AH, OS PROFETAS!
É muito curiosa a forma como o Senhor escolheu pessoas para transformá-las em profetas a seu serviço. Das mais diversas origens e profissões, lhes dando coragem, discernimento e obediência total às suas ordens. De Moisés a João Batista, uma plêiade de homens cujos nomes e personalidades ficaram como paradigmas por toda a história.
Um filho adotivo da filha de faraó, um filho de uma ex-estéril, um desconhecido de palavra ousada, um neto de um rei, um filho de um sacerdote e que não sabia falar, pois não passava de uma criança, um exilado de origem nobre, um boiadeiro, um pregador da roça, um cantor do templo, e por último outro filho de uma anciã estéril. Sim, porque o Senhor não faz acepção de pessoas. Escolheu homens e mulheres de diversas camadas sociais e lhes deu sabedoria e, sobretudo, coragem para enfrentar reis, autoridades religiosas e poderosos de todos os matizes.
Quando o povo de Deus descambava para a desobediência se entregando à abominável idolatria aparecia sempre um profeta enviado pelo Senhor para clamar e advertir para os perigos a que estavam expostos. Ser profeta verdadeiro é creditar exclusivamente a Deus os seus feitos, palavras ou até milagres. Mas, ser falso profeta é perigoso porque o Senhor é Deus de amor e perdão, mas é também vingador. O apóstolo Paulo diz que precisamos atentar para a bondade e a severidade de Deus.
Quando Elias e Eliseu entregaram o filho da viúva de Sarepta e o da Sunamita ressurretos, não creditaram a si próprios o milagre e não exigiram nada em troca, apenas disseram: “vê, teu filho vive!” I Reis 17:23b e “Toma o teu filho!” II Reis 4:36b. Moisés enfrentou faraó, o mais poderoso homem do seu tempo e por dez vezes mostrou que estava agindo como verdadeiro profeta do Senhor dos Exércitos. Samuel corajosamente repreendeu o Rei Saul quando aquele desobedeceu às ordens do Senhor. Elias, o tesbita, contendeu corajosamente com o idólatra rei Acabe destruindo os falsos profetas de Baal e Astarote protegidos da terrível Rainha Jezabel, mas obedeceu humildemente às ordens do Senhor e se retirou para Querite. Daniel, mesmo pondo em risco sua vida, não deixou de orar ao Senhor contrariando o interdito de Dario, maldosamente engendrado pelos presidentes, prefeitos, sátrapas e governadores do Reino. Eliseu nem ao menos saiu de casa para atender Naamã, comandante dos exércitos do Rei da Assíria, mandou lhe dizer que mergulhasse sete vezes no Rio Jordão para se curar da lepra que consumia seu corpo. Natã recebendo ordem do Senhor repreendeu Davi, quando este, mesmo sendo quem era, cometeu seu grande pecado.
Os demais profetas descritos no Antigo Testamento tiveram coragem de enfrentar os reis e príncipes de Israel e Judá, mesmo sendo perseguidos e maltratados de formas cruéis e aviltantes. João Batista se recusou a batizar os fariseus e saduceus, chamando-os de raça de víboras, repreendeu Herodes e isto lhe custou prisão e perda da própria cabeça.
Quando será que teremos verdadeiros profetas ungidos pelo Senhor com coragem e desprendimento para enfrentar reis, presidentes, donos de religiões as mais diversas, sábios do presente século, cientistas, ateus profissionais e oportunistas, fariseus e saduceus contemporâneos, bem como os falsos pastores e falsos mestres que estão espoliando os incautos que aos milhares lotam os mega templos de hoje em dia? Quem terá a coragem de um Elias, por exemplo, para confrontar os cegos espirituais que endeusam figuras grotescas que passaram a vida inteira se passando por ungidos? Quando será que verdadeiros profetas serão usados por Deus para trazer à luz as fantasias que se passam por milagres, as falcatruas civis e religiosas que a mídia aos poucos vai mostrando, mas que as leis civis atuais acobertam porque são criadas para exatamente proteger os que subliminarmente votam para justificar os seus deslizes futuros? Quando será que vai aparecer alguém como apareceu no passado, com a coragem dos profetas de Moisés a João Batista? Só Deus sabe.
Artigo/Pr. Manoel Malta – pr.manoelmalta@hotmail.com; www.ocolodopai.com
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