O DESAFIO DE SER CRISTÃO EM NOSSO TEMPO!
“Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará”. João 12.25,26.
Os textos citados estão exatamente no contexto que fala do
episódio em que alguns gregos queriam ver Jesus. André e Filipe discípulos do
Senhor vão comunicar a ele do desejo dos gregos de vê-lo. Jesus responde de um
modo, que ao olharmos grosseiramente parece não ter entendido o recado. Na
verdade, ele entendeu e muito bem o verdadeiro intento do coração daqueles e de
tantos outros até mesmo dentre os judeus. Não é sem razão que justo aqui ele
fale tão pormenorizadamente à respeito da sua própria morte e do desafio que
teriam que enfrentar aqueles que queriam segui-lo. O texto nos leva a três
verdades: Servir e seguir andam juntos. Seguir implica em sacrifício. Servir
implica em abdicar da própria vida se for preciso. Jesus diz aqui logo nos
versículos anteriores: “Digo-lhes verdadeiramente
que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas
se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que
aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna”.
Outro dia li uma frase notável de C. S. Lewis a esse respeito: “Se
alguém procura uma religião que o deixe confortável, certamente não é o
cristianismo!”. Uma grande verdade. “As ovelhas do Senhor são marcadas nas
orelhas e nas patas, elas o ouvem e o seguem” disse o reformador Lutero, à
despeito de todo e qualquer sacrifício. Os que são de Deus querem Deus. O
cristianismo contemporâneo, no entanto, tem “vendido” uma “imagem”
absolutamente oposta. Tudo se promete em troca de adeptos: Riqueza, poder,
saúde, uma vida prazerosa. Por isso é tão difícil encontrar aqueles que
verdadeiramente queiram seguir e servir sacrificialmente. Os versículos 34-36
dizem: “Replicou-lhe, pois, a multidão:
Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser
necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?
Respondeu-lhes Jesus: Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto
tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não
sabe para onde vai. Enquanto tendes a luz, crede na luz, para que vos torneis
filhos da luz. Jesus disse estas coisas e, retirando-se, ocultou-se deles”.
Segundo alguns comentaristas aqui encerra o ministério público de Jesus, daqui
para frente ele passa a ministrar aos seus discípulos. Muitos líderes têm
apostado na ideia da postura de sucesso. Todos muito bem vestidos com suas
roupas de grife dirigindo seus carrões importados, ostentando suas joias. Até
se endividam para alcançar tais status. Uma busca frenética do prazer pelo
prazer. Uma ressurreição do hedonismo? E para convencer seus ouvintes fazem
longas orações com suas vozes cuidadosamente impostadas dentro das regras de
oratória. E até gestos cuidadosamente pensados dentro das regras de PNL
(Programação neurolinguistica).
Há uma diferença abissal entre unção e persuasão. A primeira só os
que estão cheios de Deus possuem, quanto à segunda é usada pelos caçadores de
almas sempre a postos. “Nem todo o que diz Senhor, Senhor entrará no Reino dos
céus!”. O que tudo isto nos ensina? Precisamos
anunciar o Cristo sim, em tempo e fora dele. Contudo só os que tiverem olhos e
ouvidos espirituais serão tocados e perceberão. Nenhum esforço humano pode
contribuir para isto. Essa obra é de Deus. “Não é para quem quer ou quem corre,
mas para aqueles dos quais Deus se compadece. Tudo vem dele, é para ele e
acontece por meio dele!”. Crer no Cristo segui-lo e servi-lo implica em
sacrifício e só os que são eficazmente chamados serão também eficazmente
habilitados para tal. Nadia Malta
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