terça-feira, 21 de agosto de 2012

Estudo Bíblico/Pra.Nadia Malta/XXIV ESTDO EM APOCALIPSE


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Série de Estudos em Apocalipse
XXIV Estudo: O Cordeiro e as Vozes de Vitória – Ap 14.1-20

Introdução:
 O estudo anterior falou sobre o governo do anticristo e o ministério do falso profeta sob a eficácia do dragão (Satanás).  No presente estudo veremos a manifestação de anúncios gloriosos de triunfo, aliás, as vozes vindas do céu se expressarão do capítulo 14 ao 16. A palavra voz nesses capítulos é usada onze vezes. O céu não permanece em silêncio, enquanto o mundo caminha para a segunda metade da tribulação.

Leitura e Análise do texto – Ap 14.1-20:

Vs.1-5: Os Remidos no Monte Sião:
Esse grupo especial de homens judeus foi selado por Deus antes da abertura do sétimo selo (Ap 7) e agora é visto no Monte Sião com o Senhor Jesus Cristo. Note o contraste entre essa imagem e aquela descrita em Ap 13, quando os seguidores da Besta recebem um sinal na testa de cada um. Por mais perverso que o mundo se torne, Deus sempre terá um remanescente fiel. Os 144.000 se acharam em pé com Cristo no Monte Sião. Aqui parece se tratar do Monte Sião Celestial, não o terreno – Hb 12.22-24. Esta cena parece antevê a coroação de Cristo e o estabelecimento do seu reino quando voltar a terra. Zc 14.4ss (demais versículos). Hoje Cristo encontra-se entronizado no Monte Sião celestial – Sl 2.6 e estamos entronizados com ele – Ef 2.6; A cena ali é a garantia que estaremos sempre com ele. Os 144.000 não apenas estão de pé, mas cantando. Entendemos aqui que o cântico entoado é de vitória e ninguém é capaz de participar dele – Sl 33.3; 96.1; 98.1; 144.9; 149.1; São acompanhados de harpas e de outras vozes celestiais. Para nós tudo isso representa grande estímulo por saber que um dia nossos ais e lamentos serão definitivamente transformados em júbilo.

Nos vs. 4,5 João também ressalta a separação desses 144.000. Eles não pertenciam mais ao mundo; não eram cidadãos da terra, mas do céu. Os cristãos de hoje não fazem parte desse grupo especifico, mas como aqueles 144.000 são remidos e não fazem parte do sistema deste mundo. – Jo 17.14-19; Fp 3.17-21. O fato de não terem se “maculado com mulheres” = serem virgens, não significa que o sexo dentro do casamento seja mau, pelo contrário, é abençoado por Deus – Hb 13.4; Significa apenas que não eram casados, eram celibatários por chamado e vocação dedicando-se inteiramente à obra de Deus, também pode significar que não se macularam com a falsa religião. Eles foram designados para um ministério especifico. São chamados de primícias para Deus e para o Cordeiro. Primícias = o que há de melhor. Na Festa das Primícias, o sacerdote movia um feixe diante do Senhor, como sinal que toda a colheita pertencia a ele. Os 144.000 podem ser as primícias de uma grande colheita que ainda está por vir.
Vs. 6-20 - As Vozes do Anjos: Note que pelo menos 6 anjos aparecem nessa cena e cada um deles tem uma proclamação a fazer.

 Vs. 6,7 – 1ª voz: “É chegada a hora do juízo”: Na presente era a incumbência de pregar o Evangelho (Boas Novas), é do povo de Deus, mas naquela visão dada a João, àquele anjo foi dada a missão de proclamar o Evangelho Eterno no meio do céu aos que se assentam sobre a terra. A mensagem do anjo, como podemos ver, não é a do Evangelho da graça de Deus que fora pregado pela Igreja. É a boa-nova milenar anunciada pelos patriarcas e profetas de que o mal teria um dia o seu fim e o reino literal de Deus seria estabelecido na terra. Parece-nos aqui que toda nação, tribo, língua e povo ouvirão essa grande proclamação. Essa proclamação se apresenta como uma ultima advertência antes que caiam os juízos. É chegada a hora do juízo, mas não antes de um ato de misericórdia da parte de Deus. Assim, os homens são indesculpáveis por não crerem no Senhor – Rm 1.16-32.

