TIRE A TRAVE DO SEU OLHO! Mt. 7.1-5
Objetivo: Levar cada crente a um cuidadoso exame de si mesmo, para não julgar os outros temerariamente.
Ideia Central do texto:
O texto que lemos inicia a última parte do Sermão do Monte, na qual o Senhor fala do cuidado que devemos ter com o juízo temerário (arriscado e irresponsável) que fazemos dos que estão à nossa volta. Isso vale também para os relacionamentos familiares.
Uma das colunas de sustentação da igreja é a comunhão (koinonia). Comunhão implica em exercício de tolerância com as falhas e fraquezas uns dos outros, sim, porque todos nós temos falhas e defeitos. No entanto, essa comunhão tem sido ferida por nossos julgamentos condenatórios dos nossos irmãos e familiares, comprometendo as nossas vitórias.
O desejo do coração de Deus é que primeiro tiremos a trave de nossos próprios olhos para depois então nos atrever a mexer no cisco do olho do irmão. Falando aos coríntios, Paulo diz em I Co. 11.31: “Porque, se nos julgássemos a nós mesmo, não seríamos julgados”.
Introdução:
Na verdade, a Palavra de Deus não nos proíbe de ver o que está errado, pois precisamos ter discernimento diante das situações, mas nos proíbe terminantemente de julgar o nosso irmão. A Bíblia diz que pelo fruto conhecemos a árvore, só precisamos entender que a “árvore” será julgada por Deus e não por nós! Em Rm.14.4 o apóstolo Paulo diz: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster”. O que Deus quer nos ensinar hoje é: o que devemos fazer com a nossa descoberta. Há duas atitudes bíblicas que devem ser tomadas: Orar pela situação, sem compartilhar com ninguém, para que não vire maledicência; ou ir direto ao irmão em questão e admoestá-lo com graça e amor de Deus. Inevitavelmente quando optamos pela primeira ação, Deus já se move em nosso favor.
Sempre que acusamos, julgamos, sentenciamos, condenamos e amaldiçoamos, o fazemos pela eficácia de satanás, não de Deus.
Tenho aprendido nesses mais de trinta anos de caminhada com o meu Senhor, que tudo em nossa vida, faz parte do treinamento específico de Deus para nós! O grande alvo desse treinamento é que sejamos despenseiros da multiforme graça de Deus. Não há uma só situação que não caiba a ação efetiva da graça de Deus.
Devemos atentar para o fato, de que a mesma lei de julgamento que aplicamos aos outros será aplicada a nós, mais cedo ou mais tarde!
O ESPÍRITO DE DEUS DESEJA MINISTRAR DUAS COISAS A NÓS QUE TRARÃO GRANDE LIBERTAÇÃO:
1. Não julguem para que não sejam julgados - VS.1,2:
- Se exigimos justiça e retribuição pelas coisas erradas feitas contra nós; seremos tratados com a mesma receita. Você pode perguntar: Por que então encontramos alguns salmos imprecatórios, onde os salmistas clamam que seus inimigos recebam o justo castigo? Porque eles ainda não haviam experimentado o Espírito da Graça e de Vida que experimentamos! Em Mt. 5.43-45ª diz: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu porém vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai Celeste”. A grande regra de ouro das Escrituras é: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque essa é a Lei e os profetas”. Mt. 7.12. O papel de julgar não é nosso, mas de Deus. Quando oramos e abençoamos nossos ofensores, a justiça de Deus se manifesta, na medida dele. A nós não é permitido nem nos alegrar quando nossos inimigos são julgados por Deus. Em Pv 24.17 diz: “Quando cair teu inimigo, não te alegres, e não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja isso e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira”. Quando nos alegramos com a desgraça dos nossos inimigos o Senhor desvia dele sua ira, advinha pra cima de quem? Isso mesmo, pra cima de nós! Muitos crentes têm sido derrotados porque tem clamado pelo juízo e julgamento de Deus sobre seus inimigos. Nós não podemos pedir para ninguém a justiça de Deus, mas clamar por sua misericórdia! Essa misericórdia é a razão de não sermos consumidos! Mulheres feridas por seus maridos têm clamado por justiça e juízo sobre ele. Isso tem acionado o gatilho da justiça de Deus sobre elas próprias e dado legalidade ao adversário para agir sobre suas vidas e famílias. Do mesmo modo, irmãos têm pedido o juízo de Deus uns pelos outros. No final das contas todos ficamos travados, a graça não flui e a vitória não vem. Vamos hoje virar esse jogo em nome de Jesus Cristo. Que haja libertação neste lugar!
2. Devemos enxergar claramente tirando a trave dos nossos próprios olhos – VS.3-5:
- Se olharmos para nós mesmos com honestidade perceberemos o que já recebemos de Deus, apesar de nós. O Senhor usou de misericórdia para conosco para que tenhamos convicção de nossas próprias deformidades, para que assim possamos usar de misericórdia para com todos os deformados à nossa volta. O problema é que nos sentimos muitos santos, muito justos, puros e inculpáveis aos nossos próprios olhos. Olhamos para os nossos irmãos com uma visão de Raio X; mas quando nos auto examinamos, o fazemos através das lentes embaçadas de nossas justiças próprias. Nós nos achamos o máximo! Temos responsabilidade com os nossos irmãos; mas para abençoá-los precisamos tirar a trave que impede a nossa visão. Se quisermos receber misericórdia pelos nossos pecados, devemos exercitar misericórdia para com os que estão ao nosso redor! Recebemos aquilo que damos. É a Lei da semeadura e da colheita. “Aquilo que o homem semear, isso também ceifará”.
CONCLUSÃO: O que Deus está requerendo de nós?
- Que possamos entender que estamos em treinamento. Vamos começar esse treinamento fazendo uma faxina no santuário.
- Que não julguemos temerariamente os que nos rodeiam, para que não sejamos igualmente julgados.
- O papel de acusador é de satanás, não nosso. Sempre que acusamos, julgamos, sentenciamos e condenamos, o fazemos pela eficácia dele não de Deus! Tem muito crente sendo usado pelo inimigo, sem se dar conta disso.
- Precisamos reprimir toda palavra de acusação e julgamento dos nossos lábios. Da mesma fonte não pode sair água doce e amarga. Por isso não empreste seus ouvidos a nenhuma boca maledicente! Se não houver ouvidos curiosos, não haverá língua maledicente.
- Precisamos ser honestos e tirar a trave de nossos próprios olhos, só aí, enxergaremos claramente para nos atrever a tirar o cisco que está nos olhos do nosso irmão.
- Que possamos hoje assumir um compromisso de exercitar a graça de Deus em nosso meio e lá fora. Afinal, foi para isso que fomos alcançados por ela!
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 12.06.13 – www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado pára fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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