segunda-feira, 6 de maio de 2019

Meditação/Nadia Malta/ SENHOR, NÃO TE IMPORTA QUE PEREÇAMOS? A DURA PEDAGOGIA DA TEMPESTADE!


SENHOR, NÃO TE IMPORTA QUE PEREÇAMOS? A DURA PEDAGOGIA DA TEMPESTADE!

Naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes Jesus: Passemos para a outra margem”. Marcos 4.35.                               
 Reflitamos sobre a eficaz pedagogia das tempestades. Quantas vezes intimamente já não fizemos a pergunta-título: “Senhor, não te importa que pereçamos”? As tempestades dos últimos tempos são muitas e nos parecem devastadoras. Às vezes nos sentimos desabrigados, desamparados, sozinhos no meio do temporal, prestes a perecer. Como diz a letra do velho hino: “As ondas nos dão pavor!”. E Jesus parece calmamente dormir no fundo dos nossos barcos como se não se importasse com a nossa aflição! Na verdade, a nossa humanidade nessas horas parece sofrer de amnésia e não consegue lembrar às vezes sem conta em que Ele surgiu no meio dos nossos temporais e ordenou as ondas e aos ventos que se acalmassem! Quando estamos de fora das dificuldades tendemos a criticar os que duvidaram, os que se inquietaram. Neste episódio, por exemplo, os discípulos haviam recebido uma convocação do Mestre para atravessarem o Lago de Quinerete ou Tiberíades, também chamado de Mar da Galileia.

Jesus não os estava chamado para um passeio turístico, o Senhor na verdade queria ministrar uma das mais preciosas lições daquilo que eles enfrentariam na vida prática. É a dura e eficaz Pedagogia da Tempestade. Por que Jesus escolheu exatamente aquele lago tão sujeito às tempestades de vento vindas dos montes ao seu redor? Arrisco uma resposta: Exatamente por isto! Seguir a Cristo não nos isenta de atravessar mares bravios com ventos impetuosos, contrários e ondas assustadoras. Muito pelo contrário, a certeza de Jesus no barco é que faz a diferença para nós. Fazer a travessia na certeza de que ele está conosco faz toda a diferença. Só não podemos perder isto de vista!

Lembro-me de minha mãe outra vez. Ela costumava dizer: “Quero ver o bom, no ruim!”. Ou seja, quando tudo nos vai bem destilamos uma teologia apenas teórica, cheia de açúcar, mas não experiencial. Mas é exatamente quando os ventos sopram com fúria e as ondas se levantam assustadoras que descobrimos aquilo que introjetamos em termos de aprendizado teológico. Jesus nos quer na outra margem. Ele deseja que saiamos da praia, nossa zona de conforto, e façamos a travessia para a maturidade. Precisamos atravessar o lago da superficialidade espiritual mesmo que isto nos custe enfrentar ondas e ventos contrários. O aparente sono de Jesus não significa inação, mas observação do quanto já aprendemos dele. Quanto às ondas e os ventos? Aquietemo-nos, eles continuam obedecendo ao comando do Senhor! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/

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