V.8 – 2ª voz: caiu a Grande Babilônia”: Esse anjo proclama os acontecimentos de Ap 18: A queda de Babilônia. Ver Ap 16.18,19. Babilônia é o nome dado por Deus ao sistema mundano governado pelo anticristo (toda organização política, econômica e religiosa que ele controla). Babilônia também chamada de Grande Meretriz será destruída por Deus. Alguns estudiosos enxergam aqui uma referencia a Roma. Ela se torna uma das personagens principais dos capítulos 17-18.

Vs.9-12 – 3ª voz: Escapem da ira de Deus”:
V. 9 – A terceira mensagem é dirigida especialmente aos que estão indecisos quanto a seguir a Deus ou a Besta. É na verdade, uma advertência que o “caminho mais fácil”, é o caminho da perdição e que seguir ao mundo, significa afastar-se de Deus.
V.10“Beber do cálice” é uma imagem usada ocasionalmente para julgamentos – Jr 25.15ss (demais versículos); 51.7ss (demais versículos). Os julgamentos finais de Deus para a humanidade serão “taças de ira” derramadas do céu. Deus não acrescentará misericórdia a esses julgamentos – Sl 75.8; Hc 3.2. Alguns perguntam: Como é possível um Deus de amor permitir que suas criaturas sofram o tormento eterno? A resposta para essa indagação é: O amor de Deus é um amor santo, não baseado em sentimentalismo, por isso ele trata o pecado persistente e contumaz, com justiça, visto que os pecadores rejeitaram a sua misericórdia. No entanto, aqueles que suportaram com perseverança o sofrimento, receberam refrigério por toda a eternidade – v.12.
V.13 – a 4ª voz: Esta é a segunda das sete Bem-aventuranças do apocalipse. Não há descanso para os perversos, mas os santos recebem descanso eterno na presença do Senhor. As sete Bem-aventuranças do apocalipse são: Ap 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7; 22.14. A bem-aventurança do v.13 contrasta a severidade dos julgamentos sobre os ímpios nos vs. 9-12.

Vs. 14-15 – 5ª voz: “A seara da terra já amadureceu”: A pessoa sentada na nuvem branca referida aqui é identificada com o Senhor Jesus Cristo – Dn 7; Ap 1.13 A imagem do julgamento aqui muda ao invés de “taça de cólera”, aparece a imagem da ceifa, tanto dos cereais quanto das uvas. Mais uma vez vemos o prenuncio do julgamento final do mundo. A imagem da colheita tanto ilustra o trabalho de ganhar almas para Cristo – Jo 4.34-38; quanto o julgamento de Deus para os ímpios – Mt 13.24-30; Lc 3.8-17; Deus permite que as sementes da iniqüidade cresçam até amadurecer e, então, envia seus ceifeiros. A colheita das uvas é com freqüência um retrato do julgamento – Jl 3.13ss (versículos seguintes). Cristo é a Videira Verdadeira e os cristãos, os ramos – Jo 15; O sistema do mundo é a Videira da terra, contrastando com o Cristo que é a Videira Celestial. A Videira da Terra amadurece para o julgamento. Um dia esse sistema perverso – A Babilônia, que embriaga e controla as pessoas, será cortado e destruído, no lagar da cólera de Deus” – vs.18,19. Hoje Deus fala aos homens em sua graça, mas eles recusam-se a ouvi-lo. O cálice amargo será bebido, a colheita do pecado será ceifada e a videira da terra será cortada e lançada no lagar (lugar onde as uvas são pisadas para fazer o vinho).

Vs. 17-20 6ª voz– Alguns veem aqui uma referencia a “Batalha do Armagedom”, quando os exércitos do mundo se reunirão contra Jerusalém – Zc 14.1-4; Ap 16.16; Is 63.1-6.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito insistentemente tem falado!

Textos para serem lidos durante a semana:
Seg. Zc 14; Ter. Is 63; Qua. Hb 12; Qui. Sl 75; Sex. Hc 3; Sáb. Jr 25

Versículo para memorizar: “Aqui está a perseverança dos santos, os quais guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.Ap 14.12.

Bibliografia: Bíblias de Estudo: Shedd; Anotada; Pentecostal; Genebra e o Comentário Expositivo da Bíblia de Warren W. Wiersbe; Apocalipse – O Futuro Chegou – Hernandes Dias Lopes; Estudo em Apocalipse Dennis Allan.

Estudo em Apocalipse/Compilação Diversos autores/Pra. Nadia Malta – nadiamalta@hotmail.com

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