domingo, 20 de maio de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/ABATIDOS SIM, DERROTADOS NÃO!

ABATIDOS SIM, DERROTADOS NÃO!
Pode um cristão ficar abatido, desanimado?
II Coríntios 1:3-11


OBJETIVO
Trazer à igreja uma estratégia de Deus para atravessarmos as tribulações e não nos sentirmos derrotados.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
O apóstolo Paulo escreveu aos cristãos de Corinto por vários motivos: mas gostaria de destacar o propósito de consolar aqueles que se encontravam abatidos.

As palavras-chave desta epístola são: consolar e encorajar. Esta é considerada a mais autobiográfica das epístolas paulinas e apresenta Cristo como nossa suficiência.

No texto em apreço, Paulo traz palavras de ações de graças e de conforto aos irmãos que atravessavam dificuldades, partilhando com eles a sua própria experiência. Paulo aqui em contraste com os falsos apóstolos se mostra fraco e inútil, mas através de sua fraqueza a graça e o poder de Deus são engrandecidos.

INTRODUÇÃO
Temos a tendência de achar que os servos de Deus muito consagrados a ele e a sua obra, não enfrentam lutas e pressões tanto internas, quanto externas. Contudo, esse é um grande engano. Por isso é sempre edificante e terapêutico fazermos releituras constantes de textos bíblicos que nos mostrem o contrário. É sempre bom e confortador observarmos o caminhar de homens de Deus como Jó, Davi, Jeremias, Isaías, e o próprio apóstolo Paulo, por exemplo.

Qual o segredo da vitória de Paulo e dos demais ao passarem por lutas e pressões externas e internas? Só há uma resposta: seu segredo é DEUS. Olhar para Deus, depender de Deus, clamar a Deus, descansar em Deus, se refugiar em Deus. Essa é a grande diferença e o grande segredo da vitória dos escolhidos de Deus.
Quando nos encontramos desanimados e prontos para desistir, devemos mudar o foco de nossa atenção de nós mesmos e dos problemas, para Deus. 

O desânimo não faz acepção de pessoas: crente, descrente; velho, moço; homem, mulher; rico, pobre; todos estamos sujeitos a enfrentar momentos de desânimo.

Paulo não nega seus sentimentos e Deus também não deseja que neguemos as nossas emoções. O apóstolo diz em II Co 7.5: “Em tudo fomos atribulados: lutas por fora, temores por dentro”. O Senhor deseja que sejamos absolutamente sinceros com ele em oração.

Ouvi certa vez que Charles Spurgeon, considerado um dos maiores pregadores de todos os tempos disse num sermão: “Passo por depressões do espírito tão assustadoras, que peço a Deus que vocês jamais experimentem tais extremos de infelicidade.

O próprio Paulo diz no contexto lido que passou por tribulações acima das suas forças ao ponto de desesperar da própria vida, ou seja, ele sentiu desejo de morrer. Quantas vezes não nos sentimos assim também? Paulo era semelhante a nós.

A Bíblia diz que Elias era um homem semelhante a nós sujeito às mesmas fraquezas. Todos nós estamos sujeitos a atravessar desertos abrasadores.  De repente o que Deus quer com essa luta é trabalhar em nós, em nosso caráter. 

É quando os estreitos se tornam absolutamente instransponíveis que a hora de Deus é chegada, para interferir na situação. Por isso Paulo recorre às ações de graças e procura trazer à memória o que lhe pode dar ânimo e esperança. É precisamente no momento do estreito que precisamos aprender a nos aquietar e nos refugiar em Deus. Só ele preenche o vazio. A nossa Fortaleza é o Senhor e Dele vem o nosso socorro. Sl.121.1. Se há algo a ser dito neste momento aos que atravessam estreitos e se acham desanimados, é: “Não percam Deus de vista!”.

PARA ENCONTRAR ÂNIMO EM DEUS EM MEIO ÀS TRIBULAÇÕES, PAULO CHAMA A NOSSA ATENÇÃO PARA TRÊS FATOS DOS QUAIS DEVEMOS LEMBRAR:

