quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sermão/Pra. Nadia Malta/VERDADEIRAMENTE SOMOS LIVRES!

VERDADEIRAMENTE SOMOS LIVRES!
Rm. 8.1-11


Objetivo: Levar os ouvintes que já foram alcançados pela graça salvadora a experimentarem a vida abundante.

Ideia Central do Texto (ICT):
A maior ênfase deste contexto é a ação do Espírito Santo na vida dos que foram alcançados pela graça salvadora, gerando uma vida de plenitude. Como diz o Dr. Shedd em seu comentário desse texto: “Condenação aqui não é simplesmente o contrário de justificação, mas a plena certeza de que não estamos mais sujeitos à servidão penal!”.

A epístola aos romanos é considerada pelos estudiosos como o mais bem fundamentado compendio de teologia bíblica. E este contexto particularmente tem sido chamado de “A grande declaração de liberdade do cristão!”.

Introdução:
A grande pergunta aqui é: Para onde temos nos inclinado?  Para a carne ou para o Espírito. Somos livres sim para fazer a vontade do Pai celestial. Não estamos dizendo com isso que o cristão é impecável, muito pelo contrário, a própria Bíblia está repleta de servos de Deus que pecaram feio, mas constrangidos se arrependeram e voltaram para o Pai em legitimo quebrantamento.

Em Gálatas 5.1, 13 o apóstolo Paulo diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois firmes e não vos submetais, de novo a jugo de escravidão. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”.

O QUE NOS É REVELADO POR PAULO NESTE TEXTO?
  1. Não há mais condenação para os regenerados – v.1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
  • Note que o texto não diz: nenhum erro, nenhum fracasso, nenhum pecado. Muitos servos do passado erraram, fracassaram e pecaram, mais ainda assim não foram condenados, embora receberam na carne as conseqüências de suas atitudes pecaminosas. O erro, fracasso ou pecado na vida do cristão é puramente acidental, ele não vive na prática do pecado deliberadamente. O falso crente, no entanto, apesar de ter uma capa exterior de piedade, vive na prática do pecado. O que ele faz em oculto, o só referir é vergonha. Condenação é sentença que leva à morte eterna. A lei condena, mas o cristão tem uma nova relação com a Lei. Pelo Espírito Santo somos libertados do poder e da penalidade do pecado, porém ainda não de sua presença. Por isso a atitude de vigilância da nossa parte deve ser constante.
  1. Há uma nova lei em vigência e estamos debaixo de sua jurisdição – v.2: “Porque a Lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
  • Em João 8:36  Jesus afirma: “Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres”. Fomos livrados pelo sacrifício de Cristo na cruz do Calvário da lei do pecado e da morte. O que dizia essa lei? A alma que pecar essa morrerá, porque o salário do pecado é a morte. A penalidade foi aplicada substitutivamente por meio de Cristo. Assim, fomos crucificados com Cristo e livrados da penalidade e do poder do pecado. E agora ressuscitados com Ele andamos em novidade de vida! A Lei de Deus não mudou! Mas vestiu-se de uma nova roupagem. A mesma lei do pecado e da morte para os não salvos transformou-se na Lei do Espírito da vida para os salvos (os que estão em Cristo Jesus). Paulo diz em  Gálatas 2:19  “Pois, por meio da lei eu morri para a lei, a fim de viver para Deus”. Passamos para uma esfera de vida completamente distinta, ou seja, aquele esforço humano, puramente carnal para não pecar era inútil. Foi preciso que a graça de Deus encarnada (Jesus) nos regenerasse, para recebermos poder para resistir ao pecado nas diversas formas que ele se apresenta.

  1. Antes de Cristo, além da lei não poder salvar ainda condenava – v.s 3-4: “Porquanto, o que fora impossível à lei no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
  • O sacrifício de Cristo na cruz do calvário de forma vicária (substitutiva) fez que morrêssemos condenados pela lei e nele ressuscitássemos para andar em novidade de vida. Só através da nova vida em cristo fomos capacitados a obedecer os preceitos de Deus de forma suave. Jesus sofreu os rigores da lei, no que tange à condenação, para que nele tivéssemos liberdade e vida abundante. Como assim? Paulo explica em 2 Coríntios 5:21: “Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus”. E ainda em Gálatas 3.13 diz: “Cristo nos redimiu da maldição da lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro".

  1. Há os que se inclinam para a carne e os que se inclinam para o Espírito VS. 5-11: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é: inimizade contra Deus, pois não está sujeito á Lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
  • A inclinação da carne dá para a morte e a do Espírito para vida e paz. Não existe território neutro, ou estamos na esfera da carne ou na esfera do Espírito. O que Paulo quer nos dizer aqui? Morte aqui significa não só a morte literal, mas toda ausência de vida em todas as áreas da existência humana: física, financeira, relacional, emocional e espiritual. Por exemplo: Como podemos ter saúde física se nos inclinamos a manter hábitos que agridem o santuário de Deus? Como podemos ter uma vida financeira saudável se mesmo sendo dizimistas fieis, nos inclinamos a nos endividar gastando mais do que ganhamos? Como podemos ter relacionamentos saudáveis se nos inclinamos à intolerância? Como podemos ter uma vida emocional equilibrada se não cultivamos o fruto do Espírito? Como podemos ter uma vida espiritual cheia de plenitude se temos perdido o temor do Senhor? Essas são algumas das inclinações da carne que têm levado morte às vidas de muitos crentes. Agora, quando nos inclinamos para ouvir e obedecer à voz suave do Espírito Santo, o resultado é vida e paz! Ainda há tempo de nos arrependermos e voltarmos à prática das primeiras obras.

CONCLUSÃO: Deixo algumas reflexões do texto:
    1. Não há mais nenhuma condenação para nós que estamos em Cristo. Jesus pagou o preço para a nossa redenção. Estamos livres e habilitados para andar em novidade de vida.
    2. Estamos livres da lei do pecado e da morte. A nossa liberdade, no entanto, não é licença para pecar.
    3. Só através da nova vida em Cristo fomos capacitados a obedecer aos preceitos de Deus de forma suave.
    4. Uma vez regenerados fomos capacitados a domar a nossa carne para que ela se incline para o Espírito e experimente vida e paz.

Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 29.01.14 – www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.


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