O SENHOR ENTRA CONOSCO NA FORNALHA E LÁ NOS LIVRA!
“E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego ao rei: Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste. Então, Nabucodonosor se encheu de fúria e, transtornado o aspecto do seu rosto contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ordenou que se acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava”. Daniel 3.15b-19.
Quando olhamos para a fé ousada dos amigos de Daniel coramos de
vergonha por causa das nossas meninices espirituais e eclesiais contemporâneas.
A condição de vulnerabilidade daqueles jovens levados cativos e vivendo em
Babilônia na condição de escravos mesmo tendo do palácio uma posição
privilegiada, digamos assim. Eles levavam à sério a sua fé. O orgulho do rei ao desejar ser adorado tem
sido o desejo de muitos ao longo da história. O Senhor resiste ao soberbo, mas
concede graça ao humilde. A fidelidade dos amigos de Daniel ao Senhor os
levaram a preferir agradar a Deus que aos homens. A firmeza da fé ousada mesmo
com prejuízo próprio. Eles experimentaram a revelação pública do livramento.
Deus faz assim, ele honra seus servos na hora da adversidade.
Qual seria a nossa desculpa se estivéssemos no lugar deles? O que
faríamos? Correríamos o risco de perder a vida ou nos acomodaríamos à situação
adulando o rei Nabucodonosor e nos curvando perante a sua estátua? Aqueles
jovens cheios de Deus ousaram. Creram e esperaram contra a esperança. Não
levaram em conta a própria vida. Para eles importava mais agradar a Deus que aos
homens. O texto é minucioso, cheio de detalhes e quase conseguimos ser
transportados para o local. Eles sabiam que seriam vitoriosos quer na vida quer
na morte, contudo, nada era mais importante que agradar a Deus. Será que temos
a consciência da verdadeira dimensão dessas palavras? Aqui inevitavelmente
paramos para fazer uma comparação entre aquela situação e as nossas lutas
diárias. Quantas concessões temos feito para fugir das aflições! Quanta
transigência com o fim de salvar a nossa própria pele! O acontecimento que envolveu aqueles jovens
hebreus nos faz parar para pensar que nem sempre somos livrados das fornalhas
ardentes para as quais somos enviados. Muitas vezes somos mandados para lá
exatamente para que a nossa fé vá às últimas consequências. E não é para provar
nada para Deus, mas para nós mesmos. E é só nos momentos finais que o Senhor
entra em cena enviando o seu anjo para nos livrar na fornalha.
A pergunta é: “Por que
cremos e ainda assim, sofremos?”. Somos instados pelo apóstolo Pedro a não
estranhar o fogo ardente que surge em nosso meio com o propósito de nos provar.
Se não há nenhuma dívida com homens como causa do nosso sofrimento, há uma
razão da parte de Deus para que o experimentemos: a prova da nossa fé. Somos também exortados a sermos participantes
do sofrimento de Cristo. Cada um deve tomar a sua cruz e segui-lo. E vamos
combinar que cada um de nós carrega um tipo especifico de Cruz! Fomos
capacitados pelo Santo Espírito para carregá-la até o fim. Aqui o texto fala do
batismo de fogo, que ao contrário do que muitos pensam, não é grito ou
histeria, mas as provas pelas quais passamos.
O Senhor Jesus é o que nos batiza com o Espírito Santo e com fogo (as
provas). Sofrer direta ou indiretamente por amor a Cristo é privilégio, não
castigo. Enfrentar esse tipo de sofrimento pressupõe uma preparação por parte
do Espírito Santo, do contrário, ninguém suportaria. Nem sempre seremos
livrados do sofrimento, mas no sofrimento, quer na vida quer na morte! Nadia Malta
Um comentário:
Amém!!!
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