COMO A OLIVEIRA VERDEJANTE!
“Andarão dois juntos se não houver
entre eles acordo?”. Esta pergunta do profeta Amós tem reverberado em meu
coração a cada ano de caminhada juntos. Particularmente, ela pressupõe pacto,
aliança, contrato, não apenas de um com o outro, mas de ambos com Deus. E esse
pacto independe de concordâncias ou diferenças, acontece apesar de, não por
causa de. Em tempos de relativismos, possivelmente o relacionamento que tem se
tornado mais descartável é o conjugal. Ninguém quer investir em ninguém. É mais
fácil descartar, jogar fora, partir pra outra como se costuma dizer.
Descobrimos que o relacionamento
conjugal é o maior dos canteiros do fruto do Espírito. É nele que aprendemos a
frutificar em situações adversas. Trinta e quatro anos andando juntos, esse
tempo têm sido chamado de Bodas de Oliveira.
Muito apropriado! Quando paramos para refletir um pouco sobre essa árvore
milenar com suas simbologias profundas, percebemos então, a inter-relação inevitável
com a união conjugal mais longeva.
A oliveira é uma das
árvores-símbolo de Israel/Igreja. A oliveira nos ensina algumas lições
preciosas. Primeira lição: Aprendemos
com ela determinação, perseverança. Ela cresce em qualquer solo, em terreno
fértil ou árido. Ela resiste às intempéries. No vale ou na montanha. Em trinta e quatro anos quantas mudanças no
tempo, no solo e no cenário!
Segunda lição: As raízes da oliveira são profundíssimas e se
ramificam em redes, podem chegar a mais de 2000 anos. Isso lhe dá sustentação
independente do cenário ou do terreno. As raízes estão lá firmes pra segurar e
dar suporte aconteça o que acontecer. Ah,
se não fosse as raízes!
Terceira lição: A primeira colheita acontece no décimo quinto ano! A
árvore está adulta, madura, bem firmada, pronta para produzir de maneira
saudável. Faz sentido! No casamento é assim, só o tempo e a experiência nos
darão respaldo para falar, calar, aconselhar, acolher, ajudar e, sobretudo, e
especialmente em relação um ao outro. É aqui que começamos a deixar para trás as
coisas da meninice e nos portamos de forma madura. Atentemos para isto!
Quarta lição: A oliveira é uma árvore completa, produz alimento,
combustível, cura e remete à santidade. A união conjugal deve ser assim,
frutífera, produtiva, cheia de combustível e separada exclusiva (santa). A cada
ano o andar juntos deve prover para ambos os aliançados um ambiente
satisfatório, sem as cobranças, as críticas ou as acusações da carnalidade egoísta.
Pois, o tempo de frutificação chegou e não há mais lugar para as etapas
anteriores. Sejamos frutíferos em todos
os sentidos!
Quinta lição: A oliveira é resiliente. Costuma-se dizer que é
impossível se destruir uma oliveira. Mesmo que ela seja cortada e queimada, ao
cheiro das águas, novos ramos brotarão de suas raízes profundas. A raiz cumpre
seu papel. Nada pode destruir algo radicado sobre a Rocha Eterna. No casamento é assim, resiliência é a
palavra de ordem, sempre! Que possamos continuar juntos, como a oliveira verdejante.
Assim desse jeito na saúde e na doença, na prosperidade e na adversidade, na
alegria e na tristeza, na fraqueza e na fortaleza, no verão e no inverno da
vida, na montanha e no vale, nos desertos e nos mananciais, enquanto Deus for
servido e nos conservar a ambos com vida sobre esta terra!
Pra. Nadia Malta
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