  1. Devemos nos lembrar do que Deus é para nós – v.3
  • Ele começa a sua carta com uma atitude adoradora diante de Deus. Note que todas as pessoas que receberam a intervenção de Jesus nos Evangelhos tinham uma característica comum: elas se prostraram e o adoraram.
  • Se Paulo não podia louvar por causa das circunstancias, podia fazê-lo por causa do próprio Deus. Pelo que ele é. O Senhor é aquele que está absolutamente no controle de todas as coisas.
  • O louvor é tão transformador quanto à oração. Então, louve a Deus mesmo no estreito.
  • Louve porque ele é Deus. Louve porque ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo; louve porque ele escolheu você antes da fundação do mundo!
  • Louve porque ele é o Pai de misericórdias. Louve porque ele é o Deus de toda a consolação! Louve porque ele é o Deus do impossível. Louve porque em suas mãos estão todas as respostas e possibilidades. Louve, louve, louve.
  • Louve porque Ele é nosso único refúgio e fortaleza. Porque ele é a nossa rocha e o nosso libertador.
  • Louve porque ele é o Pai dos órfãos e o Juiz das viúvas. Louve porque ele é o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores e nenhum bem sonegará aos que andam retamente!
  1. Devemos nos lembrar do que Deus faz por nós – v.4a,8-11. O que ele faz por nós? Pelo menos cinco coisas:
  • 1) Deus permite as tribulações para forjar em nós o caráter de Cristo – Paulo sentia-se cercado de circunstancias difíceis e só lhe restava olhar para o Eterno. Mesmo quando não o sentimos por perto ele está bem ao nosso lado. Há um antigo costume cherokee (tribo americana). É na verdade um rito de passagem do jovem adolescente para a fase adulta.  O pai leva seu filho adolescente para o alto de uma montanha de olhos vendados e o faz passar a noite ali, no escuro. Ele não pode se mexer, tem que obedecer a determinação do pai, qualquer passo em falso ele pode cair no despenhadeiro. O jovem para se tornar homem deve aprender a lidar com seus medos e não se deixar assombrar pelos ruídos assustadores da floresta. Ao raiar do dia a venda lhe é tirada dos olhos e ele descobre que seu pai estava ali ao lado dele todo o tempo. Nosso Pai Celestial faz exatamente assim conosco.
  • 2) Deus está no controle das tribulações, elas não vão além do que podemos suportar – v.8. A situação vivida na Ásia fez o apóstolo desesperar da própria vida. No entanto, Deus manteve a situação sob controle, de tal modo, que Paulo não cometeu nenhum desatino.
  • 3) Deus nos capacita para suportar as tribulações – v.9. Deus quer que confiemos nele, não em nossos dons e habilidades. Tem dois textos da palavra que falam dessa postura confiante: Is. 41.10-13 e Sl.75.6,7: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que estão indignados contra ti; serão reduzidos a nada,  e os que contendem contigo perecerão. Aos que pelejam contra ti, buscá-los-ás e não os acharás; serão reduzidos a nada  e a coisa de nenhum valor os que fazem guerra contra ti. Porque eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela mão direita e te digo: Não temas, que eu te ajudo. Porque não é do oriente, não é do ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. Deus é o juiz; a um abate, a outro exalta”. Quando nos sentimos seguros e capazes de enfrentar o inimigo, é que sofremos os piores ataques e as piores quedas; Paulo diz em II Co 12.10: “Porque, quando sou fraco, então é que sou forte”Esperar e confiar em Deus não significa cruzar os braços e esperar que o Senhor faça tudo. Podemos ter certeza que Paulo orou, estudou as Escrituras, consultou seus colaboradores e creu na obra de Deus para a qual fora chamado.
  • 4) Deus nos livra nas tribulações de um jeito ou de outro – v.10 Nem sempre Deus age da mesma forma com todos. Alguns discípulos foram livrados da prisão outros foram mortos, de uma forma ou de outra, todos foram livrados da situação. No Sl 34.6 o salmista diz: Clamou este aflito, e o Senhor o livrou de todas as suas tribulações”.
  • 5. Deus é glorificado por meio de nossas tribulações – v.11. A maior finalidade do nosso chamado é glorificar o Senhor em tudo que fizermos ou vivermos. Muitas vezes essa glorificação envolve sofrimento e morte.
  1. Devemos nos lembrar do que Deus faz por meio de nós – v.4b- 7
  • Um dos motivos de passarmos por tribulações é para nos tornarmos canais de bênção, para encorajar e consolar outros. O Senhor continua usando parábolas vivas. Do mesmo jeito que temos sido consolados por Deus, que sejamos instrumentos para a consolação de muitos!
  • Paulo por exemplo, recebeu um “espinho na carne” = tipo de sofrimento que não sabemos definir ao certo. O que sabemos é que ele experimentou a graça fortalecedora de Deus e compartilhou esse encorajamento conosco. Não importa a natureza da nossa provação: a graça sustentadora de Deus nos basta”. O sofrimento pode nos ajudar a ministrar a outros com autoridade.
CONCLUSÃO
O que esse assunto recorrente nos ensina hoje?
  1. Quando as tempestades da vida nos assolarem, a primeira coisa que devemos fazer é tirar os olhos de nós mesmos e do problema, coloca-los em Deus e louvá-lo pelo que ele é – ver Sl 121.1,2.
  2. Nada em nossa vida é acidental. Não existe acaso nos planos perfeitos de Deus.  Tudo que nos sucede tem um propósito de Deus e um fim proveitoso (Rm 8.28, 29), quer nesta vida ou na eternidade.
  3. Experimentamos o consolo de Deus na tribulação, para sermos canais de consolação para muitos! Deus hoje quer nos encorajar a sermos esse canal.
  4. Quando as tribulações aparecerem fixemos nosso olhar em três direções: Naquilo que Deus é, naquilo que ele fez e faz por nós e naquilo que ele faz por meio de nós.

Aleluia, amém!

Sermão/Pra. Nadia Malta em 20/5/2012 - nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://www.ocolodopai.com.

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins evangelísticos e de edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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