Romanos 8:1-11
OBJETIVO
Estimular os que nasceram de novo a desfrutar da liberdade no Espírito Santo andando em plenitude.
Estimular os que nasceram de novo a desfrutar da liberdade no Espírito Santo andando em plenitude.
IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Este capítulo oito de Romanos é considerado a grande declaração de liberdade do cristão. A maior ênfase deste contexto é a ação do Espírito Santo em nossas vidas.
O apóstolo Paulo no texto lido leva seus leitores a avaliarem a sua conduta a partir da nova vida em Cristo, bem como a vida daqueles que continuam na carne, obedecendo às suas inclinações porque nunca foram genuinamente regenerados. LIBERDADE NO ESPÍRITO NÃO É LICENÇA PARA PECAR!
INTRODUÇÃO
Temos ouvido que a única maneira de nos tornarmos vencedores sobre o mundo, sobre a carne e sobre o diabo é nos enchermos do Espírito Santo dia após dia. Essa busca é incessante, esse enchimento só cessará quando fecharmos os olhos nesta terra e nos encontrarmos com o Senhor face a face.
É com tristeza que observamos uma interpretação errônea deste texto, que tem levado muitos a cometerem toda sorte de torpeza e se estribarem na pretensa “liberdade dos filhos de Deus”.
A grande diferença aqui é para onde temos nos inclinado: se para a carne ou para o Espírito. Note que estamos falando de liberdade no Espírito Santo e não do espírito humano. Somos livres sim para fazer a vontade do Pai celestial. Não estamos dizendo com isso que o cristão é impecável, muito pelo contrário, a própria Bíblia está repleta de servos de Deus que pecaram feio, mas constrangidos se arrependeram e voltaram para o Pai em legitimo quebrantamento. E por que um legitimo cristão se constrange ante o pecado? Porque tem o Espírito Santo em seu coração, recebido pelo Novo Nascimento. É o Espírito de Deus que convence da justiça, do juízo e do pecado.
Em Gálatas 5.1, 13 o apóstolo Paulo diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois firmes e não vos submetais, de novo a jugo de escravidão. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor”.
PARA ENTENDER A LIBERDADE APREGOADA POR PAULO NOS VERSÍCULOS LIDOS PRECISAMOS ATENTAR PARA QUATRO VERDADES:
- Nenhuma condenação há – v.1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
- Note que o texto não diz: nenhum erro, nenhum fracasso, nenhum pecado. Muitos servos de Deus erram, fracassam e pecam, mais ainda assim não são condenados, embora recebam na carne as conseqüências de suas atitudes pecaminosas.
- O erro, fracasso ou pecado na vida do cristão é algo puramente acidental, ele não vive na prática do pecado deliberadamente.
- O falso crente, no entanto, apesar de ter uma capa exterior de piedade, vive na prática do pecado. O que ele faz em oculto, o só referir é vergonha.
- Condenação é sentença que leva à morte eterna (morte eterna). A lei condena, mas o cristão tem uma nova relação com a Lei. Pelo Espírito Santo somos libertados do poder e da penalidade do pecado, porém ainda não de sua presença, pois vivemos em um mundo caído. Por isso a atitude de vigilância da nossa parte deve ser constante.
- Estamos debaixo da jurisdição de uma nova Lei – v.2: “Porque a Lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
- Fomos livrados pelo sacrifício de Cristo na cruz do calvário da lei do pecado e da morte. O que dizia essa lei? A alma que pecar essa morrerá, porque o salário do pecado é a morte.
- Como entender isso? A Lei de Deus mudou? Não, mas vestiu-se de uma nova roupagem. A mesma lei do pecado e da morte para os não salvos transformou-se na Lei do Espírito da vida para os salvos (os que estão em Cristo Jesus). Para uns tem cheiro de morte, para outros, cheiro de vida. Isto foi possível pelo sangue de Jesus.
- Passamos para uma esfera de vida completamente distinta, ou seja, aquele esforço humano, puramente carnal para não pecar era inútil. Foi preciso que a graça de Deus encarnada (Jesus) nos regenerasse, para recebermos poder para resistir ao pecado nas diversas formas que ele se apresenta. A graça nos salva, nos fortalece, nos capacita, nos sustenta e santifica através da Lei Perfeita, a lei da Liberdade. O que atenta para essa Lei Perfeita será bem aventurado no que realizar. Tg. 1.25
- Antes de Cristo, além da lei não poder salvar ainda condenava – v.s 3-4: “Porquanto, o que fora impossível à lei no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
- O sacrifício de Cristo na cruz do calvário de forma vicária (substitutiva) fez que morrêssemos condenados pela lei e nele ressuscitássemos para andar em novidade de vida. Só através da nova vida em Cristo fomos capacitados a obedecer os preceitos de Deus de forma suave. Para os regenerados, os mandamentos de Deus não são penosos.
- Jesus sofreu os rigores da lei, no que tange à condenação, para que nele tivéssemos liberdade e vida em plenitude, vida abundante.
- Há os que se inclinam para a carne e os que se inclinam para o Espírito VS. 5-11: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é: inimizade contra Deus, pois não está sujeito á Lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
- A inclinação da carne dá para a morte e a do Espírito para vida e paz. Não existe território neutro, ou estamos na esfera da carne ou na esfera do Espírito. O que o apóstolo Paulo quer nos dizer aqui?
- Morte aqui significa não só a morte literal, mas toda ausência de vida em todas as áreas da existência humana: física, financeira, relacional, emocional e espiritual.
- Por exemplo: Como podemos ter saúde física se nos inclinamos a manter hábitos que agridem o santuário de Deus? Como podemos ter uma vida financeira saudável se mesmo sendo dizimistas fieis, nos inclinamos a nos endividar gastando mais do que ganhamos? Como podemos ter relacionamentos saudáveis se nos inclinamos à intolerância? Como podemos ter uma vida emocional equilibrada se não cultivamos o fruto do Espírito? Como podemos ter uma vida espiritual cheia de plenitude se temos perdido o temor do Senhor? Essas são algumas das inclinações da carne que têm levado morte a muitos crentes.
- Agora, quando nos inclinamos para ouvir e obedecer à voz suave do Espírito Santo, o resultado é vida e paz!
- Ainda há tempo de nos arrependermos e voltarmos à prática das primeiras obras.
CONCLUSÃO
Deixo algumas perguntas para a reflexão:
Deixo algumas perguntas para a reflexão:
- Tenho realmente em mim a natureza divina ou finjo ser um cristão? Que motivação tem me levado à igreja?
- Para onde tenho me inclinado, para a carne ou para o Espírito? Qual o resultado da minha inclinação: morte ou vida e paz?
- Será que tenho permitido que a minha velha natureza controle meus pensamentos e desejos?
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 29/2/2012– nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.