sexta-feira, 16 de abril de 2010

Artigo/Pra. Nadia Malta/Que queres que eu te faça?

QUE QUERES QUE EU TE FAÇA?
“Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então Jesus lhe disse: Vai a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus estrada a fora”. Mc. 10.51,52
O contexto no qual está inserido o versículo lido é muito conhecido de todos e trata da cura do cego Bartimeu.
Esse homem era um mendigo que por um motivo desconhecido perdera a visão e vivia esmolando à margem do Caminho. Deveria ser judeu (um filho de Abraão) porque chama Jesus pelo título messiânico: “Filho de Davi”.
Há alguns detalhes interessantes que cercam esse relato, mas, gostaria de focar apenas na objetividade tanto da pergunta de Jesus quanto da resposta de Bartimeu. Se o Senhor Jesus pudesse ser visto hoje por nós e nos perguntasse de repente: “O que queres que eu te faça?”, o que lhe responderíamos? Será que reconheceríamos diante dele a nossa “catarata” espiritual?
Descobrimos que esse cego um dia enxergou, mas por uma razão desconhecida perdeu a visão. É diferente do cego de nascença, que jamais viu a luz. Bartimeu como muitos de nós, um dia viu a luz e precisava agora de uma cura, de uma restauração. O ano está só começando e precisamos ser honestos em relação aquilo que queremos que o Senhor nos conceda. Em um tempo de fazer listas de alvos a alcançar, devemos ser lúcidos quanto à cegueira que nos faz andar à margem do Caminho. Essa catarata espiritual tem levado muitos de nós a perder a visão da graça de Deus e das Boas Novas do Evangelho.
O QUE A PERGUNTA RETÓRICA DE JESUS FEITA A BARTIMEU NOS SUGERE HOJE? Temos perdido a visão do que realmente somos e precisamos interiormente da luz que havia em nós e se dissipou nos mergulhando em trevas (de intolerância, de medo, de incredulidade). Continuamos tão necessitados de Jesus como antes da conversão e olhar para ele continuamente nos faz preservar a visão! Precisamos de forma urgente ser despertados com a mesma lucidez e objetividade de Bartimeu. Faltam lucidez e coerência em nosso meio.
As nossas exterioridades têm cegado a nossa visão do nosso verdadeiro chamado: anunciar as Boas Novas. Os anos vão passando e vamos perdendo a alegria do primeiro amor e nos sobrecarregando com tarefas rotineiras na obra de Deus. No afã de cumprir bem nossos papeis, de mostrar que somos diligentes, esquecemos de adorar e compartilhar o amor de Deus de forma apaixonada. E, sobretudo vamos nos tornando amargos em relação aos nossos semelhantes num farisaísmo religioso que entristece o coração do Pai.
Bartimeu perdeu a visão que um dia tivera. Não sabemos o que lhe aconteceu. As causas de uma cegueira são muitas, dentre elas, algo impede que a Luz penetre. A Luz do Mundo (Jesus Cristo tem deixado de penetrar na vida de muitos por vários fatores. Aquela cegueira de Bartimeu desencadeou por sua vez, uma série de dificuldades e limitações, levando-o inclusive a esmolar à margem do Caminho. Há muitos cegos em nosso meio que perderam a visão e estão “esmolando à margem do Caminho” (Jesus). Não fomos chamados para ficar à margem Dele, mas para andar altaneiramente Nele!
O VERDADEIRO CAMINHO É JESUS CRISTO. Os que andam à margem desse Caminho perdem o foco e andam à esmo. Em contra partida, os que andam por Ele encontram plenitude, abundancia, serenidade, equilíbrio, alegria indizível, luz e paz que excede todo o entendimento apesar das circunstancias.
O auto-engano, o verniz da religiosidade tem financiado a nossa pecaminosidade e banalizado a graça de Deus. Precisamos de tempo para estar com o Senhor em genuína e viva adoração. Assim como as células que captam energia solar são abastecidas quando expostas ao sol, o cristão precisa se expor à Luz do Céu, ao Sol da Justiça que se chama Cristo, o Senhor.
Jesus não está à procura de religiosos, mas de adoradores apaixonados e frutíferos que não tenham vergonha dele e não cessem de anunciar que o Senhor ama as pessoas apesar delas. Perdemos a visão de que um dia fomos perdoados e aceitos por Jesus apesar de nós.
Jesus hoje nos faz a mesma pergunta que fez aquele cego: “Que queres que eu te faça?”. Será que você e eu teríamos a mesma objetividade de Bartimeu e o mesmo desprendimento para lançar fora a capa e ir ao seu encontro? Precisamos voltar a ver com os olhos do coração: a fé que tínhamos no passado; a esperança na vida eterna; a certeza do amor apaixonado de Deus; a alegria do primeiro amor e essa graça indizível de Deus por nós, capaz de ir às últimas conseqüências para alcançar um pecador perdido.
Mas para ter a visão restaurada precisamos primeiro reconhecer a própria cegueira e recorrer a quem tem poder para restaurá-la. Qual o resultado do milagre? Bartimeu imediatamente voltou a ver e seguia Jesus estrada a fora. Será assim com todos que buscam o Senhor em verdade. Que você torne a ver, que eu torne a ver! Artigo/Pra. Nadia Malta – nadiamalta@hotmail.com

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