quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sermão/Diácono Antônio Emílio/UMA FÉ QUE IMPRESSIONA JESUS!

UMA FÉ QUE IMPRESSIONA JESUS! Mateus 8.5-13


Objetivo: Estimular o povo de Deus a valorizar o poder da fé.

Ideia Central do texto (ICT):
O texto lido, fala sobre fé genuína. Descrever a cena e a chegada do centurião.

(Versos 6-7): A primeira coisa que nos impressiona é a prontidão de Jesus em auxiliar, quando procurado com fé. O centurião romano diz: “Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente”. Ao que Jesus responde: “Eu irei curá-lo”.

(Versos 8-9): A segunda coisa que nos impressiona é a postura do centurião. Destacaria três aspectos: sua humildade, sua confiança e seu discernimento.
(Humildade): Um centurião era um oficial do império romano, comandante de uma centúria ou destacamento de 100 soldados. Pela sua autoridade reconhecida e seu posto, teria todas as credenciais para achar que não necessitaria de Deus, ou de que necessitando, seria uma pessoa digna de merecer algo de Deus, porém ele diz: “Senhor, não sou digno de que entres em minha casa;”
Ao mesmo tempo, ele não desconfia da misericórdia ativa de Deus e continua “mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado”.
(Discernimento): O centurião compara com muita propriedade a sua autoridade secular com a autoridade divina de Cristo. Russel Shedd comenta que o procedimento e a fé que este homem manifestou provocaram a admiração de Jesus. Para o centurião era tão natural Jesus ter plenos poderes sobre as influências invisíveis do universo, como era para um oficial romano ter confiança no cumprimento de suas ordens. “Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz.”
Percebemos que Cristo não se gloria expressamente da sua própria autoridade, reconhecida pelo centurião, mas também não o recrimina por suas palavras, muito menos se veste de falsa humildade, ante o reconhecimento do centurião; Cristo, num dos poucos registros bíblicos dessa atitude, se admira. Admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta.” Uma fé que atuou com humildade, discernimento e confiança.
A colocação do centurião quanto à autoridade de Cristo foi oportuna: João 17.2 “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste”. Mais adiante em Apocalipse 1.17-18: ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.”
Mais credenciais de Cristo: a revelação final de Deus; o herdeiro de todas as coisas; o criador do mundo; resplendor da glória de Deus; é a expressão exata do ser de Deus; ele sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder; fez purificação para os pecados; assentou-se à destra da majestade; é Deus entronizado para sempre com cetro de equidade; é adorado por anjos; seu governo não terá fim; seu prazer está acima de todas as coisas no universo; ele aceitou a carne humana; ele foi coroado com glória e honra por causa do seu sofrimento; ele foi o fundador da nossa salvação; foi feito perfeito em toda sua obediência por seu sofrimento; destruiu aquele que tem o poder da morte, o diabo; nos livrou da prisão do medo; é um sumo sacerdote misericordioso e fiel; fez propiciação pelos pecados; tem empatia por nós por causa da sua própria experiência; ele nunca pecou; ofereceu ruidoso clamor e lágrimas com temor reverente e Deus o ouviu; se tornou a origem da salvação eterna; mantém seu sacerdócio em virtude de uma vida indestrutível; ele aparece na presença de Deus em nosso favor; virá uma segunda vez para salvar aqueles que estão ansiosamente esperando por ele; ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente.
Não mostre a Deus o tamanho do seu problema, e sim mostre ao seu problema o tamanho do seu Deus.  
Desde já aprendemos que o Senhor deseja honrar a nossa fé. O autor de Hebreus diz que: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.” Hebreus 11:6. (comentar)

Incredulidade! Tiago nos adverte que: “aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento”. Enfim, ela não chega a lugar nenhum. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.” Tiago 1:6-8.

A história do povo hebreu, livrado do cativeiro egípcio pelo Senhor, nos deixou uma lição de advertência para que temamos, e sejamos humildes, diante dos perigos da incredulidade. Diz o autor de Hebreus: “Assim, como diz o Espírito Santo: "Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião, durante o tempo de provação no deserto, onde os seus antepassados me tentaram, pondo-me à prova, apesar de, durante quarenta anos, terem visto o que eu fiz.” Hebreus 3:7-9.

