CLAMEMOS POR ÂNIMO E
FORTALECIMENTO!
“Que o próprio Senhor Jesus Cristo e Deus nosso Pai, que nos amou e nos
deu eterna consolação e boa esperança pela graça, dê ânimo aos seus corações e
os fortaleça para fazerem sempre o bem, tanto em atos como em palavras”. 2
Tessalonicenses 2.16,17.
Esta epístola foi
enviada pelo apóstolo para corrigir um ensino errôneo de que as tribulações que
aqueles irmãos estavam experimentando eram já as tribulações referentes ou que
antecederiam o Dia do Senhor. Este ensino fora disseminado como tendo vindo
supostamente de Paulo. Fato comum naqueles dias. O apóstolo trata imediatamente
de desfazer o engano e encorajar aqueles irmãos que também haviam passado por
perdas de entes queridos. Os versículos mencionados no inicio trazem um duplo
pedido na oração do apóstolo por aqueles irmãos: Primeiro: Que o Senhor dê
ânimo aos corações. Precisamos de ânimo para seguir em frente mesmo apesar
das dificuldades que não são poucas. Encontramos várias exortações do Senhor
para encorajar seu povo a seguir em frente. Por meio do salmista ele diz: “Espere no Senhor. Seja forte! Coragem!
Espere no Senhor”. Salmos 27.14. Quando as nossas orações, quanto ao que
necessitamos aparentemente demoram em ser atendidas é hora de nos aquietarmos e
esperar as infinitas possibilidades de Deus. A resposta está à caminho. Segundo:
Que os fortaleça para fazer o bem tanto em atos como em palavras. A Palavra
também nos exorta a buscar fortalecimento em Deus. Por meio do apóstolo Paulo
ouvimos: “Fortalecei-vos no Senhor e na
força do seu poder” Ef.6.10. É quando agimos no meio das nossas debilidades
fazendo o bem tanto em atos quanto em palavras, que a glória de Deus é
avultada. Nesses momentos temos a nítida consciência que a honra e a glória são
exclusivamente dele e não nossa.
Como estamos necessitados dessa bendita
dádiva do ânimo e do fortalecimento vindos do Senhor para fazer sempre o bem, tanto em atos como em palavras! Aliás,
atos e palavras não podem ser dissociados! Ortodoxia e ortopraxia. Discurso e
prática andam juntos. Nesses dias ouvi uma dessas histórias tristes de
tentativas de “se dar bem”, de se tirar vantagem à custa do outro. Prática, que
tem extrapolado as fronteiras da política e encontrado adeptos em todas as
áreas da sociedade, na verdade a inclinação para este tipo de coisa está
arraigada e tem a origem na própria natureza caída do homem. Podemos pensar:
Mas isso é tão comum, qual a surpresa, então? A surpresa é quando as pessoas em
questão são cristãs, ou pelo menos, ditas cristãs. Como é difícil e triste a sensação de não
poder confiar em ninguém, ou quase ninguém! Claro que há raras e honrosas
exceções! Nesses dias pude ver a tristeza nos olhos de uma amada irmã por ter
sido vitima de uma dessas ações inescrupulosas por parte de um suposto irmão na
fé, ministro de louvor de sua comunidade eclesiástica. Certamente considerado
ali “uma bênção”, mas que foi instrumento do maligno para tentar obter um lucro
ilícito à custa daquela querida! Que o ânimo e o fortalecimento do Senhor
inundem o coração daquela irmã e de tantos outros que são vitimados por
espertalhões sempre apostos! Em tempos de ‘“selfies”, fazer com uma mão sem que
a outra veja é quase impossível. Há uma
verdadeira compulsão para se registrar tudo! E as boas ações realizadas no
anonimato para a glória exclusiva de Deus, estão quase extintas. E parece que é
exatamente nessas horas quando as pessoas ao imaginarem que não estão sendo
vistas e nunca serão descobertas que aplicam seus “golpes” pra usar uma palavra
da moda. Triste demais! Esses esquecem que somos observados por homens e por
anjos. Anjos eleitos e caídos e esses últimos estão sempre à espreita
aguardando uma oportunidade dada por nós para calcar nossos pontos de
vulnerabilidade.
O que aprendemos aqui? O mesmo desejo que
estava no coração do apóstolo Paulo pelos irmãos de Tessalônica deve estar em
nós continuamente. Aqueles irmãos precisavam de consolação por causa, tanto das
mentiras de ensinos forjados, quanto por causa da perda de entes queridos. Precisavam
ter seus ânimos renovados e de fortalecimento para seguir adiante. Nós
precisamos do mesmo ânimo e do fortalecimento para seguir a jornada apesar das
muitas perdas como a morte da confiança, do zelo, do caráter em nosso meio e,
sobretudo, o que é mais trágico, a morte do temor do Senhor! Quando essas
coisas acontecem lá fora dói, mas é compreensível, mas quando os protagonistas
são aqueles aos quais chamamos de irmãos, aí é trágico e haja graça sobre
graça, viu! Que possamos despertar do sono antes que seja tarde! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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