domingo, 9 de março de 2014

Sermão/Pra. Nadia Malta/UMA COMPAIXÃO QUE NÃO DEMONSTRAMOS!!

UMA COMPAIXÃO QUE NÃO DEMONSTRAMOS!!
Lc.7.11-17


Objetivo: Ministrar à igreja sobre a compaixão e a responsabilidade que devemos ter com todos os desesperados, perdidos e aflitos ao nosso redor.

Idéia Central do Texto:
O texto lido mostra Jesus em Naim ressuscitando o filho único de uma viúva, imediatamente no dia seguinte a cura do servo do centurião.

Alguns teólogos interpretam este episódio como a ressurreição da profecia. Contudo, deixando as divagações teológicas à parte, o texto evidencia a compaixão de Jesus, levando vida ao que estava morto.

O Senhor tem em todos os tempos chamado homens e mulheres de corações compassivos que possam acudir os desgraçados ao seu redor. Ele poderia fazer isto através de anjos, mas em sua soberania resolveu usar a você e a mim. Ele já nos capacitou para isso e prestaremos contas dessa mordomia. O Senhor nos deu a mesma oportunidade a cada um de nós, que é o fato de estarmos vivos sobre a terra e ainda nos deu dons para que os multipliquemos em sua obra. O Rei está voltando e prestaremos contas do que a nós foi confiado.

Introdução:
Na semana que passou a maioria esmagadora das pessoas esteve lá fora enlouquecida, algumas divididas em blocos com nomes os mais absurdos, participando do festival da carne, que é um dos muitos significados da palavra carnaval.

Aqueles que estão lá fora buscam uma alegria superficial movida a bebidas fortes e muitos tipos de drogas pesadas, bem como a vazão das próprias inclinações carnais. Na verdade para esses o festival da carne é apenas o ápice do que já fazem todos os dias do ano. E na verdade, o fazem por estarem mortos em seus delitos e pecados. Eles necessitam de um encontro com a verdadeira vida que é Jesus, o Cristo de Deus.

É a multidão dos desgraçados, dos desesperançados, o grande Bloco dos mortos vivos que se arrasta como ovelhas que não têm pastor. Seu estandarte é visível e representa uma existência sem Deus. Nesta hora cabe a nós, como representantes da Vida, sair de nossa zona de conforto, levantar o estandarte da graça de Deus e anunciar com ousadia que a verdadeira Alegria Viva existe sim e se chama JESUS, o CRISTO DE DEUS!

Contudo, cadê a compaixão do Bloco da Graça de Deus? Cadê o nosso estandarte? Em cânticos dos Cânticos 2.4b diz a esposa: “E o seu estandarte sobre mim é o amor”.

Temos nos trancado em nossos redutos para não nos contaminar. Perdemos tanto tempo durante todos os dias do ano, muitas vezes trancafiados em nossos redutos eclesiásticos brigando por coisas sem importância, enquanto multidões caminham a passos largos para o inferno! Como crerão se não tem quem pregue? Que hoje possamos dizer: Eis-me aqui, Senhor, envia-me a mim!”. A fatura da nossa indolência e comodismo chegará. Seremos cobrados pela liberdade e os recursos que foram colocados à nossa disposição e não usamos!

