DEPOIS
DA SALVAÇÃO É GRAÇA E RAÇA!
“Porque pela graça sois salvos, mediante a
fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se
glorie!”. Efésios 2.8,9.
Reconheçamos
o tamanho do privilégio de receber a graça de Deus, bem como da grande
responsabilidade de ser alvo dela. O texto todo fala da grande dádiva de Deus
ao homem pecador, que estava encerrado na condenação. Por um ato da Soberania
de Deus fomos alcançados, salvos pela sua maravilhosa graça. O texto é incisivo
e esclarecedor. Salvação é de graça e pela graça. Não fomos alcançados porque
havia algo interessante em nós que pudesse sequer despertar um só olhar de
Deus. Não havia nada, nenhuma obra meritória de nossa parte. Na verdade
estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Éramos chamados de filhos da
desobediência ou filhos da ira. A nossa condição anterior não nos permitia
escolher o bem. Andávamos segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar que continua agindo nos filhos da desobediência. A verdade aqui
contida é a viga mestra da soteriologia Cristã. Aliás, Graça é favor imerecido
de Deus, baseado única e exclusivamente na sua vontade soberana e ponto final.
Não há o que se discutir aqui. Fomos salvos pela graça, regenerados pelo poder
do Espírito Santo de Deus. Isto feito, passamos a andar em novidade de vida.
As
coisas velhas passam tudo se faz novo. Contudo, não podemos perder de vista a
parceria que se estabelece entre a vontade do salvo e a ação do Espírito Santo
que habita nele. Aí, entra empenho, diligencia, esforço perseverante. Na
verdade, nos tornamos uma guerra civil ambulante. É carne militando contra
Espírito Santo e vice versa. Não podemos negligenciar o esforço humano ancorado
sim pela graça fortalecedora, firmadora e sustentadora para resistir às
oposições que se levantam. Em Mateus
11.12 o Senhor Jesus diz: “Desde os dias
de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se
esforçam se apoderam dele”. Resistir
às tentações demanda esforço, empenho, diligencia obstinada, repito.
Santificação é entrega diária, ininterrupta do EU carnal no Altar! Altar é
lugar de sacrifício, de morte. Atingir a perfeita varonilidade não é tarefa
fácil. Aliás, uma das figuras usadas biblicamente para ilustrar o cristão é a
figura de um soldado arregimentado pelo Grande General, Jesus! Não me parece
que um soldado fique em repouso, descansando em meio às batalhas para as quais
foi convocado! Sua própria condição pressupõe luta, garra, raça! Em Lucas 13, 23,
24 Jesus diz: “E alguém lhe perguntou:
Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar
pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não
poderão”. Não se entra no Reino com as velhas bagagens! Tenho me admirado
com a forma irresponsável como muitos cristãos têm negligenciado a
santificação. Regeneração do espírito morto é um ato único, mas santificação é
ato contínuo! A graça nos salva e nos capacita a vencer especialmente a nós
mesmos, mas se não nos empenharmos com raça seremos vergonhosamente nocauteados
pela nossa rebelião. Carne não se converte, precisa ser domada. A medida da
estatura da plenitude de Cristo é o nosso padrão! Para isto contamos com Graça
e Raça para domar a carne e fazer o que é da vontade de Deus! É a graça que
capacita para que façamos, mas cabe a nós decidir fazer ou não!
Paulo
falando aos Coríntios diz que “onde há o Espírito de Deus aí, há liberdade”. Que
liberdade é essa mencionada por Paulo? É liberdade de fazer a vontade de Deus,
o que antes era impossível para nós no estado em que nos encontrávamos. Não nos sobrevém tentação que não seja
humana, junto com ela vem o livramento de modo que a possamos suportar
(resistir) Diz o apóstolo Paulo em outro momento. Sim fomos salvos pela graça de Deus mediante
a fé. Mas salvação genuína implica em obras. Que tipo de obras? Caridade? Não
apenas a caridade de doar coisas, mas a caridade de doar-se ao Senhor como um
todo para que Ele faça as mudanças necessárias para que cheguemos à estatura da
plenitude de Cristo. Jesus é o paradigma! Uma vez alcançados, Graça e Raça
precisam andar juntas. Empenho, diligencia, esforço, perseverança são as
palavras de ordem aqui. Tudo isto alicerçado na Palavra e regado com orações e
lágrimas. Deus muda sim caráter e personalidade. O velho padrão não mais nos serve. Em resumo o que éramos não podemos mais ser,
porque morremos e a nossa vida está agora oculta em Deus. Somos novas
criaturas. Não há lugar em nossa vida para as velhas inclinações do trato passado.
Que o Senhor nos ajude a ser encontrados fiéis! Nadia Malta. http://ocolodopai.blogspot.com.br/