país, já há alguns projetos que estão tramitando na
Câmara e no Senado Federal com finalidade de restringir a liberdade de culto. O
conjunto de proposições é bem restritivo podendo impedir cultos públicos; e até
mesmo censurar o conteúdo dos sermões dos pregadores, sob pena de responder
judicialmente, podendo gerar até prisões de pastores e padres. Há pelo menos
seis projetos tramitando no Congresso Federal com a anuência de muitos
parlamentares. É algo preocupante e tem sido motivo de oração de todas as
igrejas cristãs.
Esse fato citado diz respeito ao nosso país
que até então tem gozado do privilégio da liberdade de culto. Contudo, há
notícias do campo missionário que dão conta de um numero enorme de cristãos
martirizados em nossos dias, sobretudo em lugares como Índia e Iraque. Igrejas
inteiras no Oriente têm sido dizimadas pela ação de homens bomba. Pedro em sua
epístola previa esse “fogo ardente”, não só para aqueles dias como para dias
ainda distantes. Atentemos para a atualidade das palavras de Pedro, porque elas
se aplicam aos cristãos de todas as épocas. Nenhuma igreja está livre de passar
pelo “fogo ardente”. Precisamos orar e pedir ao Senhor que nos capacite para
que se tivermos que enfrentar o “fogo ardente” não venhamos a envergonhar o seu
nome, antes o glorifiquemos. Que possamos ser revestidos de fidelidade e
alegria sobrenaturais, como os servos do passado. Tenhamos a certeza que não
estaremos sozinhos, o próprio Senhor estará ao nosso lado. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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