Igreja Cristã Missionária
Betel.
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Ministério Pr. Manoel Malta – Pra. Nadia Malta – www.ocolodopai.com
Série
de Estudos em Apocalipse
XXIV
Estudo: O Cordeiro e as Vozes de Vitória – Ap 14.1-20
Introdução:
O estudo anterior falou sobre o governo do anticristo e o
ministério do falso profeta sob a eficácia do dragão (Satanás). No presente estudo veremos a manifestação de
anúncios gloriosos de triunfo, aliás, as vozes vindas do céu se expressarão do
capítulo 14 ao 16. A
palavra voz nesses capítulos é usada onze vezes. O céu não permanece em silêncio, enquanto o mundo caminha para a
segunda metade da tribulação.
Leitura
e Análise do texto – Ap 14.1-20:
Vs.1-5: Os Remidos no
Monte Sião:
Esse
grupo especial de homens judeus foi selado por Deus antes da abertura do sétimo
selo (Ap 7) e agora é visto no Monte Sião com o Senhor Jesus Cristo. Note o contraste entre essa imagem e
aquela descrita em Ap 13, quando os seguidores da Besta recebem um sinal na
testa de cada um. Por mais
perverso que o mundo se torne, Deus sempre terá um remanescente fiel. Os 144.000 se acharam em pé com Cristo
no Monte Sião. Aqui parece se tratar do
Monte Sião Celestial, não o terreno – Hb 12.22-24. Esta cena parece antevê a coroação de Cristo e o estabelecimento
do seu reino quando voltar a terra. Zc 14.4ss (demais versículos). Hoje Cristo encontra-se entronizado no
Monte Sião celestial – Sl 2.6 e estamos entronizados com ele – Ef 2.6; A
cena ali é a garantia que estaremos sempre com ele. Os 144.000 não apenas estão
de pé, mas cantando. Entendemos aqui que
o cântico entoado é de vitória e ninguém é capaz de participar dele – Sl
33.3; 96.1; 98.1; 144.9; 149.1; São
acompanhados de harpas e de outras vozes celestiais. Para nós tudo isso representa grande estímulo por saber que um dia
nossos ais e lamentos serão definitivamente transformados em júbilo.
Nos
vs. 4,5 João também ressalta a separação desses 144.000. Eles não pertenciam mais ao mundo; não eram cidadãos da terra, mas do
céu. Os cristãos de hoje não fazem parte desse grupo especifico, mas como
aqueles 144.000 são remidos e não fazem parte do sistema deste mundo. – Jo 17.14-19;
Fp 3.17-21. O fato de não terem se “maculado
com mulheres” = serem virgens, não significa que o sexo dentro do casamento
seja mau, pelo contrário, é abençoado por Deus – Hb 13.4; Significa apenas que não eram casados, eram celibatários por chamado e
vocação dedicando-se inteiramente à obra de Deus, também pode significar que
não se macularam com a falsa religião. Eles foram designados para um
ministério especifico. São chamados de
primícias para Deus e para o Cordeiro. Primícias
= o que há de melhor. Na Festa
das Primícias, o sacerdote movia um feixe diante do Senhor, como sinal que toda
a colheita pertencia a ele. Os 144.000
podem ser as primícias de uma grande colheita que ainda está por vir.
Vs. 6-20 - As Vozes do
Anjos: Note que pelo menos 6 anjos aparecem nessa cena e cada um
deles tem uma proclamação a fazer.
Vs.
6,7 – 1ª voz: “É chegada a hora do juízo”: Na presente
era a incumbência de pregar o Evangelho (Boas Novas), é do povo de Deus, mas naquela visão dada a João, àquele anjo
foi dada a missão de proclamar o Evangelho Eterno no meio do céu aos que se
assentam sobre a terra. A mensagem do anjo, como podemos ver, não é a do
Evangelho da graça de Deus que fora pregado pela Igreja. É a boa-nova milenar anunciada pelos patriarcas e profetas de que o mal
teria um dia o seu fim e o reino literal de Deus seria estabelecido na terra.
Parece-nos aqui que toda nação, tribo, língua e povo ouvirão essa grande
proclamação. Essa proclamação se
apresenta como uma ultima advertência antes que caiam os juízos. É chegada a
hora do juízo, mas não antes de um ato de misericórdia da parte de Deus. Assim,
os homens são indesculpáveis por não crerem no Senhor – Rm 1.16-32.
