quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Meditação/Nadia Malta/QUE OS NOSSOS OLHOS VEJAM!

 QUE OS NOSSOS OLHOS VEJAM! 

https://www.youtube.com/watch?v=0cH0qLtsTEs

 Abre os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei. Faze-me discernir o propósito dos teus preceitos, então meditarei nas tuas maravilhas”. Salmos 119.18, 27.

                                                                           


  

A vida do servo de Deus é feita de inúmeros recomeços. O Senhor é Deus de oportunidades e está sempre nos convocando a fazer a diferença e a fazer diferente, voltando ao centro de sua vontade soberana. Tudo do lado de cá da eternidade é aprendizado. As lições têm sido duras, mas estamos aqui para contar a história e glorificar o nosso Senhor por tudo que Ele, por sua graça, tem nos concedido apesar de todos os pesares e, sobretudo, apesar de nós! Temos aprendido grandes lições neste tempo de treinamento! Que a cada recomeço, diário, clamemos ao Senhor para que os nossos olhos sejam desvendados e possamos contemplar as maravilhas da sua Lei! A Palavra de Deus já foi revelada, mas os nossos olhos precisam ser desvendados para compreendê-la e, só Ele pode fazer isso! O salmo 119 é uma exaltação do salmista à Santa e Gloriosa Palavra do Senhor. O mais longo da Bíblia traz ensinamentos preciosos acerca da Palavra de Deus.  Em outro versículo deste mesmo salmo, o salmista pede ao Senhor: “Dá-me entendimento, para que eu guarde a tua lei e a ela obedeça de todo o coração”.

Atentemos para os pedidos do salmista! Ele pede que seus olhos sejam abertos, desvendados para que ele contemple as maravilhas da lei do Senhor. O mandamento é puro e santo e precisa ser visto alem da letra da Lei. Ele pede ainda que o Senhor o faça discernir o propósito dos seus preceitos para que ele possa meditar nas suas maravilhas. O salmista não quer ser impulsivo em seu julgamento das situações. O apostolo Paulo diz que “todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito”. Que propósito é este? Que sejamos conformados à imagem de Jesus! O que esta oração do salmista nos leva a refletir em nosso tempo? O Senhor é quem dá tanto a revelação escrita quanto desvenda os nossos olhos para que saibamos compreender aquilo que está escrito. Como podemos meditar em algo que não compreendemos? É o Santo Espírito que nos faz lembrar o que aprendemos e também nos ensina, nos capacitando a aplicar. Precisamos receber do Senhor entendimento não só para meditar, mas para aplicar. Assim, tudo vem Dele é feito por meio Dele e é para a glória DEle! E isto é maravilhoso demais aos nossos olhos! Glorifiquemos o seu santo e excelso nome! Somos chamados a exercitar a misericórdia. Notemos que o salmo todo está cheio de expressões do tipo: Dá-me luz! Abre meus olhos! Faz-me discernir! Dá-me entendimento! Ajuda-me a meditar! São expressões recorrentes aqui. Atentemos para elas! Acho que isto quer nos dizer algo, não?  Assim não nos arvoremos em teólogos precipitadamente! Isto tem levado a muitos a percorrerem o caminho árido do farisaísmo contemporâneo! E todo zelo cego é perigoso! É fanatismo! E ainda há o perigo de se fabricar heresias! Cuidado e reverência para nós são palavras de ordem!

A Palavra já nos foi dada. Mas o preceito não é algo árido. O mandamento é vida. E está lá o tempo todo, mas precisa do holofote do céu para ser percebido, meditado, assimilado e, sobretudo, aplicado com graça e misericórdia! O mais interessante desse desvendar de olhos é que tem um tempo certo para acontecer com cada um de nós. Ninguém pode abreviar ou postergar tal momento. Nem os teólogos mais experientes podem fazer nada a esse respeito! São só semeadores! O que aprendemos aqui? Exercitemos misericórdia uns com os outros. E não usemos a Palavra para afrontar ou esmagar os que já estão quebrados e prestes a se apagar. Tudo vem a seu tempo. Tempo estabelecido pelo Pai Celestial, não pela vontade humana. Aliás, há um tempo para tudo debaixo do céu. E nada foge ao seu curso.  Nada é linear. Passamos por altos e baixos. Vales e montanhas. Oásis e desertos. Amanheceres e crepúsculos. A topografia e a natureza de um modo geral foram feitas assim para nos sinalizar acerca das verdades eternas. Não nos esqueçamos da letra do velho hino: “Deixa a luz do céu entrar. Deixa o sol em ti nascer!”. Fica a pergunta: “Quanto da luz do céu já recebemos?” Nadia Malta

 

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