quinta-feira, 23 de junho de 2022

Meditação/Nadia Malta/O DESAFIO DE SER CRISTÃO EM NOSSO TEMPO!

 O DESAFIO DE SER CRISTÃO EM NOSSO TEMPO!

                                                                                   


Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará”. João 12.25,26.


Os textos citados estão exatamente no contexto que fala do episódio em que alguns gregos queriam ver Jesus. André e Filipe discípulos do Senhor vão comunicar a ele do desejo dos gregos de vê-lo. Jesus responde de um modo, que ao olharmos grosseiramente parece não ter entendido o recado. Na verdade, ele entendeu e muito bem o verdadeiro intento do coração daqueles e de tantos outros até mesmo dentre os judeus. Não é sem razão que justo aqui ele fale tão pormenorizadamente à respeito da sua própria morte e do desafio que teriam que enfrentar aqueles que queriam segui-lo. O texto nos leva a três verdades: Servir e seguir andam juntos. Seguir implica em sacrifício. Servir implica em abdicar da própria vida se for preciso. Jesus diz aqui logo nos versículos anteriores: “Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna”.

Outro dia li uma frase notável de C. S. Lewis a esse respeito: “Se alguém procura uma religião que o deixe confortável, certamente não é o cristianismo!”. Uma grande verdade. “As ovelhas do Senhor são marcadas nas orelhas e nas patas, elas o ouvem e o seguem” disse o reformador Lutero, à despeito de todo e qualquer sacrifício. Os que são de Deus querem Deus. O cristianismo contemporâneo, no entanto, tem “vendido” uma “imagem” absolutamente oposta. Tudo se promete em troca de adeptos: Riqueza, poder, saúde, uma vida prazerosa. Por isso é tão difícil encontrar aqueles que verdadeiramente queiram seguir e servir sacrificialmente. Os versículos 34-36 dizem: “Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem? Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles”. Segundo alguns comentaristas aqui encerra o ministério público de Jesus, daqui para frente ele passa a ministrar aos seus discípulos. Muitos líderes têm apostado na ideia da postura de sucesso. Todos muito bem vestidos com suas roupas de grife dirigindo seus carrões importados, ostentando suas joias. Até se endividam para alcançar tais status. Uma busca frenética do prazer pelo prazer. Uma ressurreição do hedonismo? E para convencer seus ouvintes fazem longas orações com suas vozes cuidadosamente impostadas dentro das regras de oratória. E até gestos cuidadosamente pensados dentro das regras de PNL (Programação neurolinguistica).

Há uma diferença abissal entre unção e persuasão. A primeira só os que estão cheios de Deus possuem, quanto à segunda é usada pelos caçadores de almas sempre a postos. “Nem todo o que diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos céus!”.  O que tudo isto nos ensina? Precisamos anunciar o Cristo sim, em tempo e fora dele. Contudo só os que tiverem olhos e ouvidos espirituais serão tocados e perceberão. Nenhum esforço humano pode contribuir para isto. Essa obra é de Deus. “Não é para quem quer ou quem corre, mas para aqueles dos quais Deus se compadece. Tudo vem dele, é para ele e acontece por meio dele!”. Crer no Cristo segui-lo e servi-lo implica em sacrifício e só os que são eficazmente chamados serão também eficazmente habilitados para tal. Nadia Malta

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