V.8 – 2ª voz: “caiu a Grande Babilônia”: Esse anjo proclama os acontecimentos
de Ap 18: A queda de Babilônia. Ver Ap
16.18,19. Babilônia é o nome
dado por Deus ao sistema mundano governado pelo anticristo (toda organização
política, econômica e religiosa que ele controla). Babilônia também chamada de Grande
Meretriz será destruída por Deus. Alguns
estudiosos enxergam aqui uma referencia a Roma. Ela se torna uma das
personagens principais dos capítulos 17-18.
Vs.9-12 – 3ª voz: “Escapem da ira de Deus”:
V. 9
– A terceira mensagem é dirigida especialmente aos que estão indecisos quanto a
seguir a Deus ou a Besta. É na verdade, uma advertência que o “caminho mais fácil”, é o caminho da perdição e que seguir ao
mundo, significa afastar-se de Deus.
V.10
– “Beber do cálice” é uma imagem usada
ocasionalmente para julgamentos – Jr 25.15ss (demais versículos); 51.7ss
(demais versículos). Os julgamentos finais de Deus para a humanidade serão “taças de ira” derramadas do céu. Deus não acrescentará misericórdia a esses
julgamentos – Sl 75.8; Hc 3.2. Alguns perguntam: Como é possível um Deus de amor permitir que suas criaturas sofram o
tormento eterno? A resposta para essa indagação é: O amor de Deus é um
amor santo, não baseado em sentimentalismo, por isso ele trata o pecado
persistente e contumaz, com justiça, visto que os pecadores rejeitaram a sua
misericórdia. No entanto, aqueles que suportaram com perseverança o sofrimento,
receberam refrigério por toda a eternidade – v.12.
V.13 – a 4ª voz: Esta é a segunda
das sete Bem-aventuranças do apocalipse. Não há descanso para os
perversos, mas os santos recebem descanso eterno na presença do Senhor. As
sete Bem-aventuranças do apocalipse são: Ap 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6;
22.7; 22.14. A bem-aventurança do
v.13 contrasta a severidade dos julgamentos sobre os ímpios nos vs. 9-12.
Vs. 14-15 – 5ª voz: “A seara da terra
já amadureceu”: A pessoa sentada na nuvem branca
referida aqui é identificada com o Senhor Jesus Cristo – Dn 7; Ap 1.13 A
imagem do julgamento aqui muda ao invés de “taça de cólera”, aparece a imagem da ceifa, tanto dos cereais quanto das uvas. Mais uma vez vemos o
prenuncio do julgamento final do mundo. A
imagem da colheita tanto ilustra o trabalho de ganhar almas para Cristo – Jo
4.34-38; quanto o julgamento de Deus para os ímpios – Mt 13.24-30; Lc 3.8-17; Deus
permite que as sementes da iniqüidade cresçam até amadurecer e, então, envia
seus ceifeiros. A colheita das
uvas é com freqüência um retrato do julgamento – Jl 3.13ss (versículos
seguintes). Cristo é a Videira Verdadeira e os cristãos, os ramos – Jo 15;
O sistema do mundo é a Videira da terra,
contrastando com o Cristo que é a Videira Celestial. A Videira da Terra
amadurece para o julgamento. Um dia esse
sistema perverso – A Babilônia, que embriaga e controla as pessoas, será
cortado e destruído, no “lagar da cólera
de Deus” – vs.18,19. Hoje Deus fala aos homens em sua graça, mas
eles recusam-se a ouvi-lo. O cálice amargo será bebido, a colheita do pecado
será ceifada e a videira da terra será cortada e lançada no lagar (lugar onde as uvas são pisadas para fazer o vinho).
Vs. 17-20 6ª voz– Alguns veem aqui uma referencia a “Batalha do Armagedom”, quando os exércitos do mundo se reunirão
contra Jerusalém – Zc 14.1-4; Ap 16.16; Is 63.1-6.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que
o Espírito insistentemente tem falado!
Textos para serem lidos
durante a semana:
Seg. Zc 14; Ter. Is 63; Qua. Hb 12;
Qui. Sl 75; Sex. Hc 3; Sáb. Jr 25
Versículo
para memorizar: “Aqui está a perseverança dos santos, os quais guardam os
mandamentos de Deus e a fé em Jesus”.Ap 14.12.
Bibliografia: Bíblias de Estudo: Shedd; Anotada;
Pentecostal; Genebra e o Comentário Expositivo da Bíblia de Warren W. Wiersbe;
Apocalipse – O Futuro Chegou – Hernandes Dias Lopes; Estudo em Apocalipse
Dennis Allan.
Estudo em Apocalipse/Compilação Diversos autores/Pra. Nadia
Malta – nadiamalta@hotmail.com
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