CELEBREMOS A
PÁSCOA! CELEBREMOS A LIBERDADE!
“Tomarão
do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que
o comerem; naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e
ervas amargas a comerão. O sangue vos
será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei
por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do
Egito. Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR;
nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo”. Êxodo 12.7,8 ,
13,14.
No Antigo
Testamento a Páscoa fala de libertação do povo de Israel de um cativeiro de 430
anos no Egito. Este capítulo 12 narra o episódio com uma riqueza enorme de detalhes.
Já no Novo Testamento, a Páscoa se refere à morte e ressurreição de Cristo, o
Cordeiro de Deus imolado de forma vicária (substitutiva) por cada um de nós. As
duas dispensações falam de passagem. A própria palavra Páscoa significa
passagem. Passagem da morte para a vida. Do cativeiro para a liberdade. Deus
preserva o seu povo da morte através do sangue do cordeiro, no passado e no
presente. Os que estão debaixo do sangue de Cristo foram livrados da morte
eterna e já foram transportados do reino das trevas para o Reino do Filho do
amor de Deus: Remidos e redimidos. O cordeiro imolado no passado foi servido
com ervas amargas. Há uma tentativa humanista de adocicar aquela refeição do
passado com ovos de chocolate. A morte do cordeiro na Páscoa judaica, apontava
para a morte cruenta do Cristo, o Cordeiro de Deus imolado. Apesar das gerações
tentarem ao longo dos anos secularizar e banalizar o real sentido da Páscoa com
as suas distrações e tradições, o real sentido da Páscoa resiste. Páscoa é libertação
do cativeiro e da morte! Essa resistência cabe a nós. Banalizar a Páscoa,
passagem da morte para a vida, maquiando-a ou mesclando-a com a tradição e a
cultura dos homens é ferir a verdade central do Cristianismo.
Tiramos da
Páscoa do passado três princípios que se aplicam à Páscoa do presente, para a qual
aquela primeira apontava. Primeiro Princípio: Só os que estavam sob a
proteção do sangue do cordeiro morto foram salvos da morte. Foi assim no
passado, é assim hoje. Ao povo de Deus no Egito foi ordenado pelo Senhor que
cada família se reunisse e matasse um cordeiro sem defeito para que com o seu
sangue aspergisse as ombreiras e vergas das portas. O sangue aspergido seria o
sinal. Onde houvesse a marca do sangue o primogênito estaria a salvo. Todos os
primogênitos do Egito morreram naquela noite, exceto os que estavam sob a
cobertura do sangue do cordeiro. O cordeiro do passado apontava para o Cristo
não podemos perder isto de vista em nenhum momento. Hoje, os que estão debaixo
da cobertura do sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,
fazem parte da igreja dos primogênitos arrolada nos céus diz o autor de Hebreus.
Estes foram livrados da morte eterna e já passaram da morte para a vida. O
sangue de Jesus derramado e aspergido sobre a casa espiritual de todo aquele
que nele crê, fará com que ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Através
desse sangue remidor somos justificados, redimidos, resgatados do poder do
adversário, temos os nossos pecados perdoados apagados fomos reconciliados com
Deus e passamos a fazer parte de sua família. A consciência do poder desse
sangue nos confere vida e vida em abundancia.
Segundo
Princípio: Os que foram salvos da morte pelo sangue do cordeiro precisaram se
alimentar dele. Foi assim no passado é assim hoje. A Refeição
memorial do passado apontava para o futuro. O versículo 11 diz: “Ao comerem, estejam prontos para sair: cinto
no lugar, sandálias nos pés e cajado na mão. Comam apressadamente. Esta é a
Páscoa do Senhor”. A mesma atitude de prontidão do passado deve ser mantida
hoje, somos peregrinos e forasteiros nesta terra e aguardamos a vinda do Senhor
que é certa e repentina. O povo de Israel comeu aquela refeição para se
fortalecer para a longa caminhada que fariam. Assim como nós que somos salvos
da morte eterna pelo sangue de Jesus Cristo, precisamos nos alimentar dele como
o Pão Vivo que desceu do céu para sermos fortalecidos espiritualmente para a
nossa jornada neste mundo. A Páscoa judaica foi substituída pela Ceia do Senhor
ou Eucaristia. Os dois sacramentos do passado: Circuncisão e Páscoa. Só
participava do segundo quem passasse pelo primeiro. Sacramentos substituídos no
presente pelo Batismo e Ceia do Senhor. De igual modo só podem participar do
segundo quem passou pelo primeiro. Na Ceia o pão simboliza o corpo de Cristo e
o vinho o seu sangue. Também, é uma
refeição memorial que nos faz lembrar a morte do Senhor até que ele venha. Terceiro
Princípio: Os que participaram daquela refeição memorial precisavam lançar fora
todo o fermento que houvesse dentro de suas casas. Foi assim no passado é
assim hoje. Durante a celebração da páscoa judaica, o povo de Deus não podia
ter em casa nenhum tipo de fermento. Em I Co 5. 7,8 o apóstolo Paulo ordena: “Lançai fora o velho fermento, para que
sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Por isso, celebremos a
festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e
sim com os asmos da sinceridade e da verdade”. Por isso mesmo antes de
participarmos da Ceia do Senhor devemos nos examinar a nós mesmos. Não podemos
participar indignamente da Ceia sem discernir o Corpo de Cristo simbolizado
através dos elementos (Pão e Vinho). O que aprendemos aqui? Tudo no passado apontava para o futuro, mais
precisamente para a pessoa do Cristo. Fomos
livrados da morte eterna porque o Cordeiro Jesus foi morto em nosso lugar. Páscoa
é a grande celebração da liberdade! Estamos livres dessa morte porque estamos
debaixo da cobertura do sangue do Cordeiro. Que possamos ter consciência da
ação salvadora do sangue que está sobre nós. Uma vez livrados da morte eterna pelo sangue do Cordeiro, precisamos nos
alimentar da sua carne para que sejamos nutridos espiritualmente e consigamos
completar a nossa jornada como peregrinos e forasteiros nesta terra. Cristo
ressuscitou, está vivo e virá nos buscar. Ele é o penhor, a garantia da nossa
ressurreição! Mantenhamos firmes a confissão dessa esperança! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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