DIA DAS MÃES, UMA DATA INJUSTA!
Deixe-me explicar, não estou dizendo que as mães não merecem ser
homenageadas ou honradas pelos seus filhos, muito pelo contrário, elas não só
merecem, mas devem ser por eles reverenciadas. Contudo, tenho a impressão que
esta data não faz jus ao que elas realmente merecem. Por que um dia apenas e
não todos os dias?
Falo de mães de verdade, as
abnegadas, as que se doam, que abrem mão de tantas coisas em função da
maternidade, sem cobranças. Por saberem-se galardoadas por Deus com a dádiva de
serem mães, elas se sentem responsáveis e entendem que precisam dar conta da
mordomia entregue pelo Senhor em suas mãos. Ah, elas são capazes de tudo, tiram
até leite de pedra se for preciso, quando o que está em jogo é a vida e a
integridade do seu filho!
Vamos parar para homenagear sim, mas todos os dias, com atos concretos,
com palavras amenas, com solicitude, com atenção, com afeto sincero e desinteressado,
com o carinho de um abraço ou de um telefonema no meio do dia, simplesmente pra
perguntar: Tudo bem, mãe? Todas nós sentimos falta disso!
Algumas mães são especialíssimas. Falo das mães de filhos difíceis e
problemáticos, encrenqueiros, que vivem arrumando confusão, alguns estão até
presos. Essas guerreiras não desistem deles e vão até o fim de suas forças
acreditando que eles têm jeito. A minha homenagem vai também para: As mães que
perderam filhos e que choram pra dentro suas ausências, tentando tocar suas
vidas para frente apesar de tudo. As mães que cuidam de filhos especiais que
abdicam de suas próprias vidas em função deles, são anjos de Deus na terra. As
mães que passaram pelo trauma de perder seus bebês ainda no ventre, que não
puderam abraçá-los, mas conseguem amá-los mesmo ser sequer ver seus rostos. As
mães que levantam de madrugada incansavelmente dia após dia para levar seus
filhinhos aos hospitais públicos, muitos com quadros irreversíveis de
enfermidades graves, mas não se intimidam diante das dificuldades até
conseguir. As mães de filhos com patologias mentais graves que são agredidas
por eles, mas que permanecem firmes na fé, crendo que pode haver solução. As
mães que foram abandonadas pelos seus companheiros e se desdobram em jornadas
triplas para sustentar seus filhos. As mães que não vão para o colo dos seus
filhos impondo a eles as suas cargas emocionais. As mães que não geraram no ventre,
mas no coração, que fazem multiplicar os parcos recursos para alimentar a
legião de filhos adotivos acolhidos por elas.
A lista na verdade é enorme, mas não posso esquecer-me daquelas que deixaram
de pensar em si mesmas em função de seus filhos por quem são capazes de dar a própria
vida! Rendamos sim a nossa homenagem a cada uma delas todos os dias, não com
presentes sem significado, mas com o amor, o carinho e a atenção de todos os
dias, únicos combustíveis capazes de recarregar as baterias dessas guerreiras
incansáveis. A elas a nossa mais sincera homenagem! Artigo/Nadia
Malta
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