“Ah! Nosso Deus, acaso, não executarás tu o teu julgamento contra eles? Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti”.
Objetivo: Encorajar a igreja a colocar a sua confiança no Deus que por nós tudo executa.
Idéia Central do Texto:
O texto lido na verdade, é bem longo, são trinta versículos, que contam a grande tribulação enfrentada pelo rei Josafá de Judá, quando três exércitos se levantam contra seu pequeno e aparentemente indefeso reino.
Josafá era filho de Asa, fez o que era reto diante de Deus. Mesmo sendo um servo fiel, enfrentou momentos de tremenda dificuldade. A situação tratada no contexto lido era desesperadora. Os filhos de Moabe, os de Amon e os meunitas, povo que habitava o Monte Seir, se levantaram para destruir Judá. Aquela situação do ponto de vista humano era uma causa absolutamente perdida. Como um pequeno e insignificante reino como Judá poderia sair vitorioso diante de uma peleja com três reinos poderosíssimos?
O aparato militar daqueles reinos que vieram contra Judá era muito grande. Era impossível vencê-los com o pequeno arsenal de Judá. Josafá se dispôs a buscar o Senhor, jejuar e orar juntamente com todo o povo – vs. 3-5. Vemos aqui a importância da oração de unidade. A igreja é um corpo e precisa agir em unidade de fé. O seu clamor chegou à Santa Habitação de Deus e a resposta desceu.
O rei Josafá, como qualquer um de nós, diante de uma situação daquela sentiu medo, mas não deixou que o medo o paralisasse e o levasse ao desespero e a murmuração. Há situações que a solução passa por uma atitude de nossa parte, outras, no entanto, como no caso de Josafá não havia nada que ele pudesse fazer humanamente falando, ele recorreu à única saída possível: O DEUS TODO PODEROSO, que por nós tudo executa. Amém?
Introdução:
Já reparou que uma desgraça nunca vem sozinha? Normalmente as grandes dificuldades sempre trazem outras a reboque. Sempre foi assim.
Invariavelmente nessas situações nos sentimos absolutamente impotentes para encontrarmos as saídas. Desespero cega o entendimento. Mas qual o propósito dessas grandes investidas contra nós? Quando essas coisas não vêm como consequência de pecados, só me vem uma resposta: são testes de fé, onde o Senhor pode usar até mesmo nossos inimigos para nos provar, edificar e amadurecer.
Note que essas situações vêm sempre de repente para abalar a nossa estrutura emocional e espiritual. São os negócios que desandam de repente; uma perseguição acirrada naquele emprego dos seus sonhos; o estremecimento ou a ruptura com o cônjuge; uma doença que surge de repente; o desemprego quando você acabou de comprar um apartamento ou carro novo cujas prestações são altíssimas e você não tem como honrar; um vizinho que resolve encrencar se opondo a você gratuitamente; uma dívida monstruosa que aparece de repente; um acidente com o carro onde a perda é total e você esqueceu-se de fazer o seguro; aquela cirurgia complicada que o médico diz que você tem que fazer com urgência e tantas outras situações que chegam sem avisar e de uma só vez. Misericórdia!
Nesses momentos gosto de olhar para as grandes e poderosas intervenções de Deus no passado, elas me dão ânimo. Gosto também de rastrear a caminhada de fé dos homens e mulheres de Deus do passado, há sempre lições preciosíssimas a serem aprendidas com a experiência deles. O apóstolo Paulo falando aos romanos diz que a tribulação produz perseverança, a perseverança produz experiência e a experiência produz esperança. Por isso é proveitoso e didático fazermos releituras dos textos bíblicos que nos encorajam a não desistir da luta.
A ORAÇÃO DE JOSAFÁ REVELA TRÊS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS NA HORA DA BATALHA:
- A certeza do agir de Deus (fé): - v. 12a “Ah, nosso Deus, acaso, não executarás o teu julgamento contra eles?”.
- O reconhecimento da própria impotência (humildade): – v. 12b “Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer”.
- Ter os olhos postos somente em Deus (esperança): – v.12c “Porém os nossos olhos estão postos em ti”.
