O SENHOR TAMBÉM SE MANIFESTA NO MEIO DAS TEMPESTADES: ATENTEMOS!
“Soprava um vento forte, e as águas estavam agitadas. Depois de terem remado cerca de cinco ou seis quilômetros, viram Jesus aproximando-se do barco, andando sobre o mar, e ficaram aterrorizados. Mas ele lhes disse: "Sou eu! Não tenham medo! Então se animaram a recebê-lo no barco, e logo chegaram à praia para a qual se dirigiam”. João 6.18-21.
Aquela Tempestade, embora tenha sido literal,
ela tipifica as tempestades enfrentadas pelos discípulos de Cristo de todas as
épocas. A ideia central aqui é mostrar que nunca seremos entregues a nossa
própria sorte no meio das noites mais tempestuosas. O Senhor virá sempre ao
nosso encontro e fará cessar a fúria dos ventos e das ondas. Neste breve relato
de João três coisas nos chamam a atenção no meio das nossas travessias: Estar
do lado do Senhor não nos livra de atravessar fortes tempestades; Até tentamos
remar sob ventos contrários, usando a nossa própria força buscando respostas e
saídas e quando a saída chega, nos apavoramos; E o medo tem cegado o nosso
entendimento quanto aos propósitos e agires de Deus. Só quando os nossos olhos
são abertos para reconhecermos o Senhor, o medo se dissipa e chegamos ao
destino. Quantas vezes nos encontramos no meio de grandes tempestades ao ponto
de imaginarmos que não vamos suportar! Essas tempestades podem vir na forma de
noticias sobre enfermidades, perdas, escolhas malditas dos nossos queridos.
Contudo, nada foge ao controle do Senhor. Certamente já ouvimos falar tanto
sobre este texto, mas é sempre oportuno voltarmos a ele em meio às nossas
tempestades. Vez por outra nos sentimos à deriva por tendermos a achar que o
nosso barco perdeu o Timoneiro! E invariavelmente pensamos assim por causa do
medo do tamanho das ondas e da fúria dos ventos soprando contrários! Foi assim
com aqueles discípulos assustados e trêmulos! Tenho meditado muito sobre a hora
da fé! Como mensurar a nossa fé? Creio que as tempestades são esses
instrumentos precisos para mensurar a fé que dizemos professar. São aquelas
noites escuras da alma que nos tomam de assalto.
João é o mais sucinto dos relatos. Nas
narrativas de Mateus e Marcos, eles contam que os discípulos se sentiram assim,
por imaginar que Jesus seria um fantasma! Há bênçãos escondidas nas piores
tempestades! Precisamos aprender a enxergá-las! A escuridão solitária dos
nossos sofrimentos nos faz ver “fantasmas” em tudo! E esses “entes notívagos”
que povoam a nossa imaginação são especialistas em nos assombrar. Os nossos
medos hiperdimensionam nossos problemas. Temos andado assim, tão assustados,
tão cheios de sobressaltos! Os temores têm povoado a nossa mente tentando nos
fazer arrefecer na fé! O Consolo aqui é saber que o Timoneiro do nosso barco
pode até aparentemente estar ausente ou atrasado, mas logo, logo virá ao nosso
encontro! E só aí, completaremos a travessia! Aliás, a vida do Cristão é uma
travessia constante! Acho mesmo que às vezes nos assemelhamos aos
contorcionistas, aos acrobatas e àqueles que fazem números de equilíbrio
atravessando sobre fios tênues que ligam montanhas sobre grandes precipícios!
Talvez a ultima imagem seja a que mais nos represente neste momento.
O que aprendemos aqui? Em nosso tempo temos
todos nos sentido assim: Caminhando sobre um fio retesado ligando dois mundos
(o físico e o espiritual) sobre grande precipício. Nessas ocasiões olhar para
baixo pode ser trágico. O nosso olhar precisa estar focado no Autor e
Consumador da nossa fé, Jesus! Sem a
menor sombra de dúvidas, as tempestades são termômetros da nossa fé! O Senhor
tem seguido conosco e nos diz para não temer tudo que está acontecendo, pois
não se trata de fantasmas ou outros “malassombros” quaisquer e sim Ele em
pessoa vindo em nossa direção para nos socorrer. Ele é especialista em fazer
caminhos na tormenta e vir na nossa direção trazendo consigo as bênçãos que nos
são ocultas! Tão somente confiemos e sigamos na força que só Ele supre! Nadia
Malta
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