Isaías 6:1-8
Objetivo: Chamar a atenção da igreja para a santidade de Deus diante do qual estamos e ao mesmo tempo levar a uma busca sincera de sua presença gloriosa.
Idéia Central do Texto (ICT):
O texto lido faz parte de um contexto maior, que vai até o versículo 13 e descreve o momento do chamado ministerial do profeta Isaías. Esse chamado foi marcado por dois acontecimentos que abalaram profundamente a estrutura emocional e espiritual daquele homem de Deus: a morte do Rei Uzias e uma tremenda visão do Trono de Deus. A partir daqueles dois acontecimentos, Isaías nunca mais foi o mesmo.
O Rei Uzias de Judá foi um dos maiores líderes daquele povo; ele é também chamado de Azarias; depois de um longo reinado de 52 anos, ao partir desta terra, deixou no profeta e em toda a nação um sentimento de profundo pesar e orfandade. Foi exatamente ali, naquele momento desolador na vida de Isaías que o Senhor escolheu para manifestar-se a ele, mostrando-lhe a sua glória e majestade.
Um rei humano deixava seu trono terreno, mas o Rei dos Reis continua assentado num Alto e Sublime Trono pelos séculos dos séculos, no controle absoluto de todas as coisas.
O significado do nome Uzias ou Azarias, é o Senhor é a minha força, ele era filho do rei Amazias; começou a reinar com 16 anos e reinou 52 anos em Judá. Ele fez o que era reto diante de Deus.
O texto de II Cr 26.5 diz que Uzias “se propôs a buscar o Senhor e nos dias em que buscou o Senhor, Deus o fez prosperar”. A certa altura do reinado de Uzias, tendo ele se fortificado; exaltou-se o seu coração para sua própria ruína e cometeu transgressão contra o Senhor, abusando de sua própria autoridade quis queimar incenso no lugar dos sacerdotes, o que era proibido. O Senhor o feriu com lepra até o dia de sua morte. Mesmo assim era amado por todo o reino de Judá, porque era um grande líder. Involuntariamente, estabeleceu-se uma relação de profunda dependência da figura paternal de Uzias. Essa dependência acabou se tornando um tipo de idolatria, pois as pessoas acabavam recorrendo a Uzias ao invés de recorrer a Deus.
O texto se refere também a Serafins; classe especial de anjos de Deus; a palavra Serafim= vem do hebraico e significa consumir pelo fogo.
Esses Anjos são agentes purificadores de Deus.
Introdução:
Essa visão de Isaías num momento desolador como aquele, me chama a atenção de um modo especial para o fato de que Deus nunca chega atrazado.
Muitos homens e mulheres em todas as épocas tiveram o privilégio de ter gloriosas visões de Deus: Noé, Abraão, Jacó, Moisés, Daniel, Ezequiel, Davi, Josué, a mãe de Sansão, Hagar, Maria mãe de Jesus, Saulo de Tarso e tantos outros. Há uma característica comum entre eles: eles nunca mais foram os mesmos. Esses homens e mulheres foram visitados pelo sobrenatural de Deus, porque tinham uma outra característica comum: eram pessoas de busca; eles ansiavam por Deus. O Senhor os visitou por isso.
NO ANO DA MORTE DO REI UZIAS, ISAÍAS TEVE UMA GRANDE VISÃO DE DEUS QUE O DESPERTOU PARA QUATRO ÁREAS ESPECÍFICAS:
1. Para a Santidade e glória de Deus – vs. 1- 4
- Os Serafins clamavam uns para os outros que Deus é Santo, Santo, Santo.
- A idéia básica de Santidade é separação; ou seja, Deus está separado e acima da sua criação.
- Deus é infinitamente grande e absolutamente santo; por isso que nosso pecado sempre irá ofendê-lO; nossas mentiras; nossas atitudes dolosas; nossas atitudes imorais; nossas posturas impuras; nossas palavras frívolas; nossas rebeliões; nossos melindres; e tudo o mais que procede de nosso coração pecaminoso. O grande problema quando não contemplamos a santidade de Deus, é que nos tornamos cínicos e complacentes com os nossos próprios pecados. Ouvimos crentes em nosso meio dizendo: “oh, como sou injustiçado; rejeitado; perseguido; contestado; contristado”; o grande perigo desta postura é nos acharmos muito bons e muito justos. Quando nos falta santidade, não podemos servir a Deus dignamente.
