O DESAFIO DE CRER QUANDO NÃO TEM MAIS JEITO!
“Enquanto
Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas da casa de Jairo, o
dirigente da sinagoga. "Sua filha morreu", disseram eles. "Não
precisa mais incomodar o mestre”! Não fazendo caso do que eles disseram, Jesus
disse ao dirigente da sinagoga: "Não tenha medo; tão-somente creia".
Marcos 5.35,36.
Já reparou que a estrada da confiança
absoluta parece nos levar às ultimas conseqüências ou até que se esgotem todas
as possibilidades humanas? Pois é, parece que esse fato faz parte de um
sofisticado treinamento do Mestre dos Mestres. Tenho pensado muito a esse
respeito! Lembrei-me agora de um irmão que costuma dizer: O cerco está se
fechando ou ainda: o estreito está cada vez mais estreito! É exatamente quando
cessam as possibilidades humanas que começam as infinitas possibilidades de
Deus! Somos desafiados a crer mesmo quando não tem mais jeito!
Por que será que o Senhor nos deixa chegar à
última fronteira do suportar? Tenho a impressão que essa resposta está em nós
não nele. Ele conhece o nosso coração e sabe o que precisa ser tratado ou o que
precisamos descobrir acerca de nós mesmos. São tantos medos, tantas agonias! A
ansiedade muitas vezes nos toma de assalto e o desejo dele é tratar essas
inclinações que nos têm adoecido. Por mais fé que tenhamos ainda perdemos o
sono, nos angustiamos e nos sentimos impotentes diante das situações. O que nos
faz sentir assim é o desejo de ter tudo sob o nosso controle. Esquecemo-nos de
que o controle é unicamente dele e não nosso. E disso ele não abre mão!
Aqui é confiar ou confiar, não há outra
opção. Chegamos ao relato do texto citado. Todos nós conhecemos bem essa
passagem. E não há quem não se coloque no lugar daquele chefe da Sinagoga. A situação
é desesperadora e urgentíssima: Sua filha de 12 anos estava à morte. E ele vai
em busca de socorro, acontece que no caminho surge outra situação, emergencial:
Uma mulher que padecia de uma hemorragia há 12 anos. Essa mulher “fura a fila”
e toca na orla da veste de Jesus. Ela não espera e age. Em sua fé ousada ela
imagina: Se ao menos eu tocar na orla de sua veste serei curada! E agora?
Urgência e emergência se encontram! Qual atender primeiro? Creio que qualquer
um de nós atenderia a urgência. A emergência era crítica, mas poderia esperar.
Contudo, Jesus conhecia a agonia daquela mulher considerada impura no meio de
uma sociedade cheia de regras cerimoniais. Ele não podia deixar que aquele
sofrimento se prolongasse mais. Ele aproveita a ocasião para ensinar a lição
mais preciosa ao aflito Jairo. Ele atende primeiro a mulher! Jesus honra a fé
que age e cura aquela mulher!
E quanto a Jairo? Imaginamos o seu coração
diante da sua urgência. Ele parece quieto, pelo menos aparentemente. É quando
chegam mensageiros de sua casa com a pior das noticias: Não incomodes mais o
mestre, a tua filha morreu! Misericórdia! Olhar de Jesus cruza o de Jairo e
traz a palavra mais alentadora: “Não
tenha medo; tão-somente creia". O grande desafio de continuar crendo
mesmo quando se chega ao fim da linha, pois não há impossíveis para Deus! Jesus
honra a fé que espera e ressuscita a menina! Que o Senhor nos dê graça,
sabedoria e discernimento para agir ou esperar quando for necessário! Nadia
Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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