OLHEMOS PARA AS DUAS MULTIDÕES MOSTRADAS PELO TEXTO LIDO:
1.      Primeira Multidão: Liderada por Jesus, Celebra a vitória da Vida sobre a morte – V.11: “Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão”.
  • Jesus vinha com seus discípulos e grande multidão, eles tinham acabado de sair de Cafarnaum, onde curou o servo de um centurião que estava à morte. Muitos seguiam a Jesus por causa daquela cura, eles vinham celebrando a vida, a esperança, a alegria, a saúde, a libertação do jugo, a possibilidade. Aquele era sem dúvida o Bloco da Vitória, liderado pelo Autor da Vida. Somos o povo da esperança, da bênção. Fazemos parte da nação santa, somos o povo de propriedade exclusiva de Deus. Somos chamados ainda de sacerdócio real. Mas será que todos esses títulos nos foram dados apenas para que os ostentemos orgulhosamente como faixas e troféus que ficam empoeirados em uma prateleira?  Será que é da vontade de Deus que nos tranquemos em nossos redutos e olhemos orgulhosamente, apenas com desdém para os desgraçados que agonizam à beira do Caminho, como o levita e o sacerdote da parábola do Bom samaritano que viram o homem que caiu nas mãos de salteadores e passaram ao largo? Ou será que o Senhor está requerendo de nós a mesma íntima compaixão com a qual ele acudiu aquela pobre viúva que acabara de perder seu único filho? Sem Cristo, estávamos todos sem arrimo, éramos desgraçados na acepção da palavra, destituídos da graça de Deus. Contudo, já fomos vivificados!
2.      Segunda Multidão: Liderada por uma viúva, lamenta a morte – Vs. 12-16: “Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore". Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu lhe digo, levante-se!” Ele se levantou, sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus. "Um grande profeta se levantou entre nós", diziam eles. "Deus interveio em favor do seu povo".
  • Jesus entra em Naim com seus discípulos e grande multidão que vinha com ele, encontra-se com outra multidão que acompanhava uma viúva que ia enterrar seu único filho. Convém salientar que naquela época não havia nenhum sistema previdenciário, o arrimo de uma viúva era o filho mais velho, a mulher em questão além de viúva tinha um único filho e acabara de perdê-lo. O v.13 diz que Jesus vendo a mulher moveu-se de íntima compaixão por ela e disse: “Não chores!” (ARC). Neste ponto do relato a nossa atenção volta-se totalmente para Jesus. A mulher não recorre a ele, não se queixa, mas a dor experimentada por ela transcende qualquer palavra e toca o íntimo do Senhor. A sua dor era tão grande que transcendia, não havia palavras que pudessem descrevê-la, era o fim da linha.  A compaixão do mestre enxerga e sente a dor da perda, da desesperança e do desamparo profundo. Em outra ocasião Mateus 9. 36-38 diz acerca de Jesus: “Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Então disse aos seus discípulos: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da seara que envie trabalhadores para a sua seara".

  • Alguém já disse que “compaixão é a dor do outro em meu coração”. Foi isso que aconteceu, a dor daquela mulher tocou as profundezas de Deus e a vida prevaleceu. Ela recebeu seu filho ressuscitado.  Lamentavelmente tem faltado compaixão em nosso meio. Vivemos em um tempo em que as pessoas estão mais preocupadas com a satisfação de seus desejos pessoais que com a dor do outro. Isto nos faz lembrar do diálogo do profeta Jonas com Deus em Jn.4.9-11: “Mas Deus disse a Jonas: "Você tem alguma razão para estar tão furioso por causa da planta? " Respondeu ele: "Sim, tenho! E estou furioso a ponto de querer morrer". Mas o Senhor lhe disse: "Você tem pena dessa planta, embora não a tenha podado nem a tenha feito crescer. Ela nasceu numa noite e numa noite morreu.  Contudo, Nínive tem mais de cento e vinte mil pessoas que não sabem nem distinguir a mão direita da esquerda, além de muitos rebanhos. Não deveria eu ter compaixão dessa grande cidade?”. Contudo, este é um sinal visível da Segunda vinda de Jesus, o amor que tem esfriado dos corações. Mas ainda há tempo de mudar essa triste realidade!
CONCLUSÃO: O que aprendemos aqui?
  1. A verdadeira Vida sempre prevalece à morte.
  2. Precisamos aprender com o Senhor da Vida a exercitar compaixão pelos perdidos ao nosso redor e ir até eles levando vida.
  3. Precisamos ser canais para trazer mortos de volta a vida!
  4.  O exercício da compaixão nos leva a sentir a dor do outro em nosso coração. A compaixão é diferente da pena furtiva que sentimos por alguém, mas que logo se dissipa. O coração compassivo além de sentir a dor e a necessidade do outro, se move em sua direção para mitigar o sofrimento.
  5. Finalmente, Não podemos perder de vista que o Senhor continua procurando homens e mulheres de coração compassivo que possam levar vida aos que estão mortos ao seu redor.
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 09.03.14 – www.ocolodopai.com

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

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