domingo, 14 de julho de 2013

Sermão/Pra. Nadia Malta/POR CAUSA DA PEQUENEZ DA VOSSA FÉ!

POR CAUSA DA PEQUENEZ DA VOSSA FÉ!”
 Mt. 17.14-20
(Afinal, qual o tamanho de sua fé?)


Objetivo: Exortar a igreja quanto à necessidade do exercício da fé nas lutas diárias.

Idéia Central do Texto:
O episódio descrito aqui se passa logo depois da Transfiguração. Jesus e três dos seus discípulos mais chegados: Pedro, Tiago e João, haviam subido ao monte, onde Jesus foi transfigurado à vista deles.

Quando eles descem do monte encontram os demais discípulos que haviam ficado à espera deles, às voltas com a situação de um pai desesperado cujo filho padecia de uma aparente enfermidade, a quem o texto chama de lunático. Aquele homem no seu desespero procura os discípulos de Jesus, com a finalidade de ter seu filho curado. Na verdade aquele menino estava possuído por um espírito maligno e não acometido de uma enfermidade natural. Não houve discernimento por parte dos discípulos para perceber este fato. Lembramos que os discípulos alem de terem recebido autoridade da parte de Jesus, já haviam testemunhado inúmeras vezes o Senhor agindo em situações semelhantes.

Quando Jesus desce do monte encontra aquela situação e sofre com a incredulidade dos seus discípulos, mencionando a falta de fé como a causa do seu fracasso.

Introdução:
Quando se trata de fé é importante atentarmos para três afirmações do autor de Hebreus em Hb 11.6, primeiro: sem fé é impossível agradar a Deus”; segundo: “é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe” e terceiro: “que Deus se torna galardoador dos que o buscam”. Essas três afirmações nos levam a buscar uma fé de resultados.

Na sua metodologia didática, Jesus usou muitas parábolas, mas usou também acontecimentos reais, dos quais fez preciosas aplicações práticas para seus discípulos de todas as épocas.

O EPISÓDIO NOS ENSINA UMA IMPORTANTE LIÇÃO SOBRE O EXERCÍCIO DA FÉ. AO OLHARMOS PARA O TEXTO DUAS COISAS NOS CHAMAM A ATENÇÃO:
  1. Primeira: O problema em si e a reação de Jesus – VS. 14-17:
  • É interessante notar que três dos evangelistas narram esse episódio e cada um percebeu um detalhe diferente sobre o fato. De acordo com Mateus o menino era lunático (traduzido por epiléptico por alguns) e suicida, atirando-se repentinamente no fogo e na água. Marcos o descreve como um mudo, que caía no chão com freqüência, espumando e rangendo os dentes, depois ficando com o corpo todo rígido. E Lucas diz que o menino era filho único e gritava ao entrar em convulsões. Apesar de muitos desses sintomas poderem ter causas naturais, aquele menino estava à mercê de um demônio. Aqui vemos a necessidade de entendermos a natureza dos problemas que nos assolam, ter discernimento.  Enquanto os discípulos recuaram da responsabilidade e autoridade de expulsar aquele demônio, o menino sofria sob aquela ação maligna. A primeira reação de Jesus foi uma tristeza profunda. O Mestre gemeu no seu intimo e disse: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco?! Até quando vos sofrerei?”. A incredulidade e perversidade espiritual daqueles discípulos era um peso para Jesus. Fico imaginando como O Senhor se sente ao olhar para os cristãos fracos e tímidos de hoje. Falta-nos intrepidez e ousadia para dar passos ousados de fé!
  1. Segunda: A ação eficaz de Jesus e a causa do fracasso dos discípulos – VS. 18-20:
  • Jesus não requer de nós nada que ele mesmo já não nos tenha ensinado. Ele pediu que lhe trouxessem o menino e repreendeu o demônio e este o deixou, não sem antes jogá-lo no chão com violência, agitando-o, segundo o relato de Mc 9.20. Jesus libertou o menino, ordenando ao demônio que nunca mais voltasse aquele corpo. Mc 9.25.  O Senhor levantou o menino enquanto a multidão dava glória a Deus maravilhada. Lc 9.43.  Jesus esperava que seus discípulos agissem daquela forma, que fossem ousados. Ele os havia comissionado com a sua própria autoridade em Mt 10.1,8: Tendo chamado seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos, para os expelir e para curar toda sorte de enfermidades. Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios”. Os discípulos frustrados vão a Jesus em particular para saber a razão do seu fracasso. O que foi que deu errado?  Poucas vezes Jesus foi tão direto ao responder uma pergunta. Geralmente ele dava voltas, contava uma parábola, ou mesmo fazia outra pergunta para fazer as pessoas pensarem. Mas aqui ele vai direto ao ponto e enfaticamente responde no v.20: “Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esse monte: Passa daqui para acolá e ele passará. Nada vos será impossível!”. O poder dado aos discípulos estava lá, era algo latente. Faltava apenas ser manifesto pela fé, que é aquela certeza absoluta daquilo que esperamos da parte de Deus. O que acontecia com os discípulos daquela época acontece hoje. Há uma diferença entre agir mecanicamente e agir impulsionado pela fé (certeza do que esperamos de Deus). Não se trata de mágica, mas de fé. Por isso o apóstolo Paulo diz em Rm 14.23 que: Tudo que não provém de fé é pecado”. Vale a pena mencionar a atitude honesta do pai do menino relatada por Mc.9.24 que diz: E imediatamente o pai do menino exclamou com (lágrimas): Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!”. Ele queria dizer aqui, que tinha um pouco de fé, mas não o suficiente para receber aquela vitória. Esse é o seu caso? Então diga isso a Jesus! Peça-lhe que aumente a sua fé! A expressão “como um grão de mostarda”. Aqui não se trata apenas do tamanho da semente, mas o seu poder gerador de vida, mesmo sendo tão pequena pode gerar algo grande. Jesus espera que mesmo com uma pequenina fé, cresçamos e frutifiquemos para a glória do seu nome.
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
  1. Muitos dos nossos problemas, que aparentemente têm causas naturais, na realidade são ações demoníacas. Obras malignas tramadas no inferno para tirar a nossa paz e nos fazer arrefecer na fé. Cabe a nós discernir e sermos ousados, usar a palavra de fé e ordenar aos espíritos malignos que se retirem em nome de Jesus Cristo!
  2. Jesus nos revela em sua Palavra como proceder em tais situações, do contrário não precisaria haver nas Escrituras tantos relatos de Jesus e seus discípulos agindo. Talvez falte a nós ousadia e disposição para imitar o mestre. o Mestre. Em Ef. 5.1 O apóstolo Paulo diz: Sede, pois, imitadores de Deus como filhos amados”.
  3. A grande razão do nosso fracasso diante das situações aparentemente insolúveis é uma só: A pequenez da nossa fé! Aqueles discípulos até que tentaram, mas não por fé! O texto diz que eles não puderam curá-lo”.Quem planta fé genuína, colhe milagres”.
  4. Se a nossa fé fosse ao menos do minúsculo tamanho de um grão de mostarda, além de eficaz, ela geraria vida em nosso interior e fruto por onde quer que possamos passar. Nada nos seria impossível!
  5. Finalmente gostaria de deixar para sua reflexão uma pergunta de Jesus em Lc 18.8b que diz: “Contudo, quando vier o Filho do homem, achará porventura, fé na terra?”.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 14.07.13 – www.ocolodopai.com

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito santo de Deus.

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