sexta-feira, 31 de maio de 2019

Meditação/Nadia Malta/DIZ O SENHOR: ME CONVÉM FICAR EM TUA CASA!


DIZ O SENHOR: ME CONVÉM FICAR EM TUA CASA!
                                                                        
 Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. Ele desceu a toda a pressa e o recebeu com alegria”. Lucas 19. 5, 6. 

A Graça viva continua convidando e se convidando para entrar em nossas casas. O encontro de Jesus com Zaqueu, o maioral dos publicanos é revelador sob todos os aspectos. Ele era alem do maioral dos publicanos, rico. Um sujeito baixote, que enriqueceu ilicitamente. Era odiado pelos seus patrícios pelas extorsões que praticava. Era considerado também pelos religiosos daqueles dias o maioral dos pecadores. E o mais carente da ação da graça salvadora! Tenho andado abatida. Cansada e sobrecarregada. Calma! Deixe-me explicar: Os sentidos todos têm estado saturados de tanta doidice no mundo eclesiástico contemporâneo. As exigências, as ameaças e, sobretudo, as artimanhas para se conseguir adeptos e lotar os templos têm se multiplicado e ido às raias da loucura. O que está acontecendo? Tem faltado temor do Senhor. Esta é a grande realidade. Esquecemos que o Deus da bondade é o Deus da severidade e ele ajustará contas com todos os caçadores de almas com seus invólucros feiticeiros no meio do seu povo! O que a história de Zaqueu nos leva a discernir? Por mais que o homem se esforce para alcançar a Deus, a iniciativa é sempre da Graça. O Senhor é quem marca um encontro conosco. Arrependimento sincero gera mudança de vida. Jesus veio para os doentes, os coxos, os cegos e todos os perdidos. A história de Zaqueu é conhecida por todos que têm familiaridade com a palavra. Até mesmo pelos que não têm. Há certo tempo, uma música gospel aqui no Brasil foi responsável pela divulgação desse personagem. Lembro-me que até o caminhão da entrega de gás passava tocando a referida música. Assim, hoje é impossível não se saber quem é Zaqueu. Mas não é sobre isto que quero falar. Certo dia Jesus passava por Jericó e ele sabendo disso correu e subiu numa árvore para vê-lo e para sua surpresa já estava tudo preparado pelo Senhor e a Graça encarnada toma a iniciativa de abordar Zaqueu fazendo o convite mais inusitado: “Zaqueu, desce depressa, pois me convém ficar hoje em tua casa. Zaqueu desceu a toda pressa e o recebeu com alegria. É Deus conosco. É o Emanuel se revelando a nós. Não é a simples religiosidade ritualística é relacionamento!

A história não acaba aqui. Depois da murmuração dos que estavam à volta por ter Jesus se hospedado com homem pecador vem a grande resposta daquele encontro libertador. Zaqueu diante de todos diz: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais”. Jesus testifica do que se operou em Zaqueu: “Hoje, houve salvação nesta casa, pois que também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. Zaqueu mudou de rota. Converteu-se! Relacionamento íntimo faz isto.  A religiosidade exterior muda o comportamento por algum tempo. Outro dia li uma dessas frases publicadas na Internet. Dizia assim: “Arrependimento não é quando você chora é quando você muda!”.  Perfeita! Curta, objetiva e abrangente! Muitos choram e se descabelam até prometem uma mudança, mas é só algo exterior. E exterioridade não resiste à ação dos apelos da carne. A esse tipo de tristeza, o apóstolo Paulo chama de tristeza segundo o mundo. Também conhecida como remorso. Ela é superficial. Fica no terreno das emoções. Não desce para o cerne da alma. Sua ação é momentânea. Até impressiona, arrepia, mas não transforma. Antes produz morte.

O relacionamento com o Cristo muda a essência do homem. Dá a ele uma segunda chance de nascer de novo. De ter seu espírito morto vivificado. As coisas velhas, as velhas práticas passam e tudo se faz novo. Sem isto não há conversão. Pode até haver religiosidade, mas não há relacionamento e cristianismo é relacional. O arrependimento genuíno, aquele que brota do mais profundo do coração e é provocado por uma ação efetiva do Espírito Santo no coração do Homem. Este se quebranta, tem seu coração rasgado perante o Senhor e ali ele vê seus alicerces ruírem perante o Eterno. Os que são transformados pela ação do Espírito Santo dão frutos. Tendemos a procurar frutos sempre nos outros, não façamos isto antes de procurá-los em nós mesmos! A tristeza de Zaqueu foi segundo Deus, gerou um profundo arrependimento. Naquele dia houve salvação naquela casa e quanto a nós? Se Jesus não ficar na nossa casa, nada vai mudar de fato! A pergunta que não deve calar em nossos lábios é: “Será que me converti de verdade?”. Será que há em mim um horror pelas velhas práticas ou tudo foi apenas uma tristeza segundo o mundo? Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/


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