Estudo Bíblico/Pra. Nadia Malta/ I EPÍSTOLA DE JUDAS

Série de estudos na epístola de Judas

I Estudo: O Escritor, os Destinatários e a Saudação – Jd 1.1,2

Introdução: A data provável desta epístola é entre 70 e 80 d.C. Possui grande semelhança com II Pedro. Foi escrita por Judas, “servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago” V.1. No Novo Testamento são mencionados três Judas, dois dos quais, faziam parte do colégio apostólico: o Iscariotes, que traiu Jesus e o Judas filho de certo Tiago, também chamado de Tadeu – Mt 10.3; Mc 3.18; o terceiro, seria o filho de José e Maria, irmão de Tiago e meio irmão de Jesus – Mt 13.55; Mc 6.3. Tanto Judas, quanto Tiago converteram-se após a ressurreição.

O principal propósito da epístola é fazer uma severa advertência às igrejas contra os falsos mestres e suas heresias, que estavam pondo em perigo os fundamentos da Sã Doutrina. É chamada de epistola geral, porque não foi dirigida à nenhuma igreja em particular, mas à todas, indistintamente.

Saudação – Vv.1,2

1. Em sua saudação Judas se dirige aos seus leitores como: a) Chamados – I Pe 1.15; b) Amados em Deus –I Jo 4.16; c) Guardados em Cristo – Jo 17.11; I Pe 1.4,5. Judas, em síntese, fala aos chamados e escolhidos de Deus, àqueles que foram regenerados pela graça de Deus e verdadeiramente nasceram de novo.
2. V.2 – “A misericórdia, a paz e o amor vos sejam multiplicados”- ver I Pe 1.2; II Pe 1.2 – embora, tivesse credenciais necessárias para ser considerado apóstolo (viu o Senhor ressurreto), não se sentia digno de ser chamado apóstolo, mas somente um servo de Jesus Cristo, ainda assim, usa a saudação apostólica.
3. Misericórdia – Esta palavra está sempre associada à palavra graça (favor imerecido); é freqüentemente traduzida como compaixão para com os que sofrem necessidades ou que estão em angústia. Enquanto a graça vê o homem como culpado, a misericórdia o vê como miserável. Vejamos o que a Palavra de Deus diz sobre misericórdia: a) Deus é o Pai das misericórdias – II Co 1.3; Êx 34.6; Ne 9.17; Sl 86.15; Jl 2.13; Jn 4.2; b) Por causa das suas misericórdias fomos salvos – Ef 2.4,5; Tt 3.5; c) Jesus frequentemente se encheu dessa compaixão e nos ordenou fazer o mesmo – Lc 6.36; Mt 18.21.22; Os 6.6; Zc 7.9;  d) O crentes devem se revestir de ternos afetos de misericórdia – Cl 3.12; e) Os misericordiosos serão bem aventurados – Mt 5.7; Tg 2.13
4. Paz – Aqui Judas fala da paz de Cristo que excede todo o entendimento. A paz que independe das circunstancias, mas que brota de um coração cheio do Espírito Santo – Is 26.12; Jo 14.27; 16.33; Rm 5.1; 12.18; Fp 4.7; I Pe 3.11
5. Amor – Fala da inclinação sobrenatural, movida pelo Espírito Santo, para se doar. É freqüentemente traduzida como caridade. Quem possui esse tipo de amor, invariavelmente se coloca no lugar do outro. É credencial de crente fiel. Se faltar amor falta tudo. Esse tipo de amor é sacrificial, se doa, sem nada exigir em troca – I co 13. 1-8; I Pe 4.8. Precisa ser exercitado.
6. Em sua saudação, Judas deseja que esses atributos sejam multiplicados nos seus leitores, de modo que se fortaleçam sobrenaturalmente através deles, crescendo na fé e no conhecimento de Deus.
7. Hoje mais que em qualquer outra época, é necessário que o Senhor nos visite com novas unções desses atributos, para que não nos deixemos abalar por ventos de doutrinas à nossa volta. Que só permaneça aquilo que não é abalável – Hb 12.26-28

Aplicação Prática

1-     Quem era o Judas que escreveu esta epístola?

2-     Qual o propósito principal da epistola?

3-     A quem Judas dirige a sua epístola? V.1b

4-     Como Judas saúda seus leitores? Qual o significado de cada uma delas?

Textos para serem lidos durante a semana:

Seg. II Pe 1.1-21; Ter. II Pe 2.1-22; Qua. II Pe 3.1-18; Qui. II Ts 1.1-12; Sex. II Ts 2.1-17; Sáb. II Ts 3.1-18