VERDADEIRAMENTE SOMOS LIVRES!
Rm. 8.1-11
Objetivo: Levar os ouvintes que já foram alcançados pela graça salvadora a experimentarem a vida abundante.
Ideia Central do Texto (ICT):
A maior ênfase deste contexto é a ação do Espírito Santo na vida dos que foram alcançados pela graça salvadora, gerando uma vida de plenitude. Como diz o Dr. Shedd em seu comentário desse texto: “Condenação aqui não é simplesmente o contrário de justificação, mas a plena certeza de que não estamos mais sujeitos à servidão penal!”.
A epístola aos romanos é considerada pelos estudiosos como o mais bem fundamentado compendio de teologia bíblica. E este contexto particularmente tem sido chamado de “A grande declaração de liberdade do cristão!”.
Introdução:
A grande pergunta aqui é: Para onde temos nos inclinado? Para a carne ou para o Espírito. Somos livres sim para fazer a vontade do Pai celestial. Não estamos dizendo com isso que o cristão é impecável, muito pelo contrário, a própria Bíblia está repleta de servos de Deus que pecaram feio, mas constrangidos se arrependeram e voltaram para o Pai em legitimo quebrantamento.
Em Gálatas 5.1, 13 o apóstolo Paulo diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois firmes e não vos submetais, de novo a jugo de escravidão. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”.
O QUE NOS É REVELADO POR PAULO NESTE TEXTO?
- Não há mais condenação para os regenerados – v.1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
- Note que o texto não diz: nenhum erro, nenhum fracasso, nenhum pecado. Muitos servos do passado erraram, fracassaram e pecaram, mais ainda assim não foram condenados, embora receberam na carne as conseqüências de suas atitudes pecaminosas. O erro, fracasso ou pecado na vida do cristão é puramente acidental, ele não vive na prática do pecado deliberadamente. O falso crente, no entanto, apesar de ter uma capa exterior de piedade, vive na prática do pecado. O que ele faz em oculto, o só referir é vergonha. Condenação é sentença que leva à morte eterna. A lei condena, mas o cristão tem uma nova relação com a Lei. Pelo Espírito Santo somos libertados do poder e da penalidade do pecado, porém ainda não de sua presença. Por isso a atitude de vigilância da nossa parte deve ser constante.
- Há uma nova lei em vigência e estamos debaixo de sua jurisdição – v.2: “Porque a Lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
- Em João 8:36 Jesus afirma: “Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres”. Fomos livrados pelo sacrifício de Cristo na cruz do Calvário da lei do pecado e da morte. O que dizia essa lei? A alma que pecar essa morrerá, porque o salário do pecado é a morte. A penalidade foi aplicada substitutivamente por meio de Cristo. Assim, fomos crucificados com Cristo e livrados da penalidade e do poder do pecado. E agora ressuscitados com Ele andamos em novidade de vida! A Lei de Deus não mudou! Mas vestiu-se de uma nova roupagem. A mesma lei do pecado e da morte para os não salvos transformou-se na Lei do Espírito da vida para os salvos (os que estão em Cristo Jesus). Paulo diz em Gálatas 2:19 “Pois, por meio da lei eu morri para a lei, a fim de viver para Deus”. Passamos para uma esfera de vida completamente distinta, ou seja, aquele esforço humano, puramente carnal para não pecar era inútil. Foi preciso que a graça de Deus encarnada (Jesus) nos regenerasse, para recebermos poder para resistir ao pecado nas diversas formas que ele se apresenta.
- Antes de Cristo, além da lei não poder salvar ainda condenava – v.s 3-4: “Porquanto, o que fora impossível à lei no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
- O sacrifício de Cristo na cruz do calvário de forma vicária (substitutiva) fez que morrêssemos condenados pela lei e nele ressuscitássemos para andar em novidade de vida. Só através da nova vida em cristo fomos capacitados a obedecer os preceitos de Deus de forma suave. Jesus sofreu os rigores da lei, no que tange à condenação, para que nele tivéssemos liberdade e vida abundante. Como assim? Paulo explica em 2 Coríntios 5:21: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”. E ainda em Gálatas 3.13 diz: “Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro".
- Há os que se inclinam para a carne e os que se inclinam para o Espírito VS. 5-11: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é: inimizade contra Deus, pois não está sujeito á Lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
- A inclinação da carne dá para a morte e a do Espírito para vida e paz. Não existe território neutro, ou estamos na esfera da carne ou na esfera do Espírito. O que Paulo quer nos dizer aqui? Morte aqui significa não só a morte literal, mas toda ausência de vida em todas as áreas da existência humana: física, financeira, relacional, emocional e espiritual. Por exemplo: Como podemos ter saúde física se nos inclinamos a manter hábitos que agridem o santuário de Deus? Como podemos ter uma vida financeira saudável se mesmo sendo dizimistas fieis, nos inclinamos a nos endividar gastando mais do que ganhamos? Como podemos ter relacionamentos saudáveis se nos inclinamos à intolerância? Como podemos ter uma vida emocional equilibrada se não cultivamos o fruto do Espírito? Como podemos ter uma vida espiritual cheia de plenitude se temos perdido o temor do Senhor? Essas são algumas das inclinações da carne que têm levado morte às vidas de muitos crentes. Agora, quando nos inclinamos para ouvir e obedecer à voz suave do Espírito Santo, o resultado é vida e paz! Ainda há tempo de nos arrependermos e voltarmos à prática das primeiras obras.
CONCLUSÃO: Deixo algumas reflexões do texto:
- Não há mais nenhuma condenação para nós que estamos em Cristo. Jesus pagou o preço para a nossa redenção. Estamos livres e habilitados para andar em novidade de vida.
- Estamos livres da lei do pecado e da morte. A nossa liberdade, no entanto, não é licença para pecar.
- Só através da nova vida em Cristo fomos capacitados a obedecer aos preceitos de Deus de forma suave.
- Uma vez regenerados fomos capacitados a domar a nossa carne para que ela se incline para o Espírito e experimente vida e paz.
- Não há mais nenhuma condenação para nós que estamos em Cristo. Jesus pagou o preço para a nossa redenção. Estamos livres e habilitados para andar em novidade de vida.
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 29.01.14 – www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário