quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/LIBERTOS DA PENALIDADE DO PECADO ANDEMOS EM PLENITUDE!

LIBERTOS DA PENALIDADE DO PECADO, ANDEMOS EM PLENITUDE!
Romanos 8:1-11


OBJETIVO
Estimular os que nasceram de novo a desfrutar da liberdade no Espírito Santo andando em plenitude.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO
Este capítulo oito de Romanos é considerado a grande declaração de liberdade do cristão. A maior ênfase deste contexto é a ação do Espírito Santo em nossas vidas.

O apóstolo Paulo no texto lido leva seus leitores a avaliarem a sua conduta a partir da nova vida em Cristo, bem como a vida daqueles que continuam na carne, obedecendo às suas inclinações porque nunca foram genuinamente regenerados. LIBERDADE NO ESPÍRITO NÃO É LICENÇA PARA PECAR!

INTRODUÇÃO
Temos ouvido que a única maneira de nos tornarmos vencedores sobre o mundo, sobre a carne e sobre o diabo é nos enchermos do Espírito Santo dia após dia. Essa busca é incessante, esse enchimento só cessará quando fecharmos os olhos nesta terra e nos encontrarmos com o Senhor face a face.

É com tristeza que observamos uma interpretação errônea deste texto, que tem levado muitos a cometerem toda sorte de torpeza e se estribarem na pretensa “liberdade dos filhos de Deus”. 

A grande diferença aqui é para onde temos nos inclinado: se para a carne ou para o Espírito. Note que estamos falando de liberdade no Espírito Santo e não do espírito humano. Somos livres sim para fazer a vontade do Pai celestial. Não estamos dizendo com isso que o cristão é impecável, muito pelo contrário, a própria Bíblia está repleta de servos de Deus que pecaram feio, mas constrangidos se arrependeram e voltaram para o Pai em legitimo quebrantamento. E por que um legitimo cristão se constrange ante o pecado? Porque tem o Espírito Santo em seu coração, recebido pelo Novo Nascimento. É o Espírito de Deus que convence da justiça, do juízo e do pecado.

Em Gálatas 5.1, 13 o apóstolo Paulo diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois firmes e não vos submetais, de novo a jugo de escravidão. Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém, não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.

PARA ENTENDER A LIBERDADE APREGOADA POR PAULO NOS VERSÍCULOS LIDOS PRECISAMOS ATENTAR PARA QUATRO VERDADES:
  1. Nenhuma condenação há – v.1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
  • Note que o texto não diz: nenhum erro, nenhum fracasso, nenhum pecado. Muitos servos de Deus erram, fracassam e pecam, mais ainda assim não são condenados, embora recebam na carne as conseqüências de suas atitudes pecaminosas.
  • O erro, fracasso ou pecado na vida do cristão é algo puramente acidental, ele não vive na prática do pecado deliberadamente.
  • O falso crente, no entanto, apesar de ter uma capa exterior de piedade, vive na prática do pecado. O que ele faz em oculto, o só referir é vergonha.
  • Condenação é sentença que leva à morte eterna (morte eterna). A lei condena, mas o cristão tem uma nova relação com a Lei. Pelo Espírito Santo somos libertados do poder e da penalidade do pecado, porém ainda não de sua presença, pois vivemos em um mundo caído. Por isso a atitude de vigilância da nossa parte deve ser constante.
  1. Estamos debaixo da jurisdição de uma nova Lei – v.2: “Porque a Lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte”.
  • Fomos livrados pelo sacrifício de Cristo na cruz do calvário da lei do pecado e da morte. O que dizia essa lei? A alma que pecar essa morrerá, porque o salário do pecado é a morte.
  • Como entender isso? A Lei de Deus mudou? Não, mas vestiu-se de uma nova roupagem. A mesma lei do pecado e da morte para os não salvos transformou-se na Lei do Espírito da vida para os salvos (os que estão em Cristo Jesus). Para uns tem cheiro de morte, para outros, cheiro de vida. Isto foi possível pelo sangue de Jesus.
  • Passamos para uma esfera de vida completamente distinta, ou seja, aquele esforço humano, puramente carnal para não pecar era inútil. Foi preciso que a graça de Deus encarnada (Jesus) nos regenerasse, para recebermos poder para resistir ao pecado nas diversas formas que ele se apresenta. A graça nos salva, nos fortalece, nos capacita, nos sustenta e santifica através da Lei Perfeita, a lei da Liberdade. O que atenta para essa Lei Perfeita será bem aventurado no que realizar. Tg. 1.25
  1. Antes de Cristo, além da lei não poder salvar ainda condenava – v.s 3-4: “Porquanto, o que fora impossível à lei no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”.
  • O sacrifício de Cristo na cruz do calvário de forma vicária (substitutiva) fez que morrêssemos condenados pela lei e nele ressuscitássemos para andar em novidade de vida. Só através da nova vida em Cristo fomos capacitados a obedecer os preceitos de Deus de forma suave. Para os regenerados, os mandamentos de Deus não são penosos.
  • Jesus sofreu os rigores da lei, no que tange à condenação, para que nele tivéssemos liberdade e vida em plenitude, vida abundante.
  1. Há os que se inclinam para a carne e os que se inclinam para o Espírito VS. 5-11: “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é: inimizade contra Deus, pois não está sujeito á Lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo esse tal não é dele. Se, porém, Cristo está em vós o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita”.
  • A inclinação da carne dá para a morte e a do Espírito para vida e paz. Não existe território neutro, ou estamos na esfera da carne ou na esfera do Espírito. O que o apóstolo Paulo quer nos dizer aqui?
  • Morte aqui significa não só a morte literal, mas toda ausência de vida em todas as áreas da existência humana: física, financeira, relacional, emocional e espiritual.
  • Por exemplo: Como podemos ter saúde física se nos inclinamos a manter hábitos que agridem o santuário de Deus? Como podemos ter uma vida financeira saudável se mesmo sendo dizimistas fieis, nos inclinamos a nos endividar gastando mais do que ganhamos? Como podemos ter relacionamentos saudáveis se nos inclinamos à intolerância? Como podemos ter uma vida emocional equilibrada se não cultivamos o fruto do Espírito? Como podemos ter uma vida espiritual cheia de plenitude se temos perdido o temor do Senhor? Essas são algumas das inclinações da carne que têm levado morte a muitos crentes.
  • Agora, quando nos inclinamos para ouvir e obedecer à voz suave do Espírito Santo, o resultado é vida e paz!
  • Ainda há tempo de nos arrependermos e voltarmos à prática das primeiras obras.
CONCLUSÃO
Deixo algumas perguntas para a reflexão:
  1. Tenho realmente em mim a natureza divina ou finjo ser um cristão? Que motivação tem me levado à igreja?
  2. Para onde tenho me inclinado, para a carne ou para o Espírito? Qual o resultado da minha inclinação: morte ou vida e paz?
  3. Será que tenho permitido que a minha velha natureza controle meus pensamentos e desejos?
Aleluia, amém!

Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/É DA VONTADE DE DEUS A NOSSA SANTIFICAÇÃO!

É DA VONTADE DE DEUS A NOSSA SANTIFICAÇÃO!
I Tessalonicenses 4:1-12


Objetivo: Despertar os ouvintes a buscar uma vida de santificação contínua.

Idéia Central do texto:
O apóstolo Paulo escreve duas epístolas à igreja de Tessalônica, fundada por ele em sua segunda viagem missionária, para prepará-la para a Vinda do Senhor Jesus. Nessas duas cartas há em torno de vinte referencias a Segunda Vinda de Cristo. No texto lido, visando a preparação daqueles irmãos, Paulo em seu zelo apostólico, exorta-os quanto à pureza moral, ao amor fraternal e a diligencia no trabalho diário. Aqui encontramos a idéia central do texto.

O apóstolo estava sempre às voltas em corrigir distorções doutrinárias. O mais interessante, é que as palavras de Paulo àqueles irmãos se adéquam perfeitamente a igreja de nossos dias. Que possamos atentar para a seriedade dessas palavras! Deus é justo e santo e reclama para si um povo justo e santo. Por isso ele justifica o pecador através do sacrifício de Cristo e o santifica (separa) para que ele seja chamado pelo seu nome! 

Introdução:
O apóstolo Paulo inúmeras vezes associa ou compara a vida cristã a uma caminhada, ou um andar. Ele falando aos efésios diz: “Andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”; “Que não andeis como também andam os gentios”; “Andai em amor”; “Andai como filhos da luz”. 

Toda caminhada, seja física ou espiritual, começa com um primeiro passo. A vida cristã começa com um passo de fé, que conduz a uma caminhada de fé. O conceito de caminhada também sugere progressão. Quem caminha, não permanece no mesmo lugar, a menos que esteja andando numa esteira de academia. No entanto, é preciso nos certificar se verdadeiramente estamos andando na luz”, pois o adversário está sempre preparando armadilhas para os nossos pés, às vezes essas armadilhas são tão sutis que não percebemos o laço em nossos pés.

PAULO DESCREVE AQUI TRÊS MANEIRAS, SEGUNDO AS QUAIS O VERDADEIRO CRISTÃO DEVE ANDAR PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO:
  1. Andar em Santidade – VS. 1-8:
  • Não era fácil para os novos crentes viverem uma vida de santidade. O ambiente moral do Império Romano era absolutamente promíscuo. As práticas sexuais impuras eram consideradas totalmente normais e toleráveis dentro daquela sociedade hedonista. Hoje percebemos algo semelhante na sociedade que vivemos. Contudo, para o crente em Jesus santidade não é opção, é ordem de Deus. Por isso Paulo apresenta quatro motivações pelas quais devemos andar em santidade e não nos deixar dominar pela impureza:
  • Primeira: Devemos andar em santidade para agradar a Deus – v.1:
  • Agradar a Deus deve ser a maior motivação da vida Cristã e não é simplesmente fazer a sua vontade, mas é fazê-la com inteireza de coração. É possível obedecer a Deus e ainda assim, não lhe agradar. O rei Amazias  um exemplo vivo disso .
  • Segunda: Devemos andar em santidade para obedecer a Deus – VS. 2,3:
  • Aqui, ao ministrar instruções àqueles irmãos, Paulo usa um termo militar, como se fosse um oficial superior, falando aos seus subordinados. E é isso que somos soldados do exército do Senhor, arregimentados por ele para andar em obediência. A instrução aqui é clara: Que vos abstenhais da prostituição”, em outras palavras, que sejais santos”. Santo significa separado para Deus. No texto em questão, Paulo está falando em relação à pureza sexual. Ao longo de toda a Bíblia, Deus adverte seu povo quanto ao perigo do sexo fora do casamento – Hb 13.4; para se livrar de uma tentação dessa ordem, a orientação bíblica é simples: “fuja dela”!
  • Desde o princípio ele instituiu o casamento como uma união sagrada entre um homem e uma mulher. Essa união é tão sublime, que o Senhor resolveu usá-la como uma analogia de sua união com o seu povo. Por isso o casamento do ponto de vista de Deus é uma aliança, um pacto que só a morte pode desfazer. A Admoestação do Senhor é tão séria com relação a isso que ele diz que olhar para alguém com intenção impura já adulterou com essa pessoa”- Mt 5.27. O Senhor em Lv. 11.44 ordena: “Eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo”.
  • Terceira: Devemos andar em santidade para glorificar a Deus – VS. 4,5:
  • Os que conhecem e pertencem a Deus têm o dever de glorificá-lo neste mundo. Glorificar é adorar e foi precisamente para isto que fomos alcançados pela graça de Deus. O v. 4 diz: Que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra” = nosso corpo é santuário de Deus e deve ser usado de maneira a honrá-lo. Se aprendermos a glorificar a Deus com o nosso corpo, será possível glorificá-lo também na Comunhão dos Santos, que é o seu Corpo, a igreja. É comum vermos a irreverência no meio do ajuntamento solene. Quando nos dirigimos à igreja, o culto começa a partir do momento que saímos de casa, devemos, portanto, ter uma atitude de adoração e oração na presença do Senhor. Em muitas igrejas a hora do culto parece mais uma feira. O profeta Habacuque diz: O Senhor, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” – Hc 2.20.
  • Quarta: Devemos andar em santidade para sermos poupados do julgamento de Deus – VS.6-8:
  • Deus não faz acepção de pessoas, por isso disciplina seus filhos quando pecam. A eleição não nos isenta da obediência, só aumenta a nossa responsabilidade. Desprezar as instruções de Deus é o mesmo que atrair para si o seu julgamento e entristecer o Espírito; há muitos crentes pagando um alto preço por causa da prostituição; as escapadelas fora do casamento trazem dor e tormento, porque expõem o santuário de Deus, que é o corpo do crente, à impureza.
  1. Andar em Amor uns pelos outros – VS.9,10:
  • Aqui o apóstolo Paulo volta à exortação recorrente em todo o Novo Testamento: o amor com que devemos amar uns aos outros. “Andar em Amor significa continuamente praticarmos atos de bondade, que podem tornar a vida melhor e mais suportável para outra pessoa” (Anônimo).
  • Ele enfatiza a necessidade dos seus leitores progredirem no exercício do amor fraternal. Note que a natureza determina a ação. Os verdadeiros cristãos amam porque têm a natureza de Deus e Deus é Amor. De que maneira Deus faz com que o nosso amor cresça? Colocando-nos em circunstancias adversas que nos obriguem a exercitar o amor. Amar quem é agradável e simpático é muito fácil, mas o amor requerido aqui é o amor incondicional com que o Próprio Deus nos ama, apesar de nós (Amor Ágape). As dificuldades que temos uns com os outros, são oportunidades concedidas por Deus para exercitarmos esse amor. O amor fraternal é chamado de “oxigênio do Corpo de Cristo”.
  1. Andar em Dignidade – Vs. 11,12:
  • A ênfase aqui é quanto ao testemunho do cristão no dia a dia. A grande preocupação de Paulo era que os cristãos de Tessalônica trabalhassem honestamente, que tivessem honradez ao empenhar a palavra e que não usassem de meios ilícitos para conseguir isso ou aquilo. Por estarem desocupados e ociosos, acabavam se intrometendo na vida dos outros. “Mente vazia é oficina do diabo”. De certa maneira estavam imitando o proceder dos gregos, que desprezavam o trabalho manual, que ficava por conta dos escravos. Isso começou a acontecer por causa de alguns fanáticos que interpretavam erroneamente as Escrituras quanto à Segunda Vinda de Cristo. Eles resolveram cruzar os braços, parar de trabalhar e esperar a volta do Senhor, vivendo exclusivamente da caridade de irmãos, que muitas vezes não tinham o suficiente nem para sustentar a sua própria família. A esses irmãos ociosos Paulo diz: Se alguém não quer trabalhar, também não coma” – II Ts 3.10b. O v.11 na NVI fica assim: Esforcem-se para cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos”.
Conclusão: O QUE ESSE TEXTO NOS ENSINA SOBRE ESSE ANDAR EM CRISTO?
  1. Devemos andar em santidade para agradar, obedecer, glorificar a Deus e ser poupado do seu julgamento. Esse andar é para Deus.
  2. Devemos andar em amor uns pelos outros. Esse é um exercício contínuo. Esse andar é com os irmãos.
  3. Devemos andar dignamente na vida pessoal e nos negócios, de modo a testemunhar da mudança que se operou em nós. Esse andar é diante dos homens, dentro e fora da igreja.
  4. As três maneiras de andar devem estar absolutamente sincronizadas, ou seja, não dá para ser santo e não amar os irmãos, nem para ser santo, amar os irmãos e viver indignamente de modo a envergonhar o Senhor e sua Santa Palavra. Sobre o andar diário em santidade Spurgeon diz: "Entre dois males, não escolha nenhum".
Aleluia, amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 26.02.2012 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/APRENDAMOS A DISCERNIR!

APRENDAMOS A DISCERNIR! Amós 3.3-7
Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo? Rugirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no covil a sua voz, se nada tiver apanhado? Cairá a ave no laço em terra, se não houver armadilha para ela? Levantar-se-á o laço da terra, sem que tenha apanhado alguma coisa? Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o SENHOR o tenha feito? Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.


Objetivo: Chamar a atenção do povo de Deus para a necessidade de buscar o discernimento para compreender tanto o bem quanto o mal.

Ideia Central do Texto (ICT):
Amós, o profeta do prumo, foi enviado como trombeta de Deus para anunciar o castigo a um Israel impenitente, ganancioso, impuro e profano (2.6-12). A mensagem de Amós é uma proclamação sobre a voz do Senhor como o rugido de um leão contra os que o tem repudiado. O povo havia trocado o temor de Deus por um formalismo religioso exterior que não convencia o Senhor.

Aqui ele exorta o povo a buscar discernir tanto o bem quanto mal. Contudo, o povo havia virado as costas para o Senhor indo após outros deuses, provocando o Senhor à ira e suscitando um justo castigo. Há uma diferença entre sofrermos as consequências de um mundo caído sujeito às enfermidades, calamidades e tragédias, e sofrer essas coisas como consequências de nossos pecados pessoais. Atentemos para isso.

Introdução:
Será que temos buscado em oração o discernimento sobre as coisas espirituais sinalizadas para nós? Por causa do nossa miopia espiritual não as enxergamos. Como diz o apóstolo Pedro em II Pe 1.9: só vemos o que está perto.

O apóstolo Paulo diz: “Procurai com zelo os melhores dons!” I Co.12.31. Que tal orarmos incessantemente pedindo ao Senhor que nos conceda: amor, fé e discernimento? Estamos tão envolvidos com as coisas terrenas que temos esquecido as espirituais. Por isso tanta gente em nosso meio tem enfrentado lutas avassaladoras.

Temos ouvido incessantemente sobre a questão inegociável da obediência requerida por Deus do seu povo escolhido. Nada substitui essa obediência!

Tanto o Israel do passado, quanto o espiritual, formado de judeus e gentios convertidos a Cristo, precisam clamar ao Senhor por sabedoria e discernimento. Só assim poderão compreender qual a vontade perfeita de Deus.

É incrível como o Senhor se revela ao seu povo escolhido em todo o tempo. Essa revelação se dá não só de forma direta, mas através de vários sinais, como as circunstancias, por exemplo. Estejamos atentos!

O TEXTO LIDO NOS TRAZ DUAS REVELAÇÕES SOBRE OS AGIRES DE DEUS EM RELAÇÃO AO SEU POVO ESCOLHIDO:

  1. Nada acontece de modo aleatório, sem causa ou advertência da parte de Deus – VS. 3-6: Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo? Rugirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no covil a sua voz, se nada tiver apanhado? Cairá a ave no laço em terra, se não houver armadilha para ela? Levantar-se-á o laço da terra, sem que tenha apanhado alguma coisa? Tocar-se-á a trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça? Sucederá algum mal à cidade, sem que o SENHOR o tenha feito?”.
  • Se prestarmos atenção às circunstancias que nos cercam, veremos que todas elas têm uma causa definida. Conspirações, cadeias, laços para os nossos pés, reações violentas e tantas outras coisas. As nossas ações geram reações nos outros e no mundo espiritual, em Provérbios 15:1 “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Nossos atos de obediência geram bênçãos, enquanto a nossas rebeliões geram maldições. As Leis do Senhor foram inscritas em nossos corações, mas não as temos levado em conta e por isso mesmo a ira do Senhor tem se manifestado tão duramente. Como povo escolhido não o temos glorificado.
  • Na conferencia sobre Consciência Cristã de 2012 o Dr.Russel Shedd disse o seguinte sobre a ira de Deus: “Deus está zangado. Ele está irritado conosco porque não pensamos sobre de onde veio a inteligência que criou o universo. Ele está irado porque suprimimos a verdade de nossos corações. Ele está furioso porque ignoramos a revelação natural de Seu poder. Deus está com raiva porque os biólogos não param para agradecer a Deus pelo corpo tão fantástico que temos, em que cada célula abriga trilhões e trilhões de informações do seu corpo. Deus está zangado porque nosso conhecimento aumenta, mas estamos cada vez menos atentos ao Criador. A cada 30 anos o conhecimento humano dobra, mas pouco se fala sobre Deus. Professores não informam seus alunos sobre todas as coisas virem de Deus e que para Ele todas as coisas existem. Somos indesculpáveis por que a pregação de Deus está por todo lado e nós ignoramos isto” (voltemosaoevangelho.com).  Não temos glorificado o Senhor como Deus único e verdadeiro!
  • Quando as coisas acontecem quase nunca paramos para nos perguntar: O que gerou essa situação? Filhos têm sido provocados à ira pelos pais durante toda a vida e um dia se rebelam contra eles, agredindo-os. Casamentos têm sido destruídos por falta de atitudes dos cônjuges. Filhos têm sido ceifados da terra ainda jovens por terem desonrados seus pais. Orações têm sido rejeitadas por Deus por causa da hipocrisia do muito falar. Atitudes e palavras são sementes e quando as plantamos elas brotarão e produzirão frutos da mesma espécie, portanto, cuidado com as sementes!  São muitas as situações e os sinais do desfecho em todas elas são visíveis, mas têm sido ignorados. Na verdade, temos negligenciado o Senhor e o temos excluído de nossa vida diária, restringimos a sua presença apenas às reuniões eclesiásticas. Achamos que por termos sido alcançados, não precisamos mais buscá-lo em espírito e em verdade. Essa busca não cessa!

  1. Nada é permitido por Deus sem que antes ele nos faça conhecer através da sua revelação: V.7: Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas”.
  • Em Efésios 1. 15-18 o apóstolo Paulo ora pelos cristãos efésios pedindo o seguinte: Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos”.
  • Na presente dispensação, todos os alcançados são de certa maneira profetas de Deus, comunicam a Verdade de Deus, que é Cristo. Ainda há aqueles especificamente comissionados por Deus para nos advertir. A petição paulina é para que tenhamos espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento do Senhor e que sejam iluminados os olhos do nosso entendimento. Precisamos à semelhança de Paulo clamar por isso incessantemente. Tudo que precisamos saber já nos foi doado e revelado. No entanto, nossos olhos ainda precisam dessa iluminação do céu para compreender os mistérios e propósitos do Senhor, sobretudo, em relação à disciplina que ele aplica em nós cada vez que o desobedecemos.
Conclusão: O que o Espírito deseja nos ensinar aqui?
1. Vigiemos sempre e busquemos sabedoria e discernimento espiritual. Tenhamos cuidado com as ações, elas geram reações nem sempre agradáveis nas pessoas e no mundo espiritual. Muitas vezes as nossas ações suscitam a ira de Deus, não estou falando no sentido da perdição eterna, porque os eficazmente alcançados não se perdem. Mas no sentido de arcarmos com as consequências de nossos atos. Cada um de nós dará contas de si mesmo, portanto, examinemo-nos a nós mesmos.
2. Os sinais estão todos diante de nós, nada acontece sem que primeiro o Senhor revele seu segredo aos seus servos os profetas, que num certo sentido somos nós mesmos e aqueles especialmente comissionados por ele.
 
Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta – em 22.02.2012 – nadiamalta@hotmail.com/pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação, desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/ELEITOS E VOCACIONADOS POR DEUS!

ELEITOS E VOCACIONADOS POR DEUS! II Pedro 1.3-11


Objetivo: Ministrar a igreja sobre a necessidade de uma vida de consagração e testemunho.

Idéia Central do Texto (ICT):
O texto lido é uma exortação do apóstolo Pedro aos cristãos da Ásia Menor a viverem uma vida de consagração e santidade ao Senhor. Ele fala da necessidade da prática da Verdade Fiel em face do engano trazido pelos falsos mestres que entravam sorrateiramente nas igrejas disseminando suas heresias malignas.

Pedro desejava ver o progresso espiritual daqueles irmãos, mas para que isso acontecesse, eles precisavam se esforçar para sair da carnalidade e buscar ouvir a voz do Espírito Santo e obedecer-lhe as instruções.
A grande ênfase do texto é mostrar que os eficazmente alcançados são eleitos e vocacionados não só para a salvação, mas para uma vida de santidade e testemunho verdadeiros.

Introdução:
A salvação é de graça e pela graça, todos sabemos disso. A única ação efetiva do homem no que tange a obter a salvação é crer somente! Contudo, para receber as bênçãos de Deus já ordenadas, é necessário viver de acordo com as instruções dadas pelo Senhor na Bíblia Sagrada. O problema é que há dentro de nós uma guerra civil da velha natureza com a nova natureza recriada pelo Espírito de Deus. A natureza que mais alimentarmos sairá vencedora nessa guerra.

O Espírito de Deus tem zelo por nós e deseja que completemos vitoriosos a carreira que nos está proposta. Não conseguimos ser santificados na força da carne, cumprindo regras impostas, mas quando nos deixamos persuadir pelos apelos do Espírito Santo em nosso coração, a santificação começa a fluir. Não há atalhos para a santificação, portanto, mãos à obra!

NO TEXTO LIDO O SENHOR NOS TRAZ ATRAVÉS DO APÓSTOLO PEDRO UMA REVELAÇÃO, UMA INSTRUÇÃO E O RESULTADO DA PRÁTICA DELAS:

1.       Revelação: Os eficazmente alcançados já receberam o que necessitam – VS.3, 4: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo”
·         Por seu divino poder o Senhor já nos concedeu todas as coisas que nos conduzem a vida e a piedade. Como entender essa afirmação? Somos capacitados pela ação do Espírito a praticar aquilo que a Bíblia ordena, mesmo quando achamos que pelo nosso temperamento não conseguiremos.
·         O Senhor nos chamou para a sua própria glória e virtude e alcançamos isso pelo conhecimento experiencial de Deus, não pela religiosidade de fachada. Por isso, ponha a Palavra à prova e não resista à voz do Espírito Santo quando ele o persuade e constrange a obedecer ao que Deus determina. A capacitação recebida de Deus não diz respeito só às coisas práticas da vida, mas também à piedade (as coisas espirituais) a um viver de modo digno.
·         Pela glória e virtude de Deus nos têm sido “doadas as preciosas e mui grandes promessas para que por elas nos tornemos coparticipantes da natureza divina, livrando-nos da corrupção e das paixões que há no mundo”. Em Hb.10.35, 36 diz assim: Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa”.
·         À medida que cremos e obedecemos à vontade de Deus, as promessas já doadas, vão sendo liberadas!
2.       Instrução: A Prática da Palavra de Deus leva a uma vida de santidade e confirma tanto a eleição quanto a vocação – Vs. 5-7, 10 a: por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição”.
·         Aqui o apóstolo Pedro torna-se extremamente prático em sua instrução. Para que nos tornemos coparticipantes da natureza divina precisamos primeiro nos esforçar para fazer as seguintes associações: A fé com a virtude (bondade moral, que Paulo chama de benignidade); a virtude com o conhecimento; o conhecimento com o domínio próprio; o domínio próprio com a perseverança; a perseverança com a piedade (compaixão); a piedade com a fraternidade (comunhão) e a fraternidade com o amor que é o fim e auge do crescimento espiritual.
·         Em segundo lugar: precisamos procurar nos esforçar diligentemente (com muito empenho) para confirmar a nossa vocação e eleição. De que modo?
·         O testemunho pessoal do crente é mais eloqüente que qualquer sermão, por mais bem elaborado que ele seja. Para que esse testemunho aconteça precisamos nos esforçar para seguir os comandos do Espírito Santo dentro de nós, se é que o temos. A vocação para a santidade e a eleição como participantes da família de Deus são confirmadas pelo nosso testemunho pessoal.
3.       Resultados da revelação e da prática da instrução recebida: Uma vida frutífera e sem tropeços – VS. 8, 9, 10b, 11: Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. Porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum”.
·         Passamos a nos tornar ativos na obra de Deus e frutíferos no conhecimento de Jesus Cristo à medida que a prática dessas instruções vai aumentando em nós.
·         Os que se tornam praticantes da Palavra não tropeçam em tempo algum (isto não significa impecabilidade, mas uma vida de testemunho). “A vereda do justo é como a luz da aurora, vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” Pv.4.18. Só os cegos espirituais não percebem essas coisas.
CONCLUSÃO: O que o Senhor deseja nos ensinar hoje?
1.              O Senhor nos revela através do apóstolo Pedro que tudo o que precisamos para a vida prática e para a vida espiritual, já nos foi doado, são as suas grandes e mui preciosas promessas para nós, tão grandes que a Palavra dele nos diz: “Que nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam!. É como se fosse depositado numa conta aberta por Deus para nós nas regiões celestes, tudo o que precisamos depois da salvação. É só nos habilitar através da obediência (que é a nossa senha) para sacar o que já é nosso. Nada substitui a obediência e obedecer é sempre melhor que sacrificar!
.
2.       Fomos capacitados a nos esforçar a obedecer aos comandos do Espírito Santo que nos constrange a fazer a vontade do Pai. É só querer!
3.       Quando nos dispomos a fazer a vontade revelada de Deus em sua Santa Palavra, aquelas promessas já doadas e depositadas no “Banco de Deus” começam a ser liberadas e se tornam realidade. Os nossos atos de obediência trazem à existência o que não existe.
4.       O servo de Deus torna-se ativo na obra do Senhor e frutífero no conhecimento de Jesus Cristo e não tropeçará em tempo algum, porque passará a andar em uma vereda plana e luminosa.
5.       A vocação e eleição do servo de Deus são plenamente confirmadas pelo seu testemunho.
Aleluia, amém!
Este material pode ser reproduzido e utilizado para fins de evangelismo e edificação desde que seja mencionada a fonte, e a Fonte é o Espírito Santo de Deus.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sermão/Pra. Nadia Malta/UMA PAUSA PARA BENDIZER AO SENHOR!

UMA PAUSA PARA BENDIZER AO SENHOR! Salmo 103

Objetivo: Levar os ouvintes a fazerem uma pausa em suas lutas diárias para bendizer o nome santo do Senhor nosso Deus.

Ideia Central do Texto (ICT):
Neste salmo Davi, o salmista messiânico, inspirado por uma profunda experiência pessoal com o Senhor, nos parece fazer uma pausa para contemplação. Ele parece de forma proposital sair das suas tantas lutas, e parar para bendizer o santo nome do Altíssimo por tudo que ele tem feito por sua alma. O salmo nos parece apontar para a completa obra redentora do Cristo.

Davi num diálogo íntimo convida a sua alma para bendizer ao Senhor. Aliás, esta é uma marca do salmista, percebemos este tipo de diálogo íntimo também no salmo 42, quando ele investiga a razão da tristeza de sua alma. Que possamos à semelhança do salmista meditar sobre nossas dores íntimas, bem como aprender a glorificar ao Senhor pontuando o que ele tem feito por nossa alma.

Introdução:
Em tempos de uma religiosidade voltada apenas para o que é material e imediato, o homem contemporâneo tem perdido de vista a ação dos atributos eternos de Deus agindo sobre a sua vida. Esse tipo de comportamento tem levado muitos a uma aridez espiritual sem precedentes.

Creio que enquanto o Senhor não vem, seria bem oportuno o exercício de trazer à memória os feitos de Deus em nossas vidas. A medida do ter parece não encher nunca e isso tem gerado uma insatisfação constante mesmo naqueles que dizem ser discípulos de Cristo. Quantas enfermidades emocionais têm sido geradas a partir dessa insatisfação!

O caminho da contemplação da majestade de Deus parece ser o mais indicado para sairmos de nossos casulos de egolatria e experimentarmos uma atitude de íntima comunhão com o nosso amado Salvador.

