ESTÁ TUDO BEM COM VOCÊ?
“Assim ela partiu para encontrar-se com o homem de Deus no monte
Carmelo. Quando ele a viu a distância, disse a seu servo Geazi: "Olhe! É a
sunamita! Corra ao encontro dela e lhe pergunte: ‘Está tudo bem com você? Tudo
bem com seu marido? E com seu filho? ’ " Ela respondeu a Geazi: "Está
tudo bem". Ao encontrar o homem de Deus no monte, ela se abraçou aos seus
pés. Geazi veio para afastá-la, mas o homem de Deus lhe disse: "Deixe-a em
paz! Ela está muito angustiada, mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim
a razão de sua angústia". 2 Reis 4.25-27.
Este relato é um daqueles que faz o nosso
coração aquecer. Gosto particularmente da postura dessa mulher. Poderia se
dizer sobre ela que é alguém de uma objetividade que impressiona! Do que
adianta falar com os outros acerca da nossa dor? Essa mulher mesmo sendo uma
estrangeira sempre hospedava o profeta Eliseu e reconhecia nele um santo homem
de Deus. Certa ocasião combinou com seu
marido e fez em sua casa um quarto para o profeta ali ela colocou uma cama, uma
mesa, uma cadeira e uma lamparina. Sempre que o profeta passava por ali se
hospedava no lugar feito especialmente para ele.
Aquela mulher não lhe pedira nada em troca.
Mas sabendo que ela não tinha filhos sendo o seu esposo já idoso e em gratidão
ele profetiza-lhe um filho. Quando esse filho já estava crescido, o texto não
informa a idade, ele indo ter com seu pai no campo passa mal e o pai o manda
entregar a sua mãe, que o deita na cama do homem de Deus. O menino morre e ela
vai de maneira resoluta buscar a ajuda do profeta Eliseu. No intimo ela sabia
que só o Senhor poderia lhe devolver o filho com vida. Ao avistá-la de longe
Eliseu lhe envia seu moço ao encontro. É quando se dá o diálogo mais significativo
do relato.
Eliseu manda que Geazi pergunte a sunamita:
“‘Está tudo bem com você? Tudo bem com
seu marido? E com seu filho”? Ao que
a mulher responde: “Está tudo bem".
Logo aqui aprendemos com essa corajosa mulher que de nada adianta sair contando
as nossas angustias aos que estão à nossa volta. Só o Senhor pode nos socorrer
em nossas vias dolorosas. Só ele pode enxergar a dor que dói em nosso coração
de maneira singular. Só ele pode perceber o que dizemos com os olhos, pois há
dores que não cabem nas palavras. A dor daquela mulher era assim. Ela não
queria divulgação, ela queria consolação e socorro! Tem outro fato que não podemos deixar de perceber aqui e é revelado pela fala do profeta ao seu moço. diz ele: "Deixe-a em paz! Ela está muito angustiada, mas o Senhor nada me revelou e escondeu de mim a razão de sua angústia". Por que o Senhor encobriu do profeta a angustia da sunamita? Creio que foi para que o ciclo da fé daquela mulher se completasse! Ela precisava daquela experiencia! O profeta teve sensibilidade para perceber.
Jesus nos diz algo a esse respeito que nos
faz parar para pensar: “Quando orares,
entra no teu quarto; fecha a porta e fala ao teu pai que vê em secreto e o teu
pai que vê em secreto te recompensará”. Assim, conte apenas para Deus a sua
angustia! Claro que aqui não se trata das orações congregacionais ou mesmo
daquelas feitas em nossas reuniões de oração. O Senhor ensina aqui o tipo de
oração pessoal, íntima. São aqueles momentos que precisamos nos derramar na
presença de Deus com os nossos corações quebrantados. O que separa a
curiosidade da solidariedade genuína é um fio tênue. Não conte a sua vida para
todos. Antes ao sermos indagados que possamos dizer: Está tudo bem! Até porque
tudo que está nas mãos do Senhor está bem guardado, ainda que aos olhos humanos
pareça um caso perdido. Conte para Deus e ele entrará com a providencia
necessária! A fé da sunamita focada em Deus teve seu filho ressurreto! Assim,
será com cada um de nós. Ninguém que o busca em verdade voltará de mãos vazias!
Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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