AFINAL,
QUEM ATRAI O OLHAR DE DEUS?
“Porque a minha mão fez todas estas coisas, e
todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o
aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra”. Is. 66.2.
Despertemos
para a seriedade do relacionamento com o Senhor bem como para a reverencia que
devemos ter diante da sua Santa Palavra. Sim, porque não há um só lugar onde
possamos nos ocultar da presença do Senhor! O livro do profeta Isaias é chamado
de pequena Bíblia, contem sessenta e seis capítulos. O sessenta e seis é sem
dúvida o capítulo escatológico do livro por que se refere à Segunda Vinda do
Cristo. O Senhor aqui estabelece um contraste entre o verdadeiro servo de Deus
e aquele que pratica a falsa religião e que será excluído da Nova Jerusalém. O
texto lido é o versículo-chave deste capítulo e é um apelo ao verdadeiro
quebrantamento de espírito. A cruz de Cristo tem sido relegada a um plano
secundário, periférico, ninguém quer carregar a sua cruz, quando muito vemos a
tentativa de colocar rolimãs no pé da cruz e almofadá-la para livrar-se de
qualquer tipo de sofrimento. O que temos visto em nossos dias já fora previsto
por Isaías setecentos anos antes de Jesus vir em sua primeira vinda: Uma
religião de resultados, mas que exclui a cruz! O sacrifício da cruz tem sido
banalizado e tem faltado quebrantamento de espírito pela própria falta de
consciência de pecado, aliás, a palavra pecado é pouco usada porque não é considerada
politicamente correto. O desejo de Deus é se relacionar intimamente com o homem
e o vínculo desse relacionamento é a cruz de Cristo.
Em
seu plano para relacionar-se com o homem não está apenas seu Filho crucificado,
mas Jesus se torna cabeça de homens e mulheres crucificados com ele, andando em
novidade de vida. E ele se faz primogênito entre muitos irmãos. Se não tivermos
esse nível de percepção, se não abraçarmos a cruz radicalmente jamais
impactaremos o mundo com as nossas doutrinas vazias de significado. No Reino de
Deus não há lugar para celebridades mundanas, porque a única preeminência
aceitável é atribuída exclusivamente à Trindade Santa (Pai, Filho e Espírito
Santo). Por que será que o Senhor traz este assunto exatamente em um texto
escatológico escrito há tantos anos atrás? Ouso responder: Porque a presença da
falsa religião descomprometida com a cruz seria uma marca dos dias que
antecederiam a Segunda Vinda do Cristo. Nos dias de João Batista quando ele
pregava às margens do Jordão, algumas celebridades religiosas como fariseus e
saduceus foram a ele para serem batizadas, sem a menor consciência de pecado e
muito menos arrependimento. João Batista ao contrário de muitos líderes de
nossos dias disse de forma contundente: “Raça
de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?”. Podemos ver
claramente essa tendência em nossos dias. Muitos acham que podem fugir da ira
vindoura se filiando a uma igreja local ou professando uma religião de
aparência, sem quebrantamento de espírito.
Aquele
que atrai o olhar de Deus tem duas características marcantes. Primeira
característica: Esse homem tem o coração quebrantado. O salmista diz: “Perto está o Senhor dos que têm o coração
quebrantado e salva os de espírito oprimido”. O Senhor enxerga a
sinceridade do coração daqueles que o buscam em verdade. No v.1 deste contexto
o Senhor diz: “O céu é o meu trono, e a
terra é o estrado dos meus pés; que casa edificareis vós? E qual é o lugar do
meu repouso?”. As duas perguntas feitas pelo Senhor remetem ao que ele
pretendia fazer no futuro: Transformar o coração do Homem no seu verdadeiro
santuário. Aqui ele propõe não um templo feito pelo homem, de pedra e cal, mas
uma tenda viva. Esse Tabernáculo Vivo primeiro se cumpriu em Cristo por ocasião
de sua encarnação, depois do Pentecostes, em seus discípulos de todas as
épocas. Na parte A do v.2 o Senhor ainda afirma que ele é o criador de todas as
coisas e nada o pode conter, mas o homem para quem ele olhará é o aflito e
abatido de espírito pela consciência da própria pecaminosidade. Esse homem é chamado
por Jesus de bem-aventurado em Mt. 5.4 porque ele chora lamentando pelo seu
estado de miséria e por isso será consolado. Segunda característica: Esse
homem treme diante da Palavra do Senhor. Há algo que me chama a atenção de
forma particular em nossos dias, é a falta de reverência a Palavra viva de
Deus. E essa falta de reverência não se dá apenas pelo escárnio, mas, sobretudo,
por não se levar a sério essa Palavra de vida eterna. Por que o homem deve
tremer diante da Palavra viva de Deus? As razões são muitas, mas vou citar
apenas uma: A Palavra é o próprio Cristo: “E
o Verbo se fez carne e habitou ente nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a
sua glória, glória como do unigênito do Pai”. Por que então as nossas
vitórias não têm vindo mais abundantemente? Porque não trememos diante dessa
Palavra de Vida Eterna que procede da boca de Deus. Quais as lições do texto? Jesus
está às portas. A sua Segunda Vinda é iminente, tudo à nossa volta testifica a
esse respeito. Que possamos permanecer firmes na fé e perseverar de forma
vigilante até aquele dia glorioso. O Senhor conhece o nosso coração e deseja
que nos quebrantemos em sua santa presença. Tem faltado choro no meio do povo
de Deus, não um choro por causa das dores que a vida impõe, mas um choro de quebrantamento
pelos nossos pecados. Não temos chorado pelos nossos próprios pecados porque
estamos ocupados demais julgando e condenando nossos irmãos. Precisamos voltar
a tremer diante da palavra viva de Deus para que ela faça a diferença em nossas
vidas em nome de Jesus Cristo a Palavra Viva de Deus. Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/
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