SEJAMOS ESSAS CARTAS VIVAS!
“Vocês demonstram que
são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita não com tinta,
mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de
corações humanos. Tal é a confiança que temos diante de Deus, por meio
de Cristo. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da
letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica”. 2 Coríntios
3:3,4,6.
No
contexto aqui o apóstolo fala com muita profundidade sobre a excelência do
Ministério da Nova Aliança. No passado havia um véu que separava os fiéis do
Santo dos Santos. Aquele véu foi removido em Cristo por meio do seu sacrifício único
perfeito e suficiente. Na hora da
crucificação o véu do santuário foi rasgado de alto abaixo. A obra estava
consumada! Justificados, pois, por meio de Jesus temos agora paz com Deus, diz
o apóstolo Paulo falando aos romanos. Fomos reconciliados com Ele! Todo o que crê
em Cristo tem livre acesso à presença do Pai, por meio dele. Ele o Mediador da
Nova e Eterna Aliança. A lei antiga era escrita em tábuas de pedra, a Nova Lei
é escrita na carne dos corações. O coração, como sinônimo de mente é a fonte de
conhecimento, emoções, pensamentos e ações. Assim, Paulo explica aos seus
leitores em Corinto que a partir de Cristo, eles eram cartas vivas do Senhor.
Parando
um pouco para meditar no propósito de uma carta. Para que serve uma carta? Para
comunicar algo, claro! Só que a carta referida aqui é algo vivo. Não um escrito
empoeirado e guardado debaixo do zelo cego de quem o guarda sem discernimento. Algo
assim não pode salvar ninguém. Por isso a afirmação paulina aqui: “Pois a letra mata, mas
o Espírito vivifica”. Palavra e poder
andam juntos! A letra da lei sem o Espírito torna as pessoas estéreis. A
pretensa “presença” do Espírito sem o conhecimento da Palavra torna as pessoas
histéricas. Digo pretensa, pois muito desequilíbrio emocional tem sido inconsequentemente
atribuído ao Santo Espírito, que por sua santidade jamais protagonizaria tais
doidices histéricas!
Alguns costumam interpretar
à sua maneira o versículo dezessete deste mesmo capítulo que diz: “Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o
Espírito do Senhor, ali há liberdade”. Essas interpretações espúrias servem
para justificar as gritarias, arrepios, pulos quedas e outras reações
apelativas. Liberdade aqui aponta para a libertação do legalismo e a ação livre
do Espírito no coração do fiel lhe ensinado a Lei do Senhor e lhe dando ousadia
para anunciar o Cristo como uma Carta Viva e fiel. Pois a lei agora está escrita
na carne do seu coração.
Temos a confiança em
Deus por meio do Cristo que somos verdadeiramente essas cartas vivas, assim como
o apóstolo, também fomos chamados para sermos ministros de uma Nova Aliança “não da letra, mas do Espírito”. Todo
aquele que foi alcançado pela graça salvadora, recebeu também este
comissionamento. Também somos comparados ao sal, à luz e ao perfume. Assim,
carta, luz, sal e perfume precisam cumprir o seu papel. Essas figuras
ilustrativas se autoanunciam, pois são autorreferentes! E quanto a nós? Cada um
de nós examine-se a si mesmo e cumpra o seu chamado! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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