QUE SEJAMOS UNIDOS PELO VÍNCULO DA PAZ: CRISTO!
“Andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos”. Efésios 4.1-6.
Falando aos efésios, o apóstolo Paulo
começa o capítulo quatro exortando seus leitores para que vivam de maneira
digna da vocação recebida. O objetivo de tal exortação é para que: “todos cheguemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da
plenitude de Cristo”. Linda mensagem paulina que tem caído no esquecimento
de muitos cristãos, sobretudo, contemporâneos. As invencionices não param de
surgir. Quanta doutrina de homens apregoada em nossas igrejas! Quanta tentativa
de tirar a centralidade do Cristo importando ensinos de outros guetos
espirituais contrários à Palavra de Deus! Imagino se o apóstolo Paulo vivesse
em nossos dias, misericórdia! Cadê o esforço para conservar a unidade do
Espírito Santo pelo vínculo da paz? Ao orar pelos romanos ele pede ao Senhor
que conceda aos seus leitores espírito de unidade segundo Cristo para que
possam assim glorificar o Senhor!
Paulo apela aos seus leitores em Éfeso
para: Que andem de modo digno da vocação a que foram chamados. Que vocação é
esta? A vocação de ser santos, separados para a glória excelsa do Pai
celestial. E Como seria esse andar? Qual
é o vínculo da Paz? É o próprio Cristo. Se realmente somos dele, andemos de modo
a glorificá-lo. Qual a razão para esse andar de modo digno? Paulo deseja que o
nome do Senhor seja em tudo glorificado. É deprimente assistir cristãos se
digladiando por causa de questões doutrinárias absolutamente irrelevantes.
Fomos alcançados para louvor da glória de Deus. Como glorificar ao Cristo se o
propósito de muitos tem sido a autoglorificação? Isso mesmo, o desejo de
alardear a própria presunção é tanto, que se tem passado por cima de princípios
inegociáveis da Santa Palavra de Deus, como a comunhão entre irmãos, por
exemplo! Precisamos parar e avaliar nossas diferenças. Será que essas
diferenças acontecem naquilo que é essencial do ponto de vista bíblico? Tem uma
frase de um teólogo luterano chamado Peter Mederlin, embora ao longo da história
venha sendo atribuída a outros, inclusive a Agostinho e a Filipe Melancton, que
traduz muito bem a exortação do apóstolo Paulo em relação à unidade. Diz o
teólogo: “No que é essencial, unidade; no que não é, liberdade; em todas as
coisas, caridade!”.
A pergunta aqui em relação à fé cristã é: O
que seria essencial para nós cristãos, afinal? Gostaria de deixar pelo menos
três fatos essenciais: Primeiro, não há salvação em nenhum outro a não ser por
meio de Cristo Jesus. Segundo, o sacrifício vicário de Cristo foi único,
perfeito, eficaz e suficiente. Terceiro, esta obra salvífica acontece
unicamente pela graça mediante a fé em Cristo Jesus, não há obra meritória em
nós. Assim todos estávamos no mesmo patamar quando fomos alcançados. Nenhum de
nós era melhor que o outro. Não foi por obras de justiça de nossa parte para
que não nos gloriássemos, mas pelos méritos infinitos de Cristo Jesus! O que
aprendemos aqui? Estendamos a destra de comunhão aos nossos irmãos em Cristo,
não importando a denominação. Paremos de
nos desentender como irmãos e usemos da liberdade em relação ao que não é
efetivamente essencial e da caridade em relação a todas as coisas! Até mesmo
com aqueles que seguem outros caminhos espirituais, sejamos benignos e
compassivos não é por força ou violência que levaremos a mensagem da cruz. Não
somos convertedores e sim, apenas, semeadores. Nadia Malta
Nenhum comentário:
Postar um comentário