segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sermão/Manoela Malta/FERIDAS DO PASSADO NÃO PRECISAM DESTRUIR NOSSO FUTURO!

Feridas do passado não precisam destruir nosso Futuro! II Rs. 5: 1-17

Objetivo: Levar as pessoas à compreensão de que, em Cristo, nossas feridas do passado não precisam destruir nosso futuro.

Constantemente escuto na clínica frases como: “Fui roubado”, “Meus sonhos foram destruídos”, “destruíram minha vida”, “Destruíram meus planos”, “Destruíram minha felicidade”, “Eu era apenas uma criança/ adolescente”, etc.

No texto lido, vemos dois personagens sofridos e como Deus conduz o sofrimento de cada um:

Personagem 1: A menina e seu sofrimento
Ela tinha todos os motivos para ser amargurada, se sentir uma vítima e desejar o mal ao seu malfeitor: Naamã.
Diante da notícia da enfermidade do general, a menina poderia:
1.      Se alegrar e se sentir vingada
2.      Tripudiar (“Se ele não fosse tão ruim, talvez, não tivesse sido acometido por essa enfermidade”)
3.      Se deixar usar como instrumento de Deus, apesar de seu próprio sofrimento (Rm. 8:28: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados segundo os seus propósitos”) – Quando nos deixamos usar por Deus para abençoar alguém (seja quem for), somos meros “canos de PVC” nas mãos Dele pra que as bênçãos celestiais desçam através de nós e alcancem as pessoas. Porém, quando nos aprisionamos no lugar da pobre vítima que precisa ser vingada e que não tem saída, somos troféus de ouro nas mãos do inimigo das nossas almas. Mais vale sermos um cano de pvc nas mãos de Deus, do que um troféu de ouro nas mãos do inimigo.

Aquela menina sabia do poder do seu Deus e, apesar de seu sofrimento, não deixou de abrir os lábios para propagar aquilo que o Senhor é capaz de fazer. O sofrimento daquela menina não seria em vão. Ela não foi desamparada por Deus, nem estava desprotegida quando foi abruptamente levada do seio de sua família para ser escrava numa outra terra. Em nenhum momento Deus perdeu o controle da situação, em nenhum momento Deus abandonou sua pequena filha. Ela teria toda a eternidade para desfrutar da presença daqueles que, nesta terra, eram seus pais, mas sua missão aqui era grande e o alvo de sua missão seria seu próprio malfeitor: Naamã, sua cura e sua salvação.

No momento em que ela leva o poder de Deus ao homem que lhe causou sofrimento, abrindo, assim, as portas para a cura do general, o primeiro milagre de cura acontece: A cura das feridas do coração daquela menina. Ali, ela cumpriu o propósito de Deus, ela saiu do lugar de vítima para o de instrumento vivo do agir do Senhor e no momento em que o agir de Deus nos usa como instrumento para curar ou libertar alguém, esse poder opera primeiro em nós, para depois operar no outro.

Personagem 2: Naamã: ferido no corpo, doente nas emoções e morto no espírito.

Naamã tinha feridas em 3 instâncias do seu ser:
Ser Emocional: era arrogante, vaidoso, pretensioso, orgulhoso.
Ser físico: era leproso
Ser espiritual: não conhecia ao Senhor, seu espírito era morto.

Na busca por sua cura, Naamã comete 3 erros:
1.      Naamã procura a pessoa errada para curá-lo (O rei) e ainda tentou “comprar” o milagre.
2.      Naamã esperou que Eliseu lhe prestasse honras e deferências e fizesse tudo para que ele fosse curado, afinal ele era O GENERAL NAAMÃ, o GRANDE HERÓI DE GUERRA!! (v. 10, 11)
3.      Naamã se deixa levar por seu julgamento humano acerca de como seu problema seria resolvido com mais coerência e quase perde a bênção por causa da doença da sua alma: vaidade, orgulho, prepotência. (v.12)

Porém, O Senhor, por intermédio de Eliseu, exige a participação de Naamã no milagre sob três aspectos:
a.      Obediência: Naamã precisou se submeter a uma ordem absurda: Lavar-se num rio sujo! (Não eram os rios de sua terra eram tão mais limpos??)
b.      Humildade: Sendo ele um homem importante, submeteu-se a despir-se diante de seus servos, homens considerados inferiores a ele, expor suas feridas, sua fraqueza e a banhar-se em águas sujas. Tantas vezes ocultamos nossos pecados, nossas fraquezas, nossas debilidades, nossas feridas de Deus e do próximo por pura vaidade? Fazemos de conta que está tudo bem porque “ninguém pode saber da minha fraqueza”?
c.      Perseverança: Naamã precisou perseverar. Um único mergulho poderia curá-lo, se Deus quisesse, mas, para que a cura dele fosse completa, ele precisava passar pela dor de ver-se com as mesmas chagas até o sexto mergulho. O medo da vergonha, da humilhação, o medo de estar sendo zombado por aquele profeta. Talvez cada um daqueles mergulhos lavasse uma debilidade da sua alma: medo, vaidade, orgulho, prepotência, arrogância, falta de fé. O trabalhar de Deus, muitas vezes é invisível. Temos a sensação de que fazemos, fazemos, fazemos e nada acontece, que Deus não se importa, mas Ele trabalha silenciosamente e, depois do sétimo mergulho, emergimos limpos e o resultado é melhor do que esperávamos: não uma carne limpa de um homem adulto, mas uma carne limpa de uma criança, com a fé de uma criança, com a entrega de uma criança, com a leveza de uma criança. (v. 14)

 O processo de Deus com Naamã se deu em três etapas:
1.      Cura do caráter – escola de humildade se chama humilhação.
2.      Cura do corpo
3.      Cura do espírito – Naamã reconhece que não há Deus como o SENHOR.

CONCLUSÃO: Podemos tirar 5 lições desse texto:
1.      Deus tem um propósito Santo para cada uma das nossas dores.
2.      Diante de nossas dores, temos duas possibilidades: ou escolhermos nos vermos como pobres vítimas da vida, do mundo, do diabo, das pessoas, ou de nos vermos como instrumentos preciosos nas mãos do Senhor para que seus Santos propósitos se cumpram em nossas vidas ou na vida das pessoas à nossa volta.
3.      Quando escolhemos a segunda opção, a cura das nossas feridas começa a acontecer porque entendemos que nossas feridas são fruto do treinamento de Deus para sermos soldados muito mais aptos para a batalha. Nenhum soldado pode ir à luta sem um treinamento pesado. Nenhum soldado chega no campo de batalha sem marcas e cicatrizes de seu treinamento. Se ele é treinado, é porque ele é útil, é porque alguém olhou pra ele e apostou nele, teve um propósito pra ele. Se você não tem marcas e cicatrizes, é porque não foi treinado para a batalha, se você não foi treinado, é porque Deus não tem um propósito pra você! Portanto, ao olhar para as suas marcas e cicatrizes, olhe para o alto e pergunte: Deus, qual o Teu propósito para cada uma dessas marcas?
4.      Quando escolhemos a segunda opção, percebemos que aquilo que antes nos machucava pode passar a ser instrumento para cura de alguém: se você passou por uma dor, poderá como ninguém compreender e acolher aqueles que passam pela mesma dor.
5.      No lidar com as nossas dores, Deus nos convoca à: buscar auxílio Nele, sermos obedientes, humildes e perseverantes.
Sermão/Dra. Manoela Malta em 13.11.11 – Psicóloga Clínica – manoelamalta@hotmail.com


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