TEMPO DE MUDAR DE ROTA!
“Portanto, eu vos julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa
de Israel, diz o SENHOR Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas
transgressões; e a iniqüidade não vos servirá de tropeço. Lançai de vós todas
as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós coração novo e
espírito novo; pois, por que morreríeis, ó casa de Israel? Porque não tenho
prazer na morte de ninguém, diz o SENHOR Deus. Portanto, convertei-vos e vivei”.
Ez. 18.30-32.
O texto lido faz parte do
contexto do capítulo 18 do livro profético de Ezequiel e fala da
responsabilidade pessoal em relação ao pecado. Se lermos todo o contexto
veremos que ele coloca uma pá de cal sobre a questão complicada da maldição hereditária
defendida por alguns. Logo no início do capítulo encontramos o Senhor falando
pela boca do profeta dizendo o seguinte nos VS. 2-4: “Que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este
provérbio: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se
embotaram? Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR DEUS, jamais direis este
provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai,
também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá”. Deus não
tem netos, só filhos. Assim como a salvação é pessoal e intransferível, o
pecado também. Cada um responderá por suas ações e inclinações. Os filhos
ceifam a sua própria semeadura, não a semeadura dos pais, ou seja, os filhos
ceifam as punições dos pais se andarem em seus maus caminhos. Tem algo que não
podemos perder de vista em nenhum momento da nossa caminhada, para a nossa
própria saúde espiritual e emocional: A obediência está para a bênção, como a
maldição está para a desobediência. As ações não salvam, mas testificam da
salvação, de um viver transformado. Em tempos de politicamente correto e de
relativismos, a mensagem pregada hoje parece influenciada por essa tendência. O
que foi feito da ousadia dos pregadores do passado? Pecado tem que ser chamado
pelo nome, não podemos minimizá-lo usando termos como deslize, tropeço, falha
ou coisa semelhante. Pecar é errar o alvo estabelecido por Deus e ele vai pedir
contas sim. O alvo de Deus é a obediência, o fim da Lei é Cristo para todo
aquele que crê.
Se verdadeiramente somos de Deus precisamos
mudar a rota, mudar a mente, nos converter! Qual a direção a seguir? Deus! Qual
o Caminho pra essa mudança radical? Cristo! Por isso é necessário que com
ousadia proclamemos em tempo e fora de tempo que o inferno é real, que usar
dois pesos e duas medidas não é de Deus e que o único Caminho que nos leva a
Deus é Cristo. Jesus é o único mediador da Nova Aliança, é o Verbo de Deus, é o
Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Quem ainda não foi alcançado pela
misericórdia de Deus e foi tocado por esta palavra tendo os seus olhos abertos
precisa correr para Deus hoje e quem já foi precisa andar em novidade de vida,
abandonar as velhas inclinações. O texto aponta quatro ordenanças para os
eficazmente alcançados e que desejam andar em novidade de vida. Primeira
Ordenança: Convertei-vos e Desviai-vos das vossas transgressões.
Cada um de nós conhece as próprias áreas interiores que precisam ser libertas.
Aqui o profeta manda que nos desviemos daquilo que nos aprisiona, enfraquece e
serve de tropeço. Não adianta brincar com fogo e tentar a Deus. A ordem aqui é
fugir de tudo que o mundo insiste em nos oferecer, que o diabo nos estimula a
fazer e a nossa carne clama. Conversão é
mudança de rota, para vencer um pecado ou inclinação maligna precisamos, depois
de regenerados pelo Espírito de Deus, matar a carne de fome. Jejuar
especificamente no âmbito daquele apetite. Segunda Ordenança: Lançai
de vós todas as vossas transgressões. Aqui somos advertidos a rejeitar de
todo coração e não voltar às velhas práticas, vigiar para não cometer os mesmos
pecados. Graça de Deus não é licença para pecar. A liberdade dos filhos de Deus
está em fazer a vontade de Deus, assim como a liberdade do pecador antes de ser
regenerado, está na esfera do pecado em suas várias modalidades. O pecado na
vida do servo deve ser um acidente de percurso não uma prática contínua e
deliberada. Quem tem o Espírito Santo se constrange diante de uma inclinação ou
de um pecado consumado e se arrepende.
Terceira Ordenança:
Criai em vós um coração novo e espírito novo. Criar aqui tem o sentido
de cuidar, alimentar, não de gerar, porque Deus é quem gera e regenera. Depois
de regenerados pelo Espírito Santo de Deus, somos capacitados a mudar a rota.
Somos ordenados a uma transformação pela renovação da nossa mente e isso só é
possível pela Palavra de Deus. Não podemos olhar para trás, precisamos
aproveitar a nova oportunidade que o Senhor nos concede. O Senhor ordena aqui
uma mudança dos padrões de pensamentos, tudo tem que se fazer novo para nós. O
caminho da santificação é árduo e não há atalhos para ele. O que tem ocupado
efetivamente a nossa mente, os nossos pensamentos? Quarta Ordenança: Convertei-vos
e Vivei. Conversão também leva a verdadeira Vida que é o próprio Cristo. É
desejo de Deus sim que vivamos em plenitude e experimentemos a abundancia
preparada por ele para nós. Jesus é o Bom Pastor que deu a sua vida pelas
ovelhas, diferentemente do ladrão que veio somente para roubar, matar e
destruir, ele veio para que tenhamos vida e vida em abundancia. Que possamos
nos apropriar daquilo que já nos foi concedido. A condição do homem sem Deus é
legal e espiritualmente morto em seus delitos e pecados. Só através de Cristo
Jesus somos vivificados e habilitados para fazer a vontade de Deus. Que nos
arrependamos e nos desviemos do mal. Que não voltemos às velhas práticas do
passado. Que busquemos viver em novidade de vida de acordo com o coração novo e
o espírito novo que recebemos. Que nos arrependamos e vivamos em plenitude! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário