“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta seu coração do Senhor! Porque será como um arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão não se perturba nem deixa de dar frutos”.
Objetivo: Despertar o povo de Deus para exercitar uma fé viva que não se deixa assombrar pelas circunstancias.
Ideia Central do Texto (ICT):
O livro do profeta Jeremias trata da situação espiritual do povo de Deus durante o cativeiro em Babilônia. O texto lido fala especificamente a nação de Judá, o reino do sul cuja capital era Jerusalém, a idolatria do povo feria o coração de Deus, o povo confiava mais nas habilidades humanas que no Senhor. A nação prestava culto a deuses estranhos nos lugares altos, através de postes-ídolos ou debaixo de árvores sagradas onde oferecia as suas oferendas em troca dos favores dos “deuses”. A opressão e a adversidade revelam a fidelidade ao Senhor ou a falta dela.
Mesmo o profeta se dirigindo ao povo chamado pelo nome do Senhor, ele percebe que nem todos que faziam parte da nação visível poderiam ser contados entre os fiéis. Ele então estabelece um contraste de certa forma até contundente entre os fiéis e os infiéis. Com os olhos espirituais Jeremias descobre que mesmo em meio a tanta idolatria e infidelidade havia um remanescente fiel que continuava firme no Senhor mesmo apesar do cativeiro opressor. Isso acontecia no passado e acontece também hoje em nossos dias. Quantas vezes temos ferido o coração de Deus por não confiar inteiramente nele? No Sl.81.13-16 o Senhor suspira numa lamentação comovente, ele diz: “Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao Senhor se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha”.
Introdução:
Aprendemos que para a nossa fé gerar fidelidade precisa estar alicerçada sobre uma rocha. Não uma rocha qualquer, mas a ROCHA ETERNA, que se chama CRISTO JESUS, nosso Senhor e Salvador. Mesmo que muitas vezes as nossas emoções (coração enganoso) destruam o nosso corpo físico (homem exterior), o nosso homem interior (nosso espírito) se renova de dia em dia porque sabe em quem crê. O que anda em fidelidade (fé + obediência) enxerga Aquele que é invisível.
Gostaria de chamar atenção aqui para certas teologias ufanistas que descartam a possibilidade da dor e dos estreitos pelos quais precisamos passar para alcançar nossas vitórias mais retumbantes. Muitos em nosso meio por causa dessas teologias, não compreendem o agir soberano de Deus nas situações à nossa volta em meio às dores mais atrozes.
Mas de uma coisa temos absoluta certeza: Ainda que o caminho para nossas vitórias nos faça atravessar uma tormenta ou mesmo o vale da sombra da morte, “O Senhor estará conosco, sua vara e o seu cajado nos consolarão”.
CARACTERÍSTICAS APRESENTADAS POR JEREMIAS ENTRE O ÍMPIO E O JUSTO:
1. O homem Ímpio – VS. 5,6:
· Este homem confia no homem e faz da carne mortal o seu braço. Ele não teve uma experiência pessoal com o Senhor, não nasceu de novo.
· Ele age e reage sempre com o braço de carne. Por melhores que sejam as suas intenções elas partem de um coração enganoso e corrupto (v.9).
· Ele está fora da bênção e é considerado maldito. Ele não enxerga nem discerne o bem. Antes chama o mal de bem e o bem de mal.
· Ele será sempre como um arbusto solitário que não frutifica. Sua terra espiritual será sempre desértica, estéril, salgada e inabitável. Ele é como um arbusto estéril, árido. As suas obras más ou a ausência de frutos o denunciam.
· Por mais que esse homem tenha bens materiais e recursos deste mundo ele será sempre: miserável, cego, pobre e nu.
2. O homem Justo – VS. 7,8:
· Esse homem é chamado por Jeremias de bendito. Ele está debaixo da proteção do Senhor, quer na vida quer na morte.
· Ele confia inteiramente em Deus e descansa em sua confiança. A Esperança desse homem é o Senhor. Confiança não é uma fé árida, requer obediência e isto agrada ao Senhor.
· Ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro. Ele não receia quando vem o calor (a adversidade), pois sabe em quem crê, por sua fidelidade (fé+obediência) ele enxerga Aquele que é invisível, mas real.
· Suas folhas ficam verdes permanentemente (ele testemunha em tempo e fora dele).
· Ele não se perturba no ano de sequidão nem deixa de dar frutos. Ele é comparado a uma árvore boa de raízes profundas, que mesmo na estação mais quente continua frutificando.
· Muitas vezes o Senhor nos permite atravessar situações e lugares tremendamente áridos e não entendemos porque estamos ali, oramos e tudo continua aparentemente do mesmo jeito. Aprendemos aqui que devemos florescer e frutificar onde estamos plantados. O Senhor nos fortalece e equipa para isto.
· Qual o grande diferencial deste homem? Ele é uma árvore bendita. Seus frutos são benditos porque procedem de uma árvore bendita que mesmo em terreno árido busca beber nas águas profundas do Espírito Santo de Deus.
· No versículo 10 do contexto o Senhor diz: “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o fruto de suas ações”.
· O fruto sempre testifica da árvore.
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
1. Há um contraste visível aos olhos do Senhor entre o ímpio e o justo.
2. Não devemos nos deixar enganar por palavras bem articuladas ou piedade exterior. Deus sonda e esquadrinha mentes e corações e não se impressiona com a nossa aparência.
3. O ímpio por mais piedoso que aparente ser, não confia verdadeiramente no Senhor e será sempre um arbusto solitário e infrutífero. Ele pode até ter dons, mas é facilmente desmascarado por não ter frutos.
4. Os justos são chamados de benditos porque alem de confiar incondicionalmente no Senhor tem o coração inclinado à obediência, por isso é bem-aventurado no que realizar.
5. Ele é frutífero até em lugares áridos porque as suas raízes espirituais procuram beber das águas profundas do Espírito Santo de Deus.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nádia Malta em 25.07.12 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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