OUVE-NOS DOS CÉUS, Ó SENHOR!
“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. II Cr. 7.14
Objetivo: Encorajar a igreja a reconhecer que precisa ser ouvida por Deus e isto só acontecerá a partir de uma busca efetiva da presença do Espírito Santo.
Ideia Central do Texto (ICT):
O versículo lido faz parte das palavras do Senhor, ditas a Salomão por ocasião da aliança firmada com ele na solenidade de inauguração do templo. Essas palavras de Deus têm endereço: o povo da Aliança do passado e do presente. O que nos faz pensar que essas palavras são apenas para o Israel do passado? O Corpo vivo de Cristo sobre a terra é chamado de “raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”. O que nos faz pensar que o padrão do passado era mais rígido que o atual? Muito pelo contrário, O próprio Jesus disse que se a nossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, de modo algum entraremos no reino do céu.
O Senhor chama a atenção para o perigo da idolatria, da apostasia e o declínio moral que rondava o Israel naqueles dias. Hoje, as coisas não mudaram muito, tudo que nos ronda é tão danoso, quanto o que estava ao redor de Israel nos dias passados. Em todo o tempo o Senhor tem usado homens e mulheres para exortar seu povo, quanto à necessidade de mudanças profundas. Contudo, o Senhor é Deus de oportunidades e de pactos, ele deseja que sejamos fieis à nossa parte em sua aliança.
As promessas de Deus estão condicionadas à obediência. Vivemos em um tempo no qual as pessoas são levadas a barganharem com Deus as suas bênçãos por votos de tolos, totalmente desvinculados da obediência. O apelo do profeta Habacuque nunca foi tão necessário quanto em nossos dias (3.2): “Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia”.
Introdução:
A igreja do Senhor, especialmente no ocidente está com falta de ar! Outro dia afirmei isto e alguns ficaram chocados. Parece uma afirmação ousada, mas esta é a realidade da igreja contemporânea. Estamos todos necessitados de um oxigênio do céu que traga refrigério aos nossos corações.
Cada um de nós precisa sentir um toque de Deus em alguma área especifica da vida. Há os feridos no coração por causa de ressentimentos, decepções e frustrações. Há os que por darem ouvidos a satanás, acreditam em suas mentiras e destroem relacionamentos. Há os que vivem como a mulher de Ló, presos ao passado, sofrendo de uma saudade incurável da velha vida. As histórias são muitas, mas a necessidade é uma só: a presença viva do Espírito Santo nos transbordando, nos conduzindo segundo o seu querer não o nosso. Oramos por tantas coisas, menos por mais da presença de Deus em nós. E não estou falando de emocionalismo histérico e barato, mas de um mover tão real que sejamos irreversivelmente impactados por Deus, mudando radicalmente as nossas vidas e influenciando positivamente ao redor de nós. Fala-se muito em Avivamento. Mas, afinal, o que é avivamento? No dicionário de Aurélio, avivamento é definido como “o ato ou efeito de avivar – tornar mais vivo, mais nítido, cobrar ânimo, ficar intenso”. Dizemos que temos Cristo, mas vivemos como se Ele não existisse em nós!
A grande verdade, é que o Senhor deseja que estejamos mais vivos, mais animados, que sejamos mais intensos no nosso crer, que a presença do Cristo seja mais nítida em nós. Contudo, tem faltado posicionamento de nossa parte, como povo eleito de Deus.
