E HAJA TEMPESTADES!
“Soprava um
vento forte, e as águas estavam agitadas. Depois de terem remado cerca de cinco
ou seis quilômetros, viram Jesus aproximando-se do barco, andando sobre o mar,
e ficaram aterrorizados. Mas ele lhes disse: "Sou eu! Não tenham medo!". João 6.18-20.
Esta não foi a única vez que Jesus apelou para a Pedagogia da
Tempestade. Aliás, este método tem sido usado pelos séculos dos séculos. Cada
um dos três evangelistas que narra o episódio traz um detalhe específico. É
interessante ler os relatos completos de Mateus, Marcos e João para que tenhamos
uma ideia do ensino que Jesus desejava ministrar.
Temos sido assolados com rijos ventos e grandes ondas. Temos a
exata impressão que iremos submergir tragados pela voragem do mar de aflições
pelo qual temos passado. Sem falar que muitas vezes confundimos o Senhor com
fantasmas. Para onde nos viramos encontramos cristãos gemendo pela natureza das
tribulações experimentadas. São enfermidades graves, não diagnosticadas pela
medicina dos homens. São perdas de todo tipo. A lista na verdade é imensa e já
falamos sobre isto em textos passados.
No momento gostaria de me reportar aos ensinos de Cristo usando
essa metodologia tão dolorosa. Mateus diz no seu relato que foi o próprio Jesus
que compeliu seus discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro
lado, enquanto Ele ficava sozinho para orar. Na verdade o Senhor os enviou para
o centro da tempestade. O teor daquela oração de Jesus não se sabe, mas será
que não estaria ele clamando pelos seus discípulos para que fossem aprovados
naquela dura lição? O próprio Senhor vai ter com eles no meio da madrugada e é
confundido com um fantasma. Pedro em sua impetuosidade desafia o Senhor
dizendo: “Se és tu mesmo, manda que eu vá
ter contigo por sobre as águas” e Jesus disse: “Vem!”. Contudo Pedro se
assusta com a força do vento e começa a submergir. Jesus o acode, mas repreende
a sua dúvida. E não tem sido assim conosco? Somos tão parecidos com Pedro!
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