O PODER LIBERTADOR DO PERDÃO!
“Quando
os outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram
muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido.
"Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua
dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu
conservo como eu tive de você?”. Mateus 18.31-33.
O contexto todo no qual estes versículos
estão inseridos trata da parábola do credor incompassivo. Um sujeito que teve
uma grande e impagável dívida perdoada pelo seu senhor, mas na hora de perdoar
um conservo seu que lhe devia infinitamente menos, se recusou a fazê-lo. A
parábola trata do perdão de Deus dado a nós mesmo sem que haja merecimento da
nossa parte. Recebemos perdão para nos tornarmos perdoadores! O texto nos traz
pelo menos duas verdades das quais não podemos nos afastar: Fomos perdoados
para perdoar; Quando não perdoamos ficamos à mercê de verdugos que nos fustigam
até que paguemos toda a nossa dívida. O perdão faz muito mais bem ao que perdoa
do que ao foi perdoado. A ação terapêutica e libertadora do perdão é
absolutamente perceptível assim como os efeitos devastadores na vida dos que
negam o seu perdão. Conheço vidas miseravelmente infelizes por esta causa. São
mentes aprisionadas pela ação de verdugos tanto emocionais, quanto espirituais.
A mágoa pela ofensa recebida, o ódio e o ressentimento se tornam algozes
implacáveis daqueles que retêm o perdão.
Conta-se que certa mulher teve uma decepção
muito grande com aquele que seria seu marido e acabou casando por vingança.
Durante os anos vividos todos os dias a mágoa foi lançada em rosto por ela com
palavras ferinas e acusatórias. Os anos de casamento mesmo tendo gerado filhos,
esses filhos foram gerados pelo ódio e o ressentimento. Havia por parte dela um
bordão: “Não o perdôo nem na hora da minha morte!”. E ainda outro: “Quem fizer
comigo faça bem feito, pois não perdôo jamais!”. Os anos se passaram e a
velhice alcançou aquele casal. Veio a enfermidade que acabou dando cabo da vida
daquele marido depois de um encontro restaurador com o Cristo vivo. Aquela
esposa carregada de ressentimento ficou sempre remoendo a sua desdita. Perdeu o
tempo precioso da sua existência. Voltando ao texto diz o Senhor: “Irado, seu senhor entregou-o aos
torturadores, até que pagasse tudo o que devia. "Assim também lhes fará
meu Pai celestial, se cada um de vocês não perdoar de coração a seu irmão".
A mulher da nossa história passou a vida
entregue aos torturadores que a torturaram de todas as maneiras. Viveu muitas
perdas. Passou por inúmeros desertos e vales áridos. Conviveu com o ódio entre
os filhos. Sempre enredada nas teias da ofensa recebida que ela tratou de
perpetuar! Finalmente foi alcançada pelo ladrão de almas (o mal de Alzheimer) o
ultimo dos verdugos. Como Deus é extremamente misericordioso a alcançou
dando-lhe a chance de se arrepender e zerar a sua história. Finalmente no
apagar das luzes da vida terrena teve sua vida perdoada. Liberou o perdão e foi
levada para casa do Pai Celestial. Perdoemos enquanto há tempo, antes que
cheguem os torturadores! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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