O VERSÍCULO LIDO APONTA ALGUMAS CONDIÇÕES PARA UM GENUÍNO AVIVAMENTO E O RESULTADO DA OBERVAÇÃO DESSAS CONDIÇÕES:
- Primeira Condição: Humilhação= Quebrantamento:
· O Salmista no Sl 34.18 diz: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado!”. Quando nos distanciamos de Deus por causa de nossas rebeliões, o primeiro sintoma que aparece é a ausência de arrependimento e de confissão de pecados. Lm. 3.29, 39 O profeta Jeremias diz: “Ponha o seu rosto no pó; talvez ainda haja esperança. Como pode um homem reclamar quando é punido por seus pecados?”. Sempre que a humilhação se ausenta de nós a soberba e a auto-exaltação tomam seu lugar. O povo de Deus precisa se quebrantar diante dele reconhecendo a sua própria limitação, manifestar a tristeza pelo pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade do Pai, sempre. Tiago em sua epístola (4.10) diz: “Humilhem-se diante do Senhor, e ele os exaltará”. E o apóstolo Pedro ratifica esta ordem imperativa em (I Pedro 5,6): “Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido”. Passamos a acusar sempre os outros, nós nunca temos culpa de nada. Nossos olhos secaram, perdemos a capacidade de chorar pelos nossos próprios pecados. E quando choramos, o fazemos como vitimas das ofensas que achamos que fizeram contra nós. Será que existe alguma coisa da qual você precise se arrepender hoje?
- Segunda Condição: Oração:
- Outro sintoma da doença chamada rebelião é ausência da vontade de orar. Quando cessa a oração, cessa também a comunhão com o Pai. A oração do crente é o grande combustível do relacionamento com o Senhor. Quando nos distanciamos de alguém, a primeira coisa a ser abalada é o diálogo. Oração é uma via de mão dupla. Falamos com o Senhor e esperamos que ele fale conosco. A Bíblia diz através de Tiago: “que pode muito por sua eficácia a súplica do justo”. Josué orou e o sol parou; Elias orou e o fogo desceu. Mas os nossos lábios estão cerrados. Nossa oração precisa ser fervente e perseverante até que o Senhor fenda os céus e nos socorra. Como aquela viúva de Lucas 18. Por falar nisso como anda a sua vida de oração?
- Terceira Condição: Busca sincera da presença do Senhor:
- No Salmo 34.10 o salmista diz: “Aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará!”. As nossas rebeliões tem nos afastado do Senhor. Deixamos de buscá-lo em verdade. Deixamos de fazer dele a nossa rocha, o nosso refúgio e fortaleza. Lm. 3.25 o profeta Jeremias diz: “O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam”; Ainda o profeta Jeremias fala sobre esta busca (29:13-14): “Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês", declara o Senhor, "e os trarei de volta do cativeiro”.
- Buscar é ansiar pelo Senhor noite e dia. O Sl 146.5 diz: “Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxilio; cuja esperança está no Senhor seu Deus”. Deus precisa ser levado à sério, precisa ser priorizado em nossas vidas. Só os que o buscam em verdade, são achados por ele. É necessário alcançarmos pela fé aquele lugar privilegiado de assentados com Cristo nas regiões celestiais. A quem temos recorrido?
- Quarta Condição: Se converter dos maus caminhos:
- O primeiro sintoma da rebelião é a ausência de humilhação, de reconhecimento de pecado, mas os que se humilham diante do Senhor reconhecendo seus pecados, também precisam abandoná-los para que possam alcançar misericórdia. Em Lm. 3.40 o Profeta Jeremias alerta: “Examinemos e submetamos à prova os nossos caminhos, e depois voltemos ao Senhor”. A conversão é isto, mudança de rota, mudança de mente, de vida, de rumo, de natureza. As velhas práticas não podem mais encontrar lugar em nossas vidas. O Senhor clama em Jr. 4.1: “Se voltares, ó Israel, diz o Senhor, volta para mim; se removeres as tuas abominações de diante de mim, não mais andarás vagueando!”. É desejo de Deus trazer avivamento ao seu povo em todas as épocas, mas, tanto no passado quanto nos dias atuais, o povo tem se tornado cínico e contumaz em seus pecados de estimação. Voltemos para o Senhor!
- Resultado da observação dessas ordenanças
- O Senhor diz que se observarmos tudo isso, então ele ouvirá dos céus, perdoará os nossos pecados e sarará a nossa terra. Isto é Avivamento.
CONCLUSÃO: Se observarmos as ordenanças do Senhor no texto lido o que nos aguarda?
· As palavras de Is. 58. 9 - 11 respondem a esta pergunta, ali o Senhor diz através do profeta: “Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. "Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar; se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam”. (NVI)
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 12.03.30 – www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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