QUANDO NOS DERRAMAMOS DIANTE DO SENHOR, ELE NOS ENCHE!
“Demorando-se
ela no orar perante o SENHOR, passou Eli a observar-lhe o movimento dos lábios,
porquanto Ana só no coração falava; seus lábios se moviam, porém não se lhe
ouvia voz nenhuma; por isso, Eli a teve por embriagada e lhe disse: Até quando
estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho! Porém Ana respondeu: Não,
senhor meu! Eu sou mulher atribulada de espírito; não bebi nem vinho nem bebida
forte; porém venho derramando a minha alma perante o SENHOR.”. 1 Samuel 1.12-15.
O texto trata da oração de Ana, mãe do
profeta Samuel. Ela no meio de uma grande aflição orava ao Senhor derramando o
coração na sua presença e foi confundida pelo próprio sacerdote Eli com alguém que
estava embriagada. O que aprendemos com esta situação? Invariavelmente quando
as dores da vida nos traspassam a alma nos sentimos como essa mulher. Com o coração
dilacerado, já não nos importamos com o que pensam ao nosso respeito. Às vezes
até aqueles que nos são mais chegados têm dificuldade de compreender a dimensão
das nossas dores mais profundas.
Todos que têm familiaridade com a Palavra
de Deus conhecem esta história que teve um final feliz. Ana que até então era
estéril, dentro de um contexto social que tal estado era vergonhoso e sinal do
não favor de Deus. E como se isto não bastasse ela tinha uma rival que a humilhava
o tempo todo. A oração de Ana nos ensina que muitas vezes pela natureza da
nossa aflição já não há mais palavras que possamos usar em nossas petições. Apenas
gememos na presença do Senhor. E é exatamente aí que oramos de forma mais intensa
e profunda, porque oramos com a nossa alma num derramar contínuo na presença do
Pai celestial. É quando não sabemos orar como convém que o Doce e Terno Espírito
entra em ação e intercede por nós com gemidos inexprimíveis. O som da aflição não
cabe na dimensão das palavras.
Ana era
mulher atribulada de espírito, como muitos de nós mulheres e homens de Deus.
Ela com sua dor indizível não se encheu de vinho para afogar as suas inquietudes
e desditas. Antes, ela se esvaziou, derramou-se perante o Senhor! Todos os que
derramam a sua alma perante o Senhor num quebrantamento sincero de coração saem
plenos de sua presença. Semearam com lágrimas, voltarão jubilosos carregando
seus feixes. Foi assim com Ana. Naquela oração ela pedia por um filho, a quem
consagraria ao Senhor. A resposta veio. O Senhor respondeu a sua oração e enviou
o pequeno Samuel. A serva do Senhor foi honrada. Ninguém que vai a presença do
Senhor de coração derramado volta de mãos vazias! Sejamos sinceros nas nossas
orações e esperemos em ações de graças à resposta do Senhor à nossa queixa! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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