SENHOR, NÃO TE IMPORTA QUE PEREÇAMOS? A
DURA PEDAGOGIA DA TEMPESTADE!
“Naquele
dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem”.
Marcos 4.35.
Reflitamos sobre a eficaz pedagogia das
tempestades. Quantas vezes intimamente já não fizemos a pergunta-título: “Senhor,
não te importa que pereçamos”? As tempestades dos últimos tempos são muitas e
nos parecem devastadoras. Às vezes nos sentimos desabrigados, desamparados,
sozinhos no meio do temporal, prestes a perecer. Como diz a letra do velho
hino: “As ondas nos dão pavor!”. E Jesus parece calmamente dormir no fundo dos
nossos barcos como se não se importasse com a nossa aflição! Na verdade, a
nossa humanidade nessas horas parece sofrer de amnésia e não consegue lembrar
às vezes sem conta em que Ele surgiu no meio dos nossos temporais e ordenou as
ondas e aos ventos que se acalmassem! Quando estamos de fora das dificuldades
tendemos a criticar os que duvidaram, os que se inquietaram. Neste episódio,
por exemplo, os discípulos haviam recebido uma convocação do Mestre para
atravessarem o Lago de Quinerete ou Tiberíades, também chamado de Mar da
Galileia.
Jesus não os estava chamado para um passeio
turístico, o Senhor na verdade queria ministrar uma das mais preciosas lições
daquilo que eles enfrentariam na vida prática. É a dura e eficaz Pedagogia da
Tempestade. Por que Jesus escolheu exatamente aquele lago tão sujeito às
tempestades de vento vindas dos montes ao seu redor? Arrisco uma resposta:
Exatamente por isto! Seguir a Cristo não nos isenta de atravessar mares bravios
com ventos impetuosos, contrários e ondas assustadoras. Muito pelo contrário, a
certeza de Jesus no barco é que faz a diferença para nós. Fazer a travessia na
certeza de que ele está conosco faz toda a diferença. Só não podemos perder
isto de vista!
Lembro-me de minha mãe outra vez. Ela
costumava dizer: “Quero ver o bom, no ruim!”. Ou seja, quando tudo nos vai bem
destilamos uma teologia apenas teórica, cheia de açúcar, mas não experiencial.
Mas é exatamente quando os ventos sopram com fúria e as ondas se levantam
assustadoras que descobrimos aquilo que introjetamos em termos de aprendizado
teológico. Jesus nos quer na outra margem. Ele deseja que saiamos da praia,
nossa zona de conforto, e façamos a travessia para a maturidade. Precisamos
atravessar o lago da superficialidade espiritual mesmo que isto nos custe
enfrentar ondas e ventos contrários. O aparente sono de Jesus não significa
inação, mas observação do quanto já aprendemos dele. Quanto às ondas e os
ventos? Aquietemo-nos, eles continuam obedecendo ao comando do Senhor! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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