Sejamos humildes e quebrantados na presença de Deus, mas sem desconfiança. O sangue de Jesus nos livra de todo o medo. É desejo do Senhor nos abençoar. Deus se vestir de carne humana foi uma tremenda manifestação de graça da parte de Deus. Sejamos ousados como o publicano: “não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc 18.13). Reconhecermos a nossa indignidade não nos impede de nos dirigirmos a Cristo, na certeza de que ele nos receberá em sua misericórdia. Sabe o que diz o autor de Hebreus? “pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” Hebreus 4:15-16

(Verso 11) o Senhor também aproveita o incidente (pedido de fé do centurião) para anunciar que era vindo o reino de Deus, e de que a mensagem de Cristo é um convite aberto a todos os povos, e para a alegria de todos os povos, onde todos os que nele cressem tornar-se-iam filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus “pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa.” Gálatas 3:26-29. Cristo, com o seu sangue, compraria para Deus homens e mulheres de toda tribo, língua, povo e nação. Pois “Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra". Apocalipse 5:9-10
(Verso 12) Por outro lado, Jesus alerta ao Israel nação, especialmente àqueles que não foram capazes de reconhece-lo como o Messias prometido, embora fossem conhecedores das Escrituras, que muitos viriam do Oriente e do Ocidente e tomariam lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. “Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes”.
Esse alerta vale para todos os homens, pois Deus “punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. (...) Isso acontecerá no dia em que ele vier para ser glorificado em seus santos e admirado em todos os que creram, inclusive vocês que creram em nosso testemunho.” 2 Tessalonicenses 1:8-10
(Verso 13) Por fim, aprendemos pelo incidente como é precioso o dom da fé e seus resultados: “Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.”

Não falo duma confiança cega sem fundamento firme, tampouco de pensamento positivo, nem de acharmos que pelo muito falar a Deus teremos nosso pedido irremediavelmente atendido. Essa não é a experiência do cristão. Qual é? (Falar de relacionamento, que gera confiança, nos aquietamos e entregamos, na certeza de que Deus é infinitamente sábio para atender-nos com o melhor para nós. “Seja feita a tua vontade”, “Teu é o reino, o poder e a glória, para todo o sempre”).

(Eugene Peterson): o próprio Cristo orava na expectativa do fim. Jesus e o Pai dialogavam assim: “Pai, glorifica o teu nome! " Então veio uma voz do céu: "Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente". João 12:27-28

(Eugene Peterson): muitas vezes a gente quer colocar em xeque a eficácia de Jesus, queremos passar por cima do tempo de Deus, da vontade de Deus, mas EP diz: “Sob esse solo, pesadamente trafegado (nossa incompreensão), o reino dos céus está tomando forma à maneira de Deus.”

O que aprendemos com a história de Jesus e o centurião:
1º) Que o Senhor sabe do que necessitamos, antes que o peçamos, e não tarda em atender aos nossos clamores, a saber, em honrar a nossa fé: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve.” (1 João 5:14)
2º) Que nos aproximemos de Deus com humildade, confiança e discernimento (conheçamos o tamanho do nosso Deus, a quem temos nos dirigido).
3º) Reconheçamos como é preciosa a medida de fé que o Senhor nos concedeu (Rm 12.3), sejamos gratos por ela e a ponhamos em prática. Por meio dessa fé é que somos salvos.
4º) Cultivemos a porção de fé que o Senhor nos concedeu, para que seja fortalecida:
“Tudo é possível àquele que crê. " Imediatamente o pai do menino exclamou: "Creio, ajuda-me a vencer a minha incredulidade! " Marcos 9:23-24
“a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.”
Romanos 10:17. Estudar a Palavra e roguemos pela misericórdia do Senhor, que ele diga uma palavra, e nossos ouvidos espirituais sejam abertos, e nossa fé seja despertada e fortalecida todos os dias.
5º) Busquemos, pela fé, completar a carreira que nos foi proposta por Deus, em Jesus, e tomemos parte na mesa do banquete junto com Abraão, Isaque e Jacó e os milhares de milhares que virão do Oriente e do Ocidente, pela graça de Deus. Sua vinda está próxima. Amém.

Diácono Antônio Emílio

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