QUANDO A ALMA ESTÁ PROFUNDAMENTE TRISTE!
“Levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo”. Mateus 26.37,38.
O texto traz um apelo dramático de Jesus no
meio de sua angústia mais profunda. Ele diz: “A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai
comigo”. Difícil para nós imaginarmos que estas palavras saíram dos lábios
de Jesus! Pois é, mas saíram sim! O Filho do Deus vivo, o próprio Deus
encarnado em seu tabernáculo humano experimentou as dores, as angústias e as
tristezas mais profundas à nossa semelhança. O curioso é que mesmo sendo quem
era não escondeu a sua dor e a sua tristeza. O que fazer quando a alma se
contorce e sente frio? Buscar a oração e a vigilância dos que nos são íntimos.
Por que então tentamos fazer o jogo do contente como se fôssemos super
cristãos? Se podemos dizer que somos super alguma coisa é super frágeis, vasos
de barro, quebráveis! Quando a dor nos sufoca carecemos de ombros e colos
muitas vezes! Todos nós precisamos. É terapêutico admitir isto!
Os momentos que antecederam a cruz foram
dificílimos! Ele recorreu aos discípulos mais chegados para que orassem e
vigiassem com ele, mas por três vezes os achou dormindo. Nem por uma hora
sequer puderam vigiar com Ele! Se isto foi experimentado pelo Filho de Deus, o
que se dirá de nós? Oremos então, uns pelos outros vigiemos uns com os outros nas
horas mais dramáticas de tristezas e angústias de alma! Quantas vezes nos temos
sentido assim com a alma profundamente triste até a morte e não encontramos
ninguém que possa dividir conosco a nossa dor, apenas em silêncio e orações! Os
discípulos de Jesus pareciam em seu sono inconsciente tentar fugir do
sofrimento que seu Mestre estava às portas de experimentar! É tão difícil
dividir dores! O Senhor me tem concedido o privilégio de encontrar bons colos e
bons ombros! Louvado seja o seu Nome!
O que aprendemos aqui? A Palavra nos ordena
a carregar as cargas uns dos outros! Carreguemos! As lutas dos últimos tempos
têm sido intensas para todos nós indiscriminadamente. O sofrimento é
democrático e não escolhe raça, status, credo, ou gênero. Todos são alcançados
por ele numa medida ou outra. Estendamos as mãos para socorrer. Consolemos com
a consolação com a qual temos sido consolados!
Curvemos os joelhos para orar sem esmorecer. Abramos os olhos para
vigiar até que passem as calamidades, sim, porque elas passam! Tudo tem prazo
de validade até o próprio sofrimento! Oremos e vigiemos sem cessar uns pelos
outros! Nadia Malta
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