QUE DOMEMOS A NOSSA LÍNGUA REBELDE!
“Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e é domada pela espécie humana; a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero. Com a língua bendizemos ao Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca procedem bênção e maldição. Meus irmãos, não pode ser assim! Acaso pode sair água doce e água amarga da mesma fonte?”. Tiago 3.7-11.
A epístola de Tiago considerada a mais
prática das epístolas. Trata de assuntos considerados por muitos nem tão
espirituais assim. Contudo, concordem ou não, necessitamos da lucidez didática
de Tiago em nosso andar diário por este Caminho Novo e Vivo pelo qual trafegamos
agora. Fomos alcançados pela graça de Deus exatamente como estávamos, mas não
para permanecer do mesmo jeito. A regeneração é um ato único, através do qual
temos o nosso espírito morto recriado pelo Espírito de Deus. Nascemos de novo.
Tornamo-nos novas criaturas, não há lugar para as velhas inclinações, porque as
coisas velhas já passaram. Tudo se fez novo. Andemos em novidade de vida!
Há
uma ação contínua e gradativa de santificação. Este processo é progressivo só
cessa na eternidade quando chegaremos à santificação perfectiva. Mas, enquanto
estivermos aqui teremos áreas a serem tratadas e sem dúvida a questão do nosso
falar é algo bem preocupante. Por isso neste mesmo contexto, Tiago diz: “Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se
alguém não tropeça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de
dominar todo o seu corpo”. Quem consegue dominar a língua consegue dominar
qualquer coisa. Mas neste quesito, quem está pronto? Respondo: Ninguém! A
língua segundo Tiago: “É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero”.
Quantas vidas destruídas pela ação de um falar injurioso e irresponsável! O
salmista sabia desse perigo e fez uma aliança com seus lábios. Façamos do mesmo
modo. Quanto julgamento! Quanta retaliação vinda daqueles aos quais nos devotamos!
Conheço tantas pessoas mortalmente machucadas pela ação contundente de línguas
ferinas!
O que aprendemos aqui? Da mesma boca não
pode sair bênção e maldição, assim como
da mesma fonte não pode sair água doce e amarga. O apóstolo Paulo falando aos efésios
corrobora com a mensagem trazida por Tiago dizendo: “Não saia da vossa boca
nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme
a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem”. Graça, sabemos é o favor imerecido de Deus.
Somos chamados de despenseiros da multiforme graça de Deus. Será que o nosso
falar tem transmitido graça ou desgraça? Jejuemos no falar! Nadia Malta