- A expressão glória de Deus vem da palavra hebraica shekinah= essa palavra não tem uma tradução literal no português; mas descreve a refulgente magnitude da manifestação de Deus; o sentido mais aproximado para compreendermos essa palavra é: plenitude, enchimento, cobertura, domínio. Quando a Shekinah de Deus enchia o templo, os sacerdotes não podiam ficar no seu interior. Na dispensação da graça somos templos Vivos de Deus e essa shekinah precisa nos encher e ocupar todos os nossos espaços de maneira que não haja lugar para mais nada; precisamos buscar essa plenitude. Deus quer manifestar a sua glória como nos dias antigos.
- Precisamos à semelhança de Isaías ter uma visão da glória e santidade de Deus. Aqui o profeta foi impactado com a santidade de Deus bem como com a sua excelsa glória.
2. Para seu próprio pecado – v.5
- Quando alguém contempla a glória de Deus e tem uma percepção da sua santidade, o seu pecado, a sua miserabilidade aflora de modo irrefutável. Quando Deus quer mostrar a sua própria glória e santidade somos confrontados com os nossos próprios pecados. A santidade de Deus avulta de forma contundente a nossa pecaminosidade. Aqui o profeta tem despertada a consciência do próprio pecado.
- Quando o Espírito Santo nos convence do nosso pecado, devemos nos arrepender, confessá-lo e abandoná-lo. A santidade e a glória de Deus nos fazem enxergar o pecado como ele é sem a maquiagem das palavras que o banalizam como: erro, deslize, tropeço, equivoco e tantas outras. Adultério não é amor, é pecado; mentira, não é um deslize, é pecado; rebelião não é temperamento forte, é pecado; idolatria, não é devoção, é pecado; assim como feitiçaria; ira; ódio; ciúme; inveja; avareza; consumismo; manipulação; fornicação; glutonaria; vícios como fumar, beber, se drogar; essas práticas não podem ser atenuadas porque a santidade e a glória de Deus nos revelam que tudo isso é PECADO é errar o alvo estabelecido pelo Senhor. Graça de Deus não é desculpa para atenuar o pecado nem para a postura arrogante de acharmos que não pecamos. Isaías enxergou isso. E nós precisamos enxergar!
3. Para sua purificação – vs. 6,7
- Quando nos arrependemos, confessamos e abandonamos os nossos pecados, os agentes purificadores de Deus entram em ação. Passamos por um batismo de fogo, para que à semelhança do ouro sejamos purificados. Essa ação de Deus sobre nós traz uma profunda certeza de que fomos purificados, perdoados; passamos a nos sentir leves. Aqui há uma mudança radical de natureza, não apenas de comportamento. Pecado confessado debaixo de arrependimento é pecado perdoado, pecado perdoado é pecado apagado. Amem?
4. Para seu serviço – v.8
- Depois de sermos purificados, Deus nos chama através de inúmeros instrumentos para o seu serviço e espera de nós respostas. A disponibilidade do profeta para o serviço é a resposta adequada àquilo que se operou nele. Deus quer pessoas que se disponham para ele. Não para fazer o que querem, mas para fazer o que ele quer. Às vezes achamos que temos um dom e não queremos fazer outras coisas para Deus; na verdade essas “outras coisas” aparentemente insignificantes são preparações de Deus para algo maior que ele tem para nós; “quem é fiel no pouco é fiel no muito”
Conclusão: O QUE DEUS QUER NOS ENSINAR HOJE?
1. Precisamos buscar a presença viva do Senhor e nos submeter à sua santidade e glória
2. Precisamos reconhecer, nos arrepender, confessar e abandonar nossos pecados e isso todos os dias, porque pecamos diariamente.
3. Precisamos ser purificados pelo Senhor.
4. Precisamos nos dispor para Deus e sua obra, aonde quer que ele deseje que trabalhemos; a obra é dele e ele capacita os escolhidos.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 19.12.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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