Objetivo: Advertir mais uma vez o povo de Deus a andar em fidelidade.
Idéia Central do Texto:
O capítulo 35 de Jeremias traz mais um sermão vivo de Deus pregado através da instrumentalidade de seu profeta. Aqui vimos o Senhor dando uma ordem estranha ao seu profeta.
O Senhor ordena a Jeremias convocar os recabitas. Eles formavam um clã de nômades descendentes dos queneus, da família do sogro de Moisés. Esse povo juntou-se ao povo de Israel na travessia do deserto por mais de dois séculos. Eles eram descendentes de Jonadabe, filho de Recabe. Jeremias os convida a irem a uma das câmaras do templo de Deus e ali lhes oferece vinho. Acontece que os recabitas receberam uma ordem, 300 anos atrás, de seu antepassado Jonadabe, filho de Recabe: eles não deveriam plantar vinhas, deveriam habitar em Tendas e não deveriam beber vinho.
Jeremias além dos recabitas leva também alguns ministros do templo para testemunharem o que aconteceria naquele lugar. O povo de Deus estava prestes a receber uma das mais preciosas lições de sua vida sobre fidelidade. Quando o Senhor entende de falar conosco ou ministrar algo ao nosso coração, ele usa os meios mais inusitados possíveis. Foi o que sucedeu ali, Deus usa um povo fora da aliança para ministrar fidelidade ao seu próprio povo.
Introdução:
Temos clamado ao Senhor que mude a história do seu povo. Que traga restituição, prosperidade, renovo, saúde e mudanças efetivas de vida. Mas parece que quanto mais clamamos, mais as coisas se tornam difíceis para muitos em nosso meio. E olhe que não estamos falando apenas de coisas materiais, mas de tudo que diz respeito a um viver em plenitude.
O que tem nos acontecido? O que falta a nós ou em nós? Será que temos sido fiéis ao Senhor? Essas são perguntas que não querem calar. Às vezes não se trata de grande pecados, mas de determinadas coisas ou atitudes que achamos de só menos importância, que insistimos em não nos libertar. São os nossos “pecadinhos” de estimação, guardados a sete chaves que nos têm afastado do Deus Vivo. E o que mais assombra não são os pecados contumazes, mas a sua prática sem nenhum arrependimento ou pesar.
A verdadeira regeneração traz à reboque um desejo enorme de fidelidade ao Senhor, que do ponto de vista bíblico é a soma da fé mais a obediência. Essa fidelidade não é um ato mecânico, mas a resposta ao amor apaixonado do Senhor por nós. Ela é manifesta pelo que o Senhor é não pelo que ele faz ou pode fazer por nós.
Conta-se que certo homem servo de Deus presbítero de uma igreja apaixonou-se por uma mulher que não pertencia a mesma fé que ele. Nos primeiro tempos tudo era muito bom, depois apareceram os problemas, o choque do jugo desigual começou a aflorar e a separação foi inevitável. Aquele homem acabou seus dias sozinho, nunca refez a vida conjugal.
Ao ser indagado sobre a razão de permanecer sozinho, ele sempre respondia: “Eu sou casado, está escrito que enquanto os cônjuges viverem permanecerão casados!” e ainda “O presbítero deve ser marido de uma só mulher”. Era o que estava escrito que prevalecia não o sentimento ou as inclinações! Isto é fidelidade. Quantas vezes abandonamos o que está escrito para fazer valer as nossas inclinações!
Ao mesmo tempo, quanto mais nos aproximamos do dia do arrebatamento, mais se faz necessário passarmos por uma grande transformação em nossa natureza, nosso caráter, nossas ações e atitudes. Pessoalmente, acho que é isso que tem acontecido conosco. Jesus está preparando a Noiva pra subir.
O QUE DEUS QUER ENSINAR AO SEU POVO NÃO SÓ NO PASSADO, MAS EM TODAS AS ÉPOCAS?
1. O contraste entre a fidelidade a preceitos humanos e a infidelidade a preceitos divinos – vs.12-16:
- Deus quer num exemplo prático mostrar ao seu povo a fidelidade dos recabitas a um simples preceito humano.
- O que está em discussão aqui não é a moralidade daquele povo; se era ou não lícito beber vinho; se era ou não lícito morar em casas de pedra; se era ou não lícito plantar vinhas; o Senhor que mostrar aqui a disposição deles para acatar as ordens de seu pai, Jonadabe.
- Se um mandamento humano pode ser guardado em fidelidade por mais de dois séculos, por que Israel e Judá não obedeciam aos preceitos do Deus Todo Poderoso, constantemente ministrados pelos seus santos profetas?
2. O Senhor está constantemente nos dando oportunidade de rever as nossas atitudes e posturas – v. 14c:
- Ele está falando conosco de todas as formas; usa os meios mais absurdos que se possa imaginar; até uma jumenta ele já usou quando precisou ministrar a um homem insensato.
- No Sl 81.13-16 o Senhor suspira num lamento profundo dizendo: “Ah! Se meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu de pronto lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem o Senhor se lhe submeteria, e isto duraria para sempre. Eu os sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha”.
3. O Senhor castigará os infiéis – v.17:
- Muitos males têm assolado o povo de Deus. Coincidência? Não, desobediência, infidelidade!
- Leis espirituais têm sido infringidas; quando isto acontece, pagamos um preço; sofremos as consequências. Quantas mentiras no meio do povo de Deus! Deus não trabalha na ilegalidade. O mentiroso é filho do diabo!
- Um pregador conhecido costuma dizer: “A misericórdia de Deus aumentou, pois se o Senhor agisse como nos dias de Ananias e Safira, as nossas igrejas precisariam ter um cemitério nos seus porões!”.
4. Deus recompensará os fiéis – Vs. 18,19:
- O Senhor honrou aquela fidelidade, mesmo sendo meramente humana; jamais faltaria homem da linhagem de Jonadabe na presença do Senhor.
- Se o Senhor honrou aquele tipo de fidelidade, o que não fará com aqueles que lhe obedecem?
- Se o povo de Deus tivesse em sua caminhada a disciplina dos atletas em suas práticas desportivas, a igreja pulsaria com renovada vitalidade. Se o povo de Deus andasse em fidelidade multidões seriam alcançadas.
Conclusão: O que este texto nos ensina hoje?
- O mesmo Sermão pregado a Israel com a fidelidade dos recabitas, serve também para nós hoje. Deus continua requerendo fidelidade.
- Que levemos a sério os mandamentos e preceitos de Deus; assim como os recabitas fizeram com os preceitos de seu pai Jonadabe.
- Deixo as palavras do próprio Jesus em: Jo 14.15: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”; Jo 15.7: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito”.
- Medite agora nessa pergunta de Jesus: “Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?”.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 24.06.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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