NESTE SALMO DE LOUVOR E EXALTAÇÃO, O SALMISTA DAVI CONVIDA A SUA PRÓPRIA ALMA A BENDIZER O NOME SANTO DO SENHOR POR TODOS OS SEUS BENEFÍCIOS (VS.1,2: Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nem um só de seus benefícios”.). QUAIS OS BENEFÍCIOS, AOS QUAIS DAVI SE REFERE?
  1. Pelo Perdão dos Pecados – v.3 a: Ele é quem perdoa todas as tuas iniquidades”;
  • Davi reconhece o perdão que recebeu de Deus pelos seus muitos pecados. Ele reconhece que recebeu uma nova oportunidade e contempla com os olhos da fé a ação perdoadora do Cristo de Deus.
  1. Pela Saúde – v.3b: “quem sara todas as tuas enfermidades”;
  • Note que o salmista aqui está falando com a sua alma/espírito. A saúde aqui parece apontar para a saúde do espírito/alma, embora muitos sejam curados de algumas enfermidades físicas, se isso for para a glória de Deus. Sabemos que há inúmeros casos de servos fiéis que não foram curados de suas enfermidades físicas, mas que ainda assim permaneceram firmes até o fim e glorificaram ao Senhor em sua morte.
  1. Pelo Livramento da Morte e pela Vida Abundante v.4: “quem da cova redime a tua vida e te coroa de graça e misericórdia”;
  • O salmista bendiz ao Senhor porque ele livrou a sua alma/espírito da morte. Embora ele tenha sido livrado de uma morte literal física, ele aqui insiste em falar com sua alma/espírito e reconhece que o Senhor o livrou da morte eterna coroando-o de graça e misericórdia.
  1. Pela Longevidade Produtiva – V.5: quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia”.
  • A Bíblia nos ensina que aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças como a águia. Embora para o padrão bíblico Davi tenha morrido ainda moço com 70 anos, ele reconhece uma longevidade produtiva e por isso bendiz ao Senhor.
  1. Pela Ação compassiva de Deus que faz justiça aos oprimidos que nele confiam – VS.6-9: O SENHOR faz justiça e julga a todos os oprimidos. Manifestou os seus caminhos a Moisés e os seus feitos aos filhos de Israel. O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira”.
  • Davi bendiz ao Senhor por fazer-lhe justiça diante dos seus adversários. É assim que o Senhor faz com todos os oprimidos que o buscam com o coração quebrantado.
  1. Pela Ação de sua graça que nos alcança apesar de nós – VS.10-13: Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades. Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem. Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem”.
  • Davi reconhece aqui que tudo que recebemos da parte de Deus é apenas por sua graça e não por obras meritórias de nossa parte. Ele nos salva, nos liberta e perdoa os nossos pecados pela ação de sua graça restauradora e regeneradora.
  1. Pela Benignidade de Deus que conhece nossa fragilidade – VS.14-16: Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce; pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar”
  • O Senhor conhece a profundidade do nosso coração e, sobretudo, a nossa fragilidade. Ele sabe até onde podemos suportar e sempre providencia suficiência de sua graça sustentadora para nos socorrer.
  1. Pela assistência de sua Misericórdia aos que o temem e guardam a sua aliança (para os quais é endereçado este salmo) vs.17,18: Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem”.
  • O Salmista aqui bendiz ao Senhor por sua misericórdia sobre todos os que o temem e guardam a sua aliança.
  1. Pela Soberania de Deus que domina sobre tudo – v.19: Nos céus, estabeleceu o SENHOR o seu trono, e o seu reino domina sobre tudo”.
  • O Senhor está no controle absoluto de todas as coisas. E o salmista reconhece e o bendiz por sua soberania.

CONCLUSÃO: O salmista retomando a convocação feita inicialmente à sua alma estende-a aos anjos, aos exércitos do Senhor, aos ministros de Deus, a todas as suas obras em todos os lugares e ao final chama a atenção novamente de sua alma para bendizer ao Senhor VS. 20-22: Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis à palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós, ministros seus, que fazeis a sua vontade. Bendizei ao SENHOR, vós, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR”. Que possamos à semelhança do salmista fazer a mesma coisa: BENDIZER O SANTO NOME DO SENHOR POR TODOS OS SEUS BENEFÍCIOS PARA COM A NOSSA ALMA.

Aleluia, Amém!
Sermão/Pra. Nadia Malta em 16.02.12 – nadiamalta@hotmail.com; pra.nadiamalta@gmail.com; http://ocolodopai.blogspot.com

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