APÓS ESSA ORAÇÃO DE FÉ, COMEÇA O GRANDE MOVER DE DEUS NA SITUAÇÃO:
- O Senhor responde através do profeta Jaaziel – v.14:
- O Senhor declara que aquela peleja era dele, não de Josafá – v.15b: “Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus”
- O Senhor dá a estratégia de ação:
· Josafá não deveria temer, nem pelejar; apenas marchar ao encontro das forças inimigas cantando em louvor de Deus; ele e o povo desceriam ao encontro, mas diante do inimigo ficariam parados, vendo o agir de Deus – v.17: “Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados e vede o salvamento que o SENHOR vos dará, ó Judá e Jerusalém. Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR é convosco”. Será que não é isso que o Senhor está requerendo de você agora? Um confronto pela fé com as forças inimigas, não usando armas humanas, mas as armas de Deus? Josafá junto com o povo se prostra em adoração – v.18: “Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém também se prostraram perante o SENHOR e o adoraram”. Os levitas se posicionaram, e cantaram um cântico de vitória antes mesmo da batalha a ser travada por Deus. – v.19: “Dispuseram-se os levitas, dos filhos dos coatitas e dos coreítas, para louvarem o SENHOR, Deus de Israel, em voz alta, sobremaneira”; Comece agora mesmo a cantar um cântico de vitória ao nosso Deus, porque essa batalha é dele, não sua. O povo é estimulado a confiar em Deus – v.20: “Pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao saírem eles, pôs-se Josafá em pé e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis”. O louvor dos levitas constituía-se num brado: v.21 “Rendei graças ao Senhor, porque a sua misericórdia dura para sempre”
QUAL O RESULTADO DAQUELA ESTRATÉGIA DE DEUS?
1. O Senhor pôs emboscadas entre os três excércitos e eles se destruíram entre si – vs.22-24: “Tendo eles começado a cantar e a dar louvores, pôs o SENHOR emboscadas contra os filhos de Amom e de Moabe e os do monte Seir que vieram contra Judá, e foram desbaratados. Porque os filhos de Amom e de Moabe se levantaram contra os moradores do monte Seir, para os destruir e exterminar; e, tendo eles dado cabo dos moradores de Seir, ajudaram uns aos outros a destruir-se.Tendo Judá chegado ao alto que olha para o deserto, procurou ver a multidão, e eis que eram corpos mortos, que jaziam em terra, sem nenhum sobrevivente”.
2. As riquezas dos inimigos foram transferidas para o povo de Judá. Invariavelmente saímos mais ricos das nossas lutas mais renhidas – v. 25: “Vieram Josafá e o seu povo para saquear os despojos e acharam entre os cadáveres riquezas em abundância e objetos preciosos; tomaram para si mais do que podiam levar e três dias saquearam o despojo, porque era muito”
3. Eles terminaram celebrando um grande culto de ação de graças e o lugar da peleja foi chamado de Vale de Bênção – vs.26, 27: “Ao quarto dia, se ajuntaram no vale de Bênção, onde louvaram o SENHOR; por isso, chamaram àquele lugar vale de Bênção, até ao dia de hoje. Então, voltaram todos os homens de Judá e de Jerusalém, e Josafá, à frente deles, e tornaram para Jerusalém com alegria, porque o SENHOR os alegrara com a vitória sobre seus inimigos”.
CONCLUSÃO: O QUE ESSE EPISÓDIO NOS ENSINA NO MEIO DAS LUTAS QUE NOS ASSOLAM?
1. As grandes dificuldades nunca vêm sozinhas, mesmo como servos fieis estamos sujeitos a passar por elas; elas são testes de Deus para a nossa fé.
2. Nessas situações devemos ter os nossos olhos postos em Deus; esperar inteiramente nele.
3. Afastar todo o temor exercitando a fé; fazendo ousadas declarações de fé baseadas nas imutáveis promessas de Deus.
4. Ter em nossos lábios um canto de vitória em louvor ao nosso Deus, declarando: “Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom e a sua misericórdia dura para sempre”.
5. Aguardar a vitória com corações agradecidos. Precisamos criar uma cultura de ações de graças, afinal, somos o povo da vitória.
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 21.10.12 nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; www.ocolodopai.com
Este material pode ser utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.
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