Lc.7.11-17
Objetivo: Ministrar a igreja compaixão e responsabilidade com todos os desesperados, perdidos e aflitos ao seu redor.
Idéia Central do Texto:
O texto lido mostra Jesus em Naim ressuscitando o filho único de uma viúva, imediatamente no dia seguinte a cura do servo do centurião.
Alguns teólogos interpretam este episódio como a ressurreição da profecia. Contudo, deixando as divagações teológicas à parte, o texto evidencia a compaixão de Jesus, levando vida ao que estava morto.
O Senhor tem em todos os tempos chamado homens e mulheres de corações compassivos que possam acudir os desgraçados ao seu redor. Ele poderia fazer isto através de anjos, mas em sua soberania resolveu usar a você e a mim. Ele já nos capacitou para isso e prestaremos contas dessa mordomia.
Introdução:
O Brasil é um país de muitos feriadões, é um após o outro e durante eles, a maioria esmagadora das pessoas fica enlouquecida para deixar a cidade e se refugiar em algum lugar. Na época de carnaval, então, não é bom nem pensar.
É grande a multidão dos desgraçados, dos desesperançados, dos mortos vivos que se arrasta como ovelhas que não têm pastor. Sua bandeira é visível e representa uma existência sem Deus. Será que nos importamos com isto ou estamos cansados demais e fugimos também para nos esconder em nossos retiros espirituais?
Precisamos como embaixadores da Vida remir o tempo porque os dias são maus, sair de nossa zona de conforto, deixar nosso comodismo, levantar a bandeira da graça de Deus e anunciar com ousadia que a verdadeira Vida, o verdadeiro Descanso existe sim e se chama JESUS, O Cristo de Deus!
Cadê a compaixão dos que representam a Graça de Deus? Temos nos trancado em nossos redutos para não nos contaminar, fazemos retiro, nos fechamos em nossos guetos quando mais se precisa de vida. Fica a reflexão!
OLHEMOS PARA AS DUAS MULTIDÕES MOSTRADAS PELO TEXTO LIDO:
1. Primeira Multidão: Liderada por Jesus, Celebra a vitória da Vida sobre a morte:
· Jesus vinha com seus discípulos e grande multidão, eles tinham acabado de sair de Cafarnaum, onde curou o servo de um centurião que estava à morte.
· Muitos seguiam a Jesus por causa daquela cura, eles vinham celebrando a vida, a esperança, a alegria, a saúde, a libertação do jugo, a possibilidade. Aquele era sem dúvida o Bloco da Vitória, liderado pelo Autor da Vida.
· Somos o povo da esperança, da bênção. Fazemos parte da nação santa, somos o povo de propriedade exclusiva de Deus. Somos chamados ainda de sacerdócio real.
· Mas será que todos esses títulos nos foram dados apenas para que os ostentemos orgulhosamente como faixas e troféus que ficam empoeirados em uma prateleira?
· Será que é da vontade de Deus que nos tranquemos em nossos redutos e olhemos apenas com desdém para os desgraçados que agonizam à beira do Caminho, como o levita e o sacerdote da parábola do Bom samaritano que viram o homem que caiu nas mãos de salteadores e passaram ao largo?
· Ou será que o Senhor está requerendo de nós a mesma íntima compaixão com a qual ele acudiu aquela pobre viúva que acabara de perder seu único filho?
2. Segunda Multidão: Liderada por uma viúva, lamenta a morte:
· Jesus entra em Naim com seus discípulos e grande multidão que vinha com ele, encontra-se com outra multidão que acompanhava uma viúva que ia enterrar seu único filho.
· Convém salientar que naquela época não havia nenhum sistema previdenciário, o arrimo de uma viúva era o filho mais velho, a mulher em questão além de viúva tinha um único filho e acabara de perdê-lo.
· O v.13 diz que Jesus vendo a mulher moveu-se de íntima compaixão por ela e disse: “Não chores!” (ARC)
· Neste ponto do relato a nossa atenção volta-se totalmente para Jesus. A mulher não recorre a ele, não se queixa, mas a dor experimentada por ela transcende qualquer palavra e toca o íntimo do Senhor. A compaixão do mestre enxerga e sente a dor da perda, da desesperança e do desamparo profundo.
· Alguém já disse que “compaixão é a dor do outro em meu coração”. Foi isso que aconteceu, a dor daquela mulher tocou as profundezas de Deus e a vida prevaleceu. Ela recebeu seu filho ressuscitado.
· Lamentavelmente tem faltado compaixão em nosso meio. Vivemos em um tempo em que as pessoas estão mais preocupadas com a satisfação de seus desejos pessoais que com a dor do outro. Aliás, esse é um sinal visível da Segunda vinda de Jesus, o amor que tem esfriado dos corações. Mas ainda é tempo de mudar essa triste realidade!
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui com essas duas multidões?
1. A verdadeira Vida sempre prevalece à morte.
2. Precisamos aprender com o Senhor da Vida a exercitar compaixão pelos perdidos ao nosso redor e ir até eles levando vida. Precisamos trazer mortos de volta a vida!
3. O exercício da compaixão nos leva a sentir a dor do outro em nosso coração. A compaixão é diferente da pena furtiva que sentimos por alguém, mas que logo se dissipa. O coração compassivo além de sentir a dor e a necessidade do outro, se move em sua direção para mitigar o sofrimento.
4. Finalmente, Não podemos perder de vista que o Senhor continua procurando homens e mulheres de coração compassivo que possam levar vida aos que estão mortos ao seu redor.
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 31.05.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com
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