RAÍZES E ASAS NÃO SÃO INCOMPATÍVEIS!
“Aqueles que esperam no Senhor renovam as
suas forças. Voam bem alto como águias; correm e não ficam exaustos, andam e
não se cansam. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende
as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as
suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará
de dar fruto.” Isaías 40.31; Jeremias 17.8.
Creio
demais na afirmação que dá título a esta breve meditação! Li outro dia algo que
dizia mais ou menos assim: “Uns nascem com asas outros com raízes”, mas ainda
acho que elas não são incompatíveis! Aqueles que não conhecem ou reconhecem o
real valor de suas raízes jamais saberão alçar voos seguros. As raízes falam do
que somos na essência, as próprias águias têm suas “raízes” em sua natureza
para alçar grandes voos. Elas além de conseguirem voar acima das tempestades
têm os olhos no alto da cabeça o que possibilita uma visão de 180 graus.
O
curioso aqui é que os que são do Senhor, que confiam e esperam nele são
comparados à águia e também àquela árvore forte (carvalho de justiça) plantada
junto às correntes das águas. Pode soar estranho àqueles que acham que asas e
raízes são incompatíveis. Isaías, o príncipe dos profetas traz a visão analógica
da águia em relação à nós. Quando esperamos em Deus temos as nossas forças sempre
e cada vez mais renovadas, apesar de todos os reveses. Ele tem para nós altos
voos! Ele nos faz enxergá-lo alem do véu denso das tempestades. Correremos e
não ficaremos exaustos. Andaremos e não nos cansaremos. Creio mesmo que o andar
e o correr precedem o voo!
Entra,
então Jeremias, o profeta chorão em seu falar testemunhal, às vezes até
lacrimoso e se refere àquele que confia no Senhor. Assim diz o profeta: “Ele será como uma árvore plantada junto às
águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar
o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano
da seca nem deixará de dar fruto”. Os que têm suas raízes plantadas no
coração de Deus jamais deixarão de frutificar, não perdem o viço mesmo em tempo
de sequidão. Suas raízes não os impedem de voar! Assim, “os dois maiores
presentes que podemos dar aos filhos são raízes e asas”, como disse o jornalista
e pensador americano Hodding Carter. Voar sem a consciência radical do que
somos e cremos pode ser trágico sob todos os aspectos! Um voo sem raiz é
Kamikase, suicida. Quem voa precisa ter destino, propósito e lugar para voltar.
A águia empreende altos e longos voos, mas sempre volta aos seus ninhos nos
altos penhascos! Só volta quem tem raízes profundas e firmes.
Tenho
pensado muito nos meus filhos, minhas “águias” que são também vigorosos “carvalhos
de justiça” plantados pelo Senhor para a sua glória! Ambos têm alçado grandes
voos, mas eles têm ninho para voltar! Há raízes de sustentação na fé uma vez
partilhada e testemunhada desde a infância. Há raízes na integridade dos
valores recebidos! Até mesmo na ancestralidade que dá origem e não nos deixa perder
de vista quem somos! Voem meus filhos, adubem suas raízes e mas não esqueçam de voltar ao ninho! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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