TAMBÉM
ESPERO ASSIM!
“Espero pelo Senhor mais do que as sentinelas
pela manhã; sim, mais do que as sentinelas esperam pela manhã!”. Salmos 130.6.
Os
guardas que eram sentinelas das antigas cidades muradas esperavam ansiosos pelo
romper da manhã. Por que isso? Eles eram responsáveis pela segurança daquelas cidades.
Ficavam em suas torres de vigia cuidando para que os inimigos não se
aproximassem. Deles dependia a segurança de todos. Contudo, eles próprios
tinham suas inseguranças, seus medos e esperavam a claridade do dia para lhes dar descanso, alento. Como estamos precisados de descanso!
O
salmista vai alem e diz que espera pelo Senhor mais que os guardas pelo romper
da manhã. Não imaginamos a situação histórica que gerou este salmo, mas é fácil
imaginar a angustia experimentada. Quantos de nós não estamos nos sentindo
assim? Esperando desesperadamente que amanheça. Que a luz se mostre. Que a
saída venha. Que a resposta surja. O silêncio de Deus em certos momentos nos
atordoa. E é precisamente nesses momentos que somos desafiados a esperar contra
a esperança, como fez o patriarca Abraão. Ele recebeu a sua bênção quando todas
as possibilidades humanas haviam cessado. Será que não é isto que acontece
conosco agora?
Não
será assim com tantos desesperançados das esperanças humanas? Às vezes tudo
parece tão fechado, tão hermético. Nenhuma visão, nenhuma palavra, nenhuma
saída. E a única luz que vislumbramos no
fim do túnel é um trem na contramão. O quadro que se nos apresenta é tão
desolador, tão desalentador que a nossa humanidade nos trai e nos inquietamos.
E essa inquietação ainda se torna um fardo que nos esmaga porque nos sentimos culpados
pela pequenez da nossa fé! Até que de repente a Graça se apieda de nós, nos
acode e surge à semelhança de Abraão, o Isaac tão esperado. Que é aquela
resposta tão ansiada! Como se o Senhor estivesse a nos dizer: “Eu não me
atraso, chego na hora precisa, valeu a pena esperar!”.
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