HORA DE ALIVIAR A BAGAGEM!
“Amados, insisto em que, como estrangeiros e
peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam
contra a alma”. 1 Pedro 2.11.
O apóstolo Pedro neste contexto chama seus leitores
de estrangeiros e peregrinos e diz que como tais precisam se abster dos desejos
carnais. Esses desejos ou inclinações são grandes fardos que dificultam a
caminhada. Quando paramos para pensar em um andarilho, logo imaginamos alguém
que viaja com o essencial. Qualquer peso a mais causaria transtorno à viagem.
Ao transportarmos essa ilustração para a caminhada espiritual do servo de Deus
por esta terra rumo à eternidade, a aplicação é a mesma. Qualquer peso
desnecessário causaria transtorno à viagem, sobretudo, quando imaginamos a
estrada estreita, ladeira acima e cheia de curvas. Só de imaginar dá um
cansaço! O texto citado apresenta uma perspectiva de olhar a nossa própria
caminhada como Forasteiros e peregrinos nesta terra. Vejamos: Um andarilho não tem apego a nada, ele anda
com o essencial; Qualquer fardo poderá embaraçar seus passos; e Ele tem um
foco: o seu destino.
E aqui é inevitável uma parada para pensarmos
em tudo que nós temos carregado desnecessariamente. Tanto as inclinações da
carne, os fardos emocionais de apegos doentios, quanto os apegos materiais que
tanto têm embaraçado os nossos passos. Queremos subir a ladeira? Larguemos os
fardos, ou antes, os lancemos sobre os largos ombros de Jesus, pois ele tem
cuidado de nós. Aliás, ele ordena uma troca de fardos, ele diz: “O meu jugo é
suave e o meu fardo é leve” e antes ele faz um irrecusável convite: "Venham a mim, todos os que estão cansados e
sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”. Tenho conhecido tantas pessoas
cansadas e sobrecarregadas com seus fardos enormes e desnecessários, quando a
própria Graça encarnada nos acena com um descanso! Tão difícil largar as cargas
impostas e autoimpostas! E quanto aos apegos materiais? Jesus, amado! Nada
levaremos conosco ao partirmos desta terra! Isto me faz lembrar a parábola do
homem rico contada por Jesus. Aquele homem desmanchou seus celeiros e os fez
ainda maiores para juntar ainda mais. Depois disse a sua alma: “Você tem grande
quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e
alegre-se!” e o Senhor lhe disse: “Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe
será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou?”. A mesma pergunta
pode ser feita a cada um de nós: E o que temos tão avidamente insistido em
guardar nos nossos depósitos para quem será? Excesso de passado: Eu fui, eu
tive, eu era! O tempo não volta! Vivamos o agora de Deus! Felizes os sem agenda
Excesso de presente: só tem gerado estresse. Façamos uma coisa de cada vez!
Assim como o excesso de passado gera depressões, muitas vezes irremediáveis, o
excesso de futuro gera ansiedade, medos e adoece o coração. Bagagens inúteis!
O que aprendemos aqui? O desejo de Deus é que
como caminheiros por esta terra andemos com leveza. O apóstolo Paulo diz: “Se
temos o que comer e com que nos vestir estejamos contentes!”. Tanta avidez pelo
ter em detrimento do ser! Acumulamos mágoas e adoecemos. Acarinhamos as
inclinações e elas nos embaraçam os passos. Acumulamos bens materiais e somos
alvos de salteadores. No final partimos sozinhos e as únicas coisas que nos
acompanham são as nossas obras. Que tal
aliviar a bagagem? Troquemos nossos fardos pela confiança no Cristo, ele sabe
como conduzir cada situação. Ele é o nosso Pastor e nada, nada nos faltará!
